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Encaro todos dentro limousine.

Minha mãe está quase cochilando. Está com a cabeça apoiada no ombro de Clare, que se aproveita para apoiar a cabeça na da minha mãe.

Meu pai tecla freneticamente no seu celular e George observa sobre seu ombro.

- Pai, podemos parar em algum lugar? - Pergunto e recebo o olhar de todos - Droga, eu preciso urinar.

- São apenas 20 minutos até o hotel. - Informa meu pai - Você não é uma criança...

Bufo e cruzo minhas pernas, impedindo que um querido líquido desça por elas.

Faço a questão de cronometrar
mentalmente o percurso do aeroporto até o hotel. Se passaram trinta minutos, provando que meu pai estava errado.

Entretanto quando o carro para, aquela questão não me importa mais.
Não espero um segundo para abandonar o automóvel.

Praticamente pairo no ar quando descemos e examino o local com meus olhos.

A brisa quente do primeiro dia de verão acariciando meu rosto
e a aura que a área emana estão quase em sincronia.

Miro meus olhos a frente.

Um hotel gigantesco encanta nossos olhos á alguns metros de nós.
Com apenas um enorme calçadão de cascalhos, dentro de um corredor de coqueiros nos separando dele.

Dou costas ao hotel quando percebo que em frente a ele há uma enorme praia. Com um imenso mar que se mantém calmo com águas cristalinas que emanam seu cheiro próprio que invade minhas narinas.

Volto a minha realidade ao sentir um violento aperto na minha bexiga,
lembrando-me que eu deveria despejar seu líquido em algum lugar.

- Vamos entrar logo ou eu juro, que eu vou urinar aqui. - Digo, tentando me manter a compostura, mesmo com uma bomba na bexiga.

- Certo, vamos... - Meu pai toma a frente para nos liderar até o hotel.

George se posiciona ao meu lado.

- Está escutando Emma? - Pergunta.

Encaro-o franzindo as sobrancelhas, sem entender.

- O barulho do mar... - Reviro os olhos, entendendo sua maldita tática para me atazanar.

Infelizmente ou felizmente, não funciona comigo.

- O barulho das ondas se... - George se auto interrompeu, quando tropeça nos seus pés e tromba em Clare.

Gargalho tanto que o meu controle sobre a minha bexiga quase foi para o espaço. Por pouco não urino nas calças.

- Você é muito idiota. Como não te troquei por um copo d'água quando
crianças? - Afirmo, cruzando meus braços aos risos.

Clare nós lança um olhar de canto.

- Vocês são crianças ou o que? - Pergunta, irritada pelo trombo de George.

Ficamos sérios, imediatamente envergonhados por nossa infantilidade e seguimos nossos pais calmamente. Como dois filhotes acuados.

Passamos pelas portas automáticas do hotel e quando isso acontece, sinto como se meus olhos brilhassem, encantados com a decoração do local.

Não seria a primeira ou a última vez que eu presenciaria um lugar desses mas, é sempre uma surpresa.

O lugar é padronizado em um rústico e atualizado ao mesmo tempo. Com as principais cores, branco e ciano.
Sua recepção luxuosa fica a apenas alguns metros das portas que passamos.

Segredos de um verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora