Capítulo Trinta Dois

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Pedro

Tomei mais um gole da cerveja enquanto olhava o sol se pôr, essa ter sido minha rotina nesta últimas semanas. Dês que graças a minha mãe, Helena deixou minha vida levando com ela o tesouro mais preciso que eu tinha, meu filho!.

Eu sei que tive uma parcela de culpa por Helena ter me abandonado, fui um grande idiota não revelando oque eu realmente sinto por ela. Fazendo assim, ela achar que eu só estava me casando por obrigação, e não porque à amava.

Se Helena soubesse o quanto eu à amo, e o quanto eu sinto sua falta. Como é insuportável ficar naquela casa e ver uma lembrança sua em cada canto. Sentir seu cheiro nos lençóis, ainda ouvir suas risadas na cozinha enquanto preparava o jantar, e acordar todas as manhãs à vendo dormir tranquila do meu lado. Sinto falta da sua companhia, de poder beija-la e tocar sua barriga enquanto ela dormia sentindo a cada dia ela ficando maior, e sabendo que ali crescia nosso bebê.

Eu realmente sou um infeliz, tive o tempo todo a mulher perfeita ao meu lado e não conseguia enxergar. Enquanto isso fiquei como um cego correndo atrás de Valéria, alguém que sempre quis mudar o que sou, e da qual eu agora tenho certeza que nunca cheguei a amar.

E agora tudo oque mais queria, era ter Helena de volta na minha vida.Mas não sei se isso será impossível, já que ela não acredita em mim e provavelmente deve estar magoada por eu ter lhe chamado de covarde.Quando na verdade, o grande covarde aqui ,sou eu! que até agora não tive coragem de ir procura -la , nem ao menos para pedir desculpas. A única coisa que tenho feito e trabalhar até a exaustão e depois beber até não aguentar, pois é somente assim que consigo chegar em casa e dormir e não correr o risco de ficar a noite inteira pensando em Helena.

Acabo com a última lata de cerveja e resolvo voltar, monto em Trovão e assim ele me leva para casa, já que depois de tanto beber meu sentindo de direção está limitado. Chego no estábulo e tiro a sela de Trovão com dificuldade, então me arrasto até a sedia tentando me equilibrar nas minhas pernas. Ainda bem que todos os outros peões uma hora dessas estão em suas casas, e não presenciar  meu estado lamentável.

Assim que chego em casa, vejo um carro parado e alguém sentado nas escadas da varanda, e mesmo com minha visão embaçada reconheço quem é. E sinceramente, Valéria era a última pessoa que queria ver nesse momento, pois sei muito bem que tem um dedo dela na minha separação com Helena.

_ Oque....,  Você está fazendo aqui? _ Pergunto   não sendo nenhum pouco educado.

_ Eu vim ver você!..., estava com saudades!..., dês que aquela uma te abandonou no altar, você sumiu da cidade._ Ela diz com uma voz dengosa, da qual antes me cativava e hoje me enoja.

_ Então..., você resolveu vir aqui...com a esperança de que eu voltaria correndo para seus braços!  _ Sou irônico, dando alguns passos em sua direção. _  Mas é melhor você desistir disso...., sabe por que?...., porque eu não vou voltar pra você, pois a única mulher que eu amo é Helena,....E se eu não ficar com ela!..., não ficarei com mais ninguém!

_ Você está bêbedo!...,e não sabe oque está dizendo! _ Ela afirma me encarando com aqueles seus olhos azuis.

_ Estou completamente bêbado!... Mas mesmo assim, ainda continuo amando Helena! E nem assim eu consigo esquece -la!. _ Grito com toda força que existe em mim.Valéria me encara por alguns segundos com o senho fechado, depois vai embora sem dizer nada, mas sei que ela ainda não desistiu de me ter de volta.

Me sento nos degraus olhando a noite chegar, e sentindo meu peito ficar apertado de saudade. E fico me perguntando se Helena também senti minha falta, ou será que já me esqueceu. Então sem me importar com nada, começo a chorar, pois eu queria poder voltar no tempo e tê -la de volta.
E poder dizer o quanto eu à amo!
      
              "🌷💔🐎"

E se fosse Verdade?Onde histórias criam vida. Descubra agora