XVII

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🌊PERCY🌊

- Quer parar de fazer o que te dá na telha e entrar logo no acampamento? - Grover praticamente gritou - Eu estou sendo atacado por um minotauro e seria muito bom ter a sua ajuda!

- Eu estava pegando a Contracorrente, como você acha que eu iria matar o monstro? - Respondo no mesmo tom.

- Você é um filho de Poseidon! Talvez use o deu poder com água - ele me disse em um tom que fazia aquilo parecer óbvio .

- Falando assim pare que a primeira vez que você joga isso, Grover.

Era final de tarde e eu e Grover estávamos jogando video-game. Havia uma garrafa de cerveja nos meus pés, enquanto Grover bebia uma vegana. Não era novidade alguma que Grover estava reclamando comigo sobre a minha forma de jogar. Isso porque o mesmo era do tipo que gostava de simplesmente sair socando os bichos. Além de que ele simplesmente adorava pegar o sátiro como seu personagem, o qual o único poder era com uma flauta para encantar plantas. Diferente do meu personagens que, além dos poderes com a água, também ganhava um monte de coisas legais durante as lutas. Minha favorita era a Contracorrente, uma caneta que se transformava em uma espada forjada com metal olimpiano. E Grover não entendia que na primeira fase eu tinha que pegar espada para matar o minotauro. Nós já tínhamos passado por aquilo vezes suficiente para que ele entendesse isso.

Thalia chegou quando fugíamos da Medusa no seu jardim de anões de pedra - eu detestava essa parte. Ela dissera um "Voltei, idiotas", pegara algo na cozinha e seguira para seu quarto. Nós não questionamos muito, era típico de Thalia fazer isso, até que ela voltou para sala e se sentou no chão, com as costas encostadas no sofá e começou a assistir o nosso jogo. Até que morremos no Rio Estinge, quando tentávamos entrar no Mundo Inferior.

- O que foi? - Perguntei enquanto Grover e eu selecionávamos nossos personagens para começarmos o jogo de novo.

- Me encontrei com Luke - ela diz e Grover e eu paramos o que estávamos fazendo e nos encaramos um momento. - Na casa da Annie, depois de sair com a Piper e com o Jason - ela suspira. - Eu até que estou bem. Não estou mais chateada com ele e acho que o que eu estou sentindo agora é mais uma decepção comigo.

- Tudo bem... - Grover começou.

- Vocês conversaram? - Eu perguntei.

- Mais ou menos - a morena disse e então nos contou mais detalhadamente o que acontecera.

Grover e eu desligamos o jogo depois disso e começamos uma série nova, a qual ficamos até tarde da noite assistindo.

***

Segundas-feiras tendiam a ser extremamente entediantes, principalmente depois de terem passado as aulas de Tântalos para ela. Mas felizmente Rachel apareceu como um anjo naquele dia. Foi pouco antes do almoço, quando eu fui devolver um livro na biblioteca e acabei esbarrando com ela, que estava conversando com a bibliotecária.

- Percy! - A ruiva sorriu ao me ver, interrompendo a sua conversa com a mulher - A pessoa que eu estava procurando.

- Rachel - sorri de volta, me aproximando. - Precisa de alguma coisa?

- Na verdade, não. É mais um aviso. Vai ter um torneio de surfe em Long Island no próximo mês e, bem, eu sei que você adora essas coisas - ela disse me entregando o panfleto. - As inscrições abrem na sexta, se voce quiser eu te entrego o formulário depois.

- Você está na organização?

- Mais na divulgação, eles me chamaram para fazer a arte do panfleto e de algumas outras coisas.

- Legal. Então, tem como você trazer o formulário para mim? - Perguntei.

- Claro! - Ela sorriu.

- Bem nos vemos depois então - nos despedimos e eu segui para a Milk Shakespeare.

Annabeth não demorara a chegar e logo a loira estava na sua mesa com o milk shake acompanhando seu notebook. Ela digitava freneticamente, em alguns momentos anotava algo em seu caderno. Enquanto isso, eu atendia as outras mesas. Ela fora embora mais cedo naquele dia. Pagara seu pedido e se despedida de mim. Eu acabei tendo que ficar um pouco mais, ajudando no fechamento da sorveteria. Cheguei em casa e Thalia estava sentada de cabeça para baixo vendo TV.

- Hey - ela me disse quando me sentei ao seu lado.

- Hey - respondi. - Vai ter um campeonato de surfe em Long Island mês que vem.

- Legal. E você vai participar - aquilo não fora uma pergunta.

Ambos sabíamos que eu adorava aqueles campeonatos. Não apenas por ser de surfe, mas era uma oportunidade de conhecer pessoas, além de que, de alguma forma, eu me sentia mais próximo do meu pai dessa forma. Estar em cima da prancha sempre me lembrava dele. Olhar para o mar sempre seria algo que me remeteria a Poseidon, mas também sempre me traria paz. Eu quase não pensava quando estava em cima da prancha, eu apenas me concentrava no que estava a minha volta. Sentia a prancha sob meus pés, a água a minha volta, o vento e a brisa marítima. Era tudo o que eu amava e era tudo o que me fazia sentir vivo. Além é claro da adrenalina que as competições me davam. Então, dificilmente eu recusava entra e em uma, mesmo que no final eu acaba na areia para observar os competidores.

Passei o resto do dia ali com Thalia, comentando sobre outras competições que eu havia participado, as que meu pai participara, enquanto assistíamos TV. Grover não demorou a chegar e logo contei a notícia a ele também, que se juntou a gente no sofá.

-X-

Acredito que quase ninguém vai ver isso, mas eu estou muito feliz com a visibilidade que esse livro está tendo! Todo dia tem notificação nova de alguém que votou em um capítulo e/ou adicionou em um lista de leitura. É muito gratificante e incentiva a continuar porque mostra que tem gente lendo e gostando. Então obrigada! :)

Milk ShakespeareOnde histórias criam vida. Descubra agora