XII

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📚ANNABETH📚

— Thalia me falou do almoço.

Eu estava no sofá assistindo TV quando Piper chegou. Eu sabia que havia sido Jason quem a deixara em casa pelo sorriso que ela estampava no rosto e pela vista da calçada que o apartamento possuía.

— Ela é... interessante — ela se sentou ao meu lado.

— Ela pode ser bem complicada às vezes — eu ri. — Mas ela gostou de voce. Eu nunca disse isso.

— Ela não pareceu gostar de mim.

— Ela me disse que seu único defeito é namorar o Jason.

— É só implicância de irmão ou eles não se são bem mesmo? É  que eu notei um clima meio pesado entre eles...

— Como eu te disse... ela é complicada — suspirei e ela apenas assentiu.

— Vou tomar um banho — Piper saiu, me deixando sozinha novamente.

Uma coisa que eu amava nos sábados era que eu não precisava ficar estudando, nem dormir cedo. Pois eu ainda tinha o domingo para me recuperar para as aulas. Como em todos os outros, eu me enrolou em um cobertor, peguei alguns salgadinhos, doces e refrigerante e fiquei no sofá maratonando alguma série. Como de praxe, eu dormira no sofá. Acordei e encontrei Luke na cozinha, fazendo café.

— Você não dormiu aqui hoje — constatei me aproximando da bancada que separava a cozinha da sala.

Luke não acordava cedo aos domingos, isso porque ele sempre chegava tarde em casa nos sábados. O fato de ele já estar acordado queria dizer que ele havia chegado há pouco.

— Admiro sua inteligência. A área de investigação está perdendo uma grande detetive — ele disse pondo uma caneca a minha frente. A devolvi, dispensando a bebida amarga. — Você é uma escritora estranha — ele concluiu enquanto eu levantava para preparar a minha bebida.

— Eu só não sou uma grande fã de café — dei de ombros. — Sou maus chegada no chá.

— A milk shake, você quis dizer. Eu só não sei se é pela bebida ou pelo atendente — mostrei a língua ao loiro pela provocação.

— Mas então, onde passou a noite? — Perguntei, pondo a agua para esquentar.

— Na academia fui extravasar um pouco a adrenalina e acabei passando a noite lá — ele explicou e eu apenas assenti. — Como foi o almoço da Piper?

— Acho que foi tudo bem, apesar da tensão entre Thalia e os pais. Aliás, a nora não tem nada a reclamar da nossa amiga.

— Thalia gostou da Piper? Tipo, gostou mesmo? — Ele ficou surpreso e eu ri.

—"Ela é perfeita", palavras da própria Grace — ele riu. ,— Ah, não, ela tem um defeito: namora o Jason — ele riu mais.

— Adoro a relação dos Grace.

— Para quê novela mexicana quando você pode acompanhar a vida da família Grace? — disse me sentando a sua frente.

Ficamos conversando na cozinha, Piper não demorou a aparecer e se juntou a nós. No almoço, resolvemos sair para comer, já que nenhum de nós queríamos fazer comida. Fomos em um restaurante na rua debaixo, onde Piper acabou encontrando um amigo de infância e acabamos almoçando os quatro juntos. Leo Valdez era do tipo de garoto que fazia piada com tudo. O moreno fazia engenharia mecânica na mesma faculdade que eu e Percy. Nunca tinha o visto pelo campus e não perguntei se ele conhecia o Percy, mas só a coincidência me fazia questionar o quão grande Nova Iorque realmente era.

Ele parecia flertar com Piper o tempo todo. Eu não tinha certeza se era o jeito dele ou se ele realmente queria algo com ela. Em certo momento ele perguntou sobre a vida amorosa da amiga e quando Piper respondeu que estava namorando, a última coisa que vi em em seus olhos era incomodo ou ciúmes. Ele fez algumas piadas sobre isso e Piper prometeu apresentá-lo ao namorado.

Quando fomos embora, ps dois trocaram os números de telefone e nos despedimos de Leo. Voltamos para casa e logo entrei em meu quarto para estudar. Infelizmente, o fim de semana estava acabando.

Acordei na segunda com meu despertador. Desliguei-o e tampei meu rosto com is travesseiro, querendo voltar a dormir. Suspirei, me confirmando com o fato de que eh devia voltar a minha rotina e tirei o travesseiro do rosto e me levantei. Tomei um banho rápido e fui para a cozinha, onde Piper já havia preparado o cafe e esquentado a agua do meu chá. Beijei-a na bochecha enquanto ela seguia para o banheiro. Peguei um prato, coloquei as torradas recém-prontas, deixando-as na mesa. Terminei de preparar meu chá e fui comer. Piper e eu saímos no mesmo momento e seguimos juntas para o metrô, onde nos separamos por pegarmos trens diferentes.

Como eu estava com tempo, decidi passar na biblioteca, um dos meus professores havia comentado sobre um livro e eu me interessara pelo mesmo, logo depois, eu segui para a minha aula, onde eu tive a minha primeira prova do dia. Era só o início do semestre, mas há estavam os lotados de provas e trabalhos.

A única aula que ainda estavam os leves era a o Sr. D., que naquela dia decidira passar o trabalho do semestre. Basicamente teríamos apenas aquela atividade e a sua prova para passarmos na sua matéria, mas ao menos teríamos mais que apenas uma semana para fazê-lo, diferente das outras matérias.

— Façam um curta, uma reportagem, um documentário, o que vocês quiserem — ele explicou. — Eu apenas o quero bem editado, de fácil entendimento e com, no mínimo 20min. Vocês irão me entregar a parte visual e a parte escrita, as configurações vocês já conhecem. Vocês também terão que fazer uma breve apresentação para mim e para a turma com slides, vocês também já sabem como esse funciona — Então ele se virou e enumerou o que zeraria o trabalho e o que nos faria perder pontos e quantos pontos cada falha tiraria.

Ele finalizou as instruções e o sinal tocou, anunciando o final da sua aula. Todos se levantaram, tirando uma foto do quadro e seguiram para fora da sala. Acompanhei-os, mas parei ao ouvir alguém me chamando. Me virei e segui até o professor.

— Eu tenho ouvido boas coisas sobre você dos professores, srta. Chase, e não gosto de criar expectativas sobre os alunos, tende a ser decepcionante, mas é difícil qua do você acaba escutando o nome deles desde que entrara na universidade. Sei da minha reputação pelos corredores daqui, mas espero que você não se deixe abalar por ela — ele me disse e eu fiquei um tanto quanto surpresa com a informação, mas tentei não demonstrar.

— Procurarei fazer o meu melhor, Sr. D., independente de qualquer coisa, obrigada pela confiança — ele me dispensou e eu segui para a minha última aula do  dia.

Milk ShakespeareOnde histórias criam vida. Descubra agora