XXXVI

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Ah, chegamos aos 10k!! Muito obrigada a quem chegou até aqui e vem ajudando essa história a crescer. Vocês são demais! E aqui temos um pequeno capítulo para comemorar isso, nada tao especial quanto a chegada a 10k, mas para deixar registrado o fato.

📚ANNABETH📚

Meu pai me ligou na segunda-feira, surpreendentemente. Ele ouvira dizer que minha mãe estava em Nova Iorque e me perguntou se eu já havia visto ela. Depois conversamos um pouco como estava nossas vidas, ele me contou sobre os meus irmão e o que eles estavam fazendo. Eu lhe contei um pouco sobre Nova Iorque e comentei sobre Thalia ter voltado. Não foi uma conversa muito demorada e logo desligamos. As coisas com meu pai nunca foram as melhores, mas a gente se entendia. Houve uma fase que eu pretendia fugir de casa (e com isso passei uma semana na casa de Thalia, eu tinha uns sete anos na época), não sentia que fazia parte da família perfeita que meu pai havia criado depois da minha mãe. Isso gerou muitas brigas, mas no final conseguimos com que tudo ficasse mais calmo e conseguimos conviver sob o mesmo teto. Mas na primeira oportunidade eu decidi ir para o outro lado do país. Foi como um grito de liberdade para mim. Era tudo tão novo e diferente, cheio de possibilidades. Minha mãe entendeu isso, sem eu nem mesma falar dessas coisas com ela, e me apoiou na mudança. Meu pai não se opôs muito, achava que eu ficaria muito longe dele e que dificilmente iríamos nos ver agora, mas com um pouco de conversa resolvemos as coisas.

Percy recebera a visita de seu pai na Milk Shakespeare a tarde e os dois saíram juntos para comer depois, enquanto eu segui meu caminho para casa. Nunca fui muito próxima da minha mãe, conversámos às vezes e eu lhe contava alguns dos meus planos, mas nada muito profundo, nada que durasse muito. Nós nos víamos quando ela ia para Nova Iorque e tinha tempo na agenda apertada dela. Um almoço ou um jantar em um restaurante elegante. Não foi surpresa quando ela me ligou na terça e me chamou para almoçar. Então ela passou na faculdade no fim das minhas aulas com seu carro e seguimos para o seu restaurante favorito. Ao menos dessa vez ela não poderia reclamar que eu não havia me arrumado direito. Conversamos sobre a faculdade e meus amigos, contei que Thalia havia voltado. E então ela contou dos seus projetos, falou que havia ido fazer um trabalho para uma mulher na Irlanda e que havia acabado de voltar e já recebera uma nova proposta. Foi então a sua deixa.

— Eu marquei de me encontrar com alguém relacionado a esse projeto — disse chamando o garçom. — Desculpa, minha filha, podemos conversar mais outra hora, tudo bem? — Assenti enquanto o garoto entregava a conta a minha mãe.

Avisei-a que não precisava me levar em casa e então nos despedimos. Eu segui para a Milk Shakespeare e me sentei ao balcão. Não demorou para Percy me entregar meu copo.

— Ei, o que houve? — Ele perguntou, se apoiando a minha frente.

— Almoço com a minha mãe — respondi e ele fez uma careta, me fazendo dar um leve sorriso. — Como foi com seu pai?

— Bom — ele deu de ombros. — Eu tenho um irmão.

— Isso é legal! — Disse, feliz por ele.

— É — concordou, sorrindo. — Eu devo conhecê-lo algum dia. Meu pai ainda está vendo isso com a mãe do garoto.

Ele parecia animado com aquilo, me fazendo sorrir também. Ficamos conversando durante a maior parte da tarde, já que eu não havia levado meu notebook. Meu trabalho estava quase no fim e agora eu só precisaria terminar a parte escrita.

***

Aparentemente minha mãe ficaria em Nova Iorque por um bom tempo. E ela decidiu que sempre que possível usaria esse tempo para passar comigo. Eu fiquei sabendo disso quando, na quinta, ela me ligou falando sobre almoçarmos juntas. Eu apenas concordei e saí mais cedo da sorveteria para poder me arrumar. E porque eu achei melhor que minha mãe nao visse o quão próxima eu estava do filho de Poseidon. Pelo menos não por hora. As coisas com Percy estavam boas e eu não queria que fosse logo a minha mãe a estragar isso. Mas, coincidentemente, naquele mesmo dia ela me perguntou sobre algum garoto e eu lhe dei uma resposta vaga, afirmando que não era nada certo ainda, mas que ela deveria conhecê-lo em breve, se as coisas continuassem fluindo. Então, eu logo mudei de assunto para o trabalho dela  em Nova Iorque e é claro que ela adorou me contar os detalhes. Aparentemente ela não sabia para quem ela estava trabalhando, já que ela só falava com um intermediário, a pessoa não queria revelar quem era. Mas minha mãe me disse que, com certeza, era alguém bastante rico, uma vez que ele havia dito que não pouparia dinheiro pelo bom trabalho de Athena em reformar a casa que ele havia acabado de comprar. Depois de comermos, ela me levou de volta para casa e, antes que eu saísse do carro, ela me perguntou sobre Luke e Piper e se eu ainda morava com eles, dizendo que estava com saudades dos mesmos, assim como de Thalia. Conversamos um pouco e eu finalmente entrei. Luke e Piper me perguntaram como foi o jantar e ficamos ali um tempo, até eu decidir que já estava tarde e que eu tinha que dormir.

O tópico pais tinha se tornado normal entre Percy e eu, então não foi surpresa quando eu cheguei na Milk Shakespeare no dia seguinte contando a ele como havia sido o jantar com Athena. E então ele me falou que Poseidon o levaria para conhecer Tyson no sábado, que eles teriam um fim de semana só de garotos.

— Então nada de garotas? — Perguntei fazendo biquinho.

— Acho que eu posso arrumar um tempinho para você — ele disse, me dando um selinho em seguida e me fazendo rir.

Ele me deixou para atender um cliente, enquanto eu continuava o meu livro. Eu finalmente via ele chegando ao fim e isso me animava muito a escrever. Era um passo a frente para eu finalmente realizar um sonho. Eu ainda iria revisá-lo antes de mandar para algima editora, eu queria ter certeza de que eu estava totalmente satisfeita com o meu trabalho e garantir que houvesse o menor número de erros possíveis, fosse ortográfico ou histórico.

Milk ShakespeareOnde histórias criam vida. Descubra agora