XXXII

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Ta curtinho, mas ta fofinho, então espero que vocês gostem!

—x—

📚ANNABETH📚

Ter passado o dia com Percy fora incrível. Não fora tão ruim afinal, Thalia me ter feito dormir no quarto do Percy, uma vez que agora eu estava um pouco menos insegura sobre demonstrar algo na frente dos meus amigos. Não que isso facilitasse as coisas. Era estranhamente assustador estar perto de Percy, ao mesmo tempo que era extremamente reconfortante. Eu queria entender o que eu estava sentindo antes de fazer algo em relação ao que estávamos tendo. Era por isso que eu estava tão receosa. E eu queria ter explicado direito para ele tudo isso, apenas não conseguira. Mas quando acordei de manhã, sem o Percy na cama foi estranho, e vê-lo depois me fez querer ficar mais tempo perto dele. E foi o que aconteceu, mesmo que não fosse exatamente como eu queria.

Depois de todos termos tomado um banho e Grover chegado de seu encontro com uma garota que nem Percy nem Thalia conheciam, sentamos na sala para vermos filme. Mesmo sob os protestos de Piper, colocamos terror.

— Para você é ótimo, já tem até desculpa para agarrar o Percy — ela disse e Thalia e eu rimos.

— É mais fácil o Percy se agarrar na Annie — Thalia disse.

— A não ser que vocês coloquem Aracnofobia — McLean sugeriu.

— Golpe baixo — disse sentindo um frio na espinha só de pensar no filme.

Aranha era a única coisa da qual eu tinha medo de verdade. Era um antigo trauma de infância, culpa da minha madrasta que nunca gostou muito de mim. Eu tivera muitos pesadelos com elas quando criança, alguns pareciam tão reais que eu me questionava se elas apenas tinham sumido de repente ou se eu havia acordado. No fim, eu acabei desenvolvendo um medo real delas, desde as pequeninhas até as mais grandonas. Eu congelava sempre que as via.

Eles não colocaram nenhum filme de Aranha, afinal, e apenas Piper e Grover esconderam seus rostos ou gritaram em algumas cenas. Quando a pequena maratona acabou, Thalia decidiu que as garotas deveriam ir dormir e que tinha espaço no seu quarto para mim agora. Eu sabia exatamente o porquê daquilo e, mesmo que a minha vontade de se juntar a elas fosse muito pequena, eu fui. Grace logo fechou a porta quando todas haviam entrado e se jogou na sua cama. Fora Piper que me mandou falar o que estava acontecendo entre Percy e eu. Meu primeiro instinto era negar, tanto pelo fato de que eu estava fazendo aquilo por um bom tempo, como também porque eu não estava a fim de tentar explicar o que estava acontecendo dentro de mim, como eu sabia que eu teria que fazer. Mesmo assim, foi o que eu fiz. Eu contei sobre o nosso primeiro beijo e como as coisas foram evoluindo. Depois é, claro, eu contei porque eu estava tão receosa com o que estava acontecendo entre a gente. Estranhamente, foi Thalia quem me aconselhou.

— Olha, Percy pode ser muitas coisas, um irritante sem noção, mas acredite, ele não é o tipo de garoto que quebra corações ou que vai te magoar. Ele é um pouco lerdo às vezes, então em algumas situações você vai ter que apenas ser sincera com ele, explicar o que está acontecendo diretamente. Mas é claro que qualquer coisa, eu estou aqui para dar uns socos nele — ela deu de ombros e eu apenas sorrir.

Thalia então achou melhor mudarmos de assunto e ficamos conversando sobre coisas aleatórias até que todas estavam dormindo.

***

Fomos embora pouco antes do sol se pôr, havíamos ficado o dia todo apenas assistindo TV e comendo besteiras. Beijei Thalia e Grover na bochecha ao me despedir deles e quando chegou no Percy eu fiquei em dúvida do que eu deveria fazer, entretanto depois do olhar que ele me lançou, eu decidi me despedir dele com um selinho e então saí com Piper. Eu vira os olhares que ela me lançara durante o caminho, mas não dissera nada sobre. Luke estava no sofá e eu apenas segui para o banheiro a fim de tomsr meu banho e me enfiar no quarto. Pioer poderia muito bem contar o que acontecera ao loiro, não precisava da minha ajuda nisso.

No dia seguinte, eu encontrei com o Luke antes de sair da faculdade e eu vi o sorrisinho que ele tentara esconder atrás da caneca de café que ele tomava.

— Pode falar — eu disse enquanto fazia meu chá.

— Eu avisei — ele disse e eu revirei os olhos, mas com um sorriso no rosto.

— Você só estava provocando. Mas estava certo — fiz uma careta com isso e vi ele me encarando.

— Já me falaram que a Thalia ameaçou ele, mas se ele quebrar seu coração eu também dou uns socos nele — ele respondeu e foi a minha vez de esconder o sorriso que se formava em meus lábios.

Luke era como um irmão mais velho para mim e aquecia meu coração quando ele agia como um, saber que ele se importava comigo a esse ponto sempre melhorava um pouco meu dia. Eu deixei minha caneca vazia na pia e lhe dei um beijo na bochecha, concordando. Segui então para a faculdade, onde eu teria mais uma aula com o Sr. D., o que me lembrava sobre o meu trabalho do semestre. Eu precisava começar a fazer imagens e o texto para mandar para ele no final.

Milk ShakespeareOnde histórias criam vida. Descubra agora