capitulo 48

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Algum tempo depois,fui encaminhada para a UTI neo natal. veio uma enfermeira muito gentil, com meu pequeno Gabriel nos braços.
Quando o senti em meus braços foi um misto de emoção. Meus olhos se de enxergam  de lágrimas, e agradeci mentalmente a Deus por aquele momento. Ele era bem pequeno, e teria que ficar no hospital até obter o peso necessário.  Ele não era o bebê mais bonito que já tinha visto, e muito menos que tinha imaginado, eu sempre o imaginei um bebê gordinho, cabeludo e de mãozinha fofa. Ele era bem o contrário disso. Magrinho, sem cílios , sem sobrancelha, carequinha, e ainda tinha um sebo esbranquiçado pelo rosto . Mas mesmo assim , o amor que eu sentia por ele na minha barriga se multiplicou por mil naquele momento.
Diogo olhava pra nós como se tivesse ganhado na loteria, de certa forma tinha mesmo, agora éramos uma família.
A enfermeira Nara começou a me  auxiliar, sobre os cuidados e a forma de amamenta-lo.
Expus meu seio, e aproximei Gabriel, afim de amamenta-lo , e o ingrato continuou dormindo. Porém Nara o despertou, e logo ele estava se alimentando. Era uma sensação estranha, porém maravilhosa.
Diogo percorria o contorno da face de Gabriel com a pontinha do dedo, esperando o pequeno se satisfazer, para enfim pegá-lo no colo.
 
_ muito bem, mas agora ele precisa ficar aqui, infelizmente já deu a hora de vocês voltarem para o quarto.

Ele ainda não tem anticorpos suficiente, e seu pulmão ainda está desenvolvendo,quando for hora de amamenta_lo eu busco você novamente Luiza
****
Toda família de Diogo vieram nos visitar. A mãe de Diogo estava emocionada, com a chegada do primeiro neto, mesmo tendo o visto apenas pelo vidro da UTI.
Amanda trouxe flores e um presente pra Gabriel. As meninas do escritório e Lorena também. Eu já estava louca pra ir pra casa, mas só de pensar que meu pequeno não iria comigo meu coração já doía.
Ele não precisava ficar por tanto tempo, já que seu peso não foi tão baixo, mas eu queria ir pra casa com meu filho.

*****
Foram os 7 dias mais demorados da minha vida, foi muito doloroso deixar meu filho no hospital e ir embora pra casa, mesmo o vendo todos os dias , o tempo que eu podia estar com ele era rápido de mais.
Ele já estava completamente diferente de quando nasceu, estava se tornando um bebê lindo em tão pouco tempo. Seus olhos eram azuis, e me olhavam atentamente sempre quando eu o amamentava.

_ Enfim em casa.
_Agora é que vamos nos tornar pais de verdade Luiza. E daqui um tempo vamos estar jogando futebol , neh campeão?

_ deixa eu colocar um babador em você Diogo. Com a toalha de boca de Gabriel
Simulo como se realmente estivesse limpando baba de diogo, e ele solta uma risada gostosa como muitos dias não dava.

Diogo o coloca no meio da nossa cama, e instantaneamente deitamos um de cada lado ,admirando a nossa cria.

_ Você estava preocupado, neh?

_ Não queria te passar insegurança, mas eu tive muito medo de perder nosso filho. Só Deus sabe o quanto eu o quis. Mas você também, você  não dorme a 7 dias, rolou por essa cama o tempo todo, por mais que você falava que estava tudo bem, eu via cada vez que você ia ao banheiro  caia no choro. Cada vez que a gente saia daquele hospital meu coração partia ao ver sua dor, mas você foi muito forte Lu, e agora a gente tá aqui com o nosso pedacinho de amor.

_ Eu te amo demais Diogo, e agora minha felicidade está completa com os dois homens da minha vida.

O recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora