capítulo 33

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Havia três dias que Luiza não atendia minhas ligações e nem respondia minhas mensagens.
Eu já estáva com as malas prontas e amanhã eu faria uma surpresa para Luiza.

No aeroporto liguei mais uma vez, e antes do imbarque ela me atendeu.

_Gracas a Deus Luiza eu já estava ficando preocupado, por que não me atendeu antes .

_ É é... Disse ela gaguejando e com voz de choro.

_ Aconteceu alguma coisa Luiza?

_ Aconteceu. - respondeu como se estivesse segurando o choro e desligou. Fiquei preocupado mas não consegui retornar mais, pois meu vôo foi chamado para embarcar.

Não consegui pregar o olho, pensando no que seria que Luiza ia me dizer. Será que dessa vez ela iria romper comigo ?  Eu não ia deixar isso acontecer.

Cheguei do aeroporto direto pra meu apartamento, coloquei minhas malas no quarto e tomei um banho, vesti uma roupa leve e entrei no meu carro rumo a casa de Luiza, parei em uma floricultura e comprei um buquê com flores rosa-cha já que eram as preferidas dela. Junto com uma caixa de chocolates que ela amava. Estacionei próximo ao prédio dela,
Subi e toquei a campainha, mas ela não me atendeu, provavelmente tinha saído. Desci na portaria e a vi, chegando uma garrafa d'água na mão,ela não tinha me avistado ainda, mas pude perceber que ela estava abatida , vi quando ela limpou uma lágrima , ela olhou para um dos lados da rua e atravessou, quando um carro na direção contrária bateu sobre seu corpo, a arremessando a alguns metros do veículo. O motorista parou no mesmo instante, e chegamos próximo ao seu corpo no mesmo instante.

_ Eu tentei frear mas ela entrou na minha frente.

Abaixei com a mão no seu rosto e chamei seu nome.

_luiza? Abre os olhos meu amor, sou eu , eu voltei pra você.

Ela me olhou e sorriu. _ Você voltou? Disse bem sonolenta e apagou.
Logo a ambulância chegou, o motorista estava desesperado, mas por sorte ele não estava em alta velocidade, ela só estava sonolenta por que provavelmente tinha batido com a cabeça.
Os paramédicos não viram nenhuma fratura exposta e nenhum ferimento visível, mas logo a levaram para o hospital.
  A acompanhei para fazer alguns exames, por sorte não precisei voltar, pois a pequena bolsa que ela carregava, estava com todos seus documentos.

Aguardei alguns minutos que parecia uma eternidade, até que uma senhora me chamou para acompanhá-la até o quarto.

_ Não precisa se preocupar , ela só está descansando, demos um medicamento pra dor, logo logo ela vai acordar. Agora é só você aguardar um pouco que a doutora Erika vai conversar com o senhor.

Assenti agradecendo, e sentei ao seu lado, ela possuía um pequeno corte no lábio e um no supercílio, mas continuava linda como sempre.

_Meu nome é Erika, o senhor é da família.

_ ola doutora, me chamo Diogo,Luiza  é minha namorada.

_ Está certo. Vou direto ao ponto Diogo, fisicamente Luiza não teve nenhum trauma, mas com o impacto da batida, ela teve um descolamento de placenta,e pode levar a perda do bebê.  Já demos um medicamento para controlar o sangramento, mas isso vai muito do corpo da paciente, não podemos te dar a certeza que o bebê ficará bem.

Um mix de sentimentos se misturaram na minha cabeça, eu estava feliz por que luiza era a mulher da minha vida, mas estava surpreso ao mesmo tempo, e com medo do bebê não resistir.

_ Você está bem?, ficou pálido.

_ estou sim, É que eu não sabia que ela estava grávida.

_ E bem pouquinho ,seis ou sete semanas.

A médica saiu do quarto e me deixou com Luiza, minhas lágrimas rolavam e eu não sabia nem definir por quê.

O recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora