capitulo 34

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Sinto meu corpo todo dolorido,me lembro de sentir um carro batendo em mim, mas me lembro do rosto e da voz de Diogo, provavelmente um sonho ou um delírio que tive. Tento abrir os olhos mas estão pesado, sinto meu corpo relaxar e a dor diminuir, e simplesmente me entrego a escuridão.

Abro meus olhos aos poucos,me adaptando a claridade, olho em volta e vejo que estou em um hospital, tem um soro em minha veia, ainda me sinto sonolenta e com fome. Tento me levantar, mas dói.

_ Espera. Não se levante.  Diogo diz se aproximando de mim.
Fico olhando sem entender, ele voltou da Alemanha? Não. Eu devo estar delirando.
Ele passa a mão pelo meu rosto e sorri, seus olhos estão vermelhos, mas me transmitem paz.

_ Você voltou? Pergunto em dúvida se é um sonho. Tento me levantar de novo.

_ Fica quietinha você não pode se levantar, tem que ficar deitada. E voltei sim, voltei pra ficar com você, porque eu não aguentava mais essa distância.

Olho pra ele , e choro , um choro de felicidade , desespero e medo. Meu corpo começa a sacolejar do meu choro descompassado.

_ Pelo amor de Deus Luiza fica calma, eu estou aqui e nada vai te acontecer.

_ Eu tenho uma coisa pra te contar, e não sei como vai ser sua reação, pra falar verdade, eu tenho muito medo de te perder. Digo entre soluços.

_ Eu já sei. Então se acalme que tá tudo certo ok.
Tenta não fazer nenhum esforço e ficar bem calma.

_ Você sabe? Mas...

_ A médica me disse. Diz me dando um beijo castro.

_ preciso que você fique em repouso, sem se estressar, você levou um pancada Luiza, então tem que ficar bem quietinha pro bebê ficar bem.

Ele soube do bebê da pior forma, aparentemente ele está tranquilo, mas talvez seja por eu estar em um hospital.
Logo a médica aparece e sorri pra mim.

_ Você deu um grande susto no seu namorado, ele estava aqui desesperado.

_ Prazer Luiza, meu nome é Erika, e estou de plantão hoje, você ficará sobre observação até amanhã, você teve uma leve pancada da cabeça mas não foi nada grave, ficamos preocupados pela perca de consciência que você teve, mas provavelmente foi por uma pequena desidratação, você tem se alimentado bem esses dias?

_ Não.

_ Tem se sentido mal? Enjoos coisas do tipo?

_ Sim. Muitas dores de cabeça, mal estar.

_ já começou com o pré - Natal?

_ Não.

_ você já deveria ter começado, é muito importante entrar com as vitaminas nesse período.

_ Vou ser bem sincera com você Luiza, você pode perder o bebê a qualquer momento, você teve um grande descolamento de placenta, provavelmente pela pancada do acidente, já te medicamos, mas o resto é com você , seu corpo que tem que ser forte e segurar seu bebê. Então você terá que ficar de repouso até sua placenta colar novamente. Isso quer dizer repouso total, levantar o mínimo possível, colocamos uma sonda em você para que não se levante em momento algum, amanhã pela manhã se você estiver se sentindo bem vou te dar alta, mas não pode deixar de cumprir o repouso e procurar um obstetra o mais rápido possível para iniciarr o pré-natal. Está bem? Tem alguma dúvida?

_ Eu estou com fome.

_ vou pedir alguma coisa leve pra você. - aceno concordando e ela sai do quarto.

_ Diogo? -ele me olha e sorri.
_ Quero te dizer que eu não fiz de propósito, eu juro. Eu nunca faria isso.

_ Ei... Para com essa bobagem. Eu nunca iria pensar uma coisa dessa de você, te conheço perfeitamente e sei da sua índole. Então tira tudo isso da sua cabeça, e tenta não pensar em nada. Você precisa descansar.

A enfermeira chegou e ergueu um pouco a cama me deixando quase sentada, trazendo junto um carrinho com uma canja muito feia e um suco de caju, e se retirou.

_ Acho que vou ficar com fome. - disse olhando pra canja.

_ Mas não vai mesmo, você tem que se alimentar, talvez nem esteja tão ruim quanto parece. -diogo diz fazendo uma careta.

Coloco a primeira colher na boca, e não sei se é a fome, mas está realmente boa, rapidamente devoro toda canja.

_voce realmente estava com fome hem.

_ Não sei o que é comer desde quarta-feira.

_ Você ouviu o que a médica disse, não pode deixar de se alimentar.

_Que dia você voltou?

_ cheguei hoje de manhã. Tomei um banho e fui direto te ver.

_ Você não viu seus pais ainda?

_ Não. Da sua casa já vim direto pro hospital, mas eu liguei pra eles quando fui na cantina.

_ Vai pra casa. Vai ver sua família, amanhã a gente se encontra eu vou ficar bem.

_ Acho que a pancada mexeu com seu cérebro. Nunca que eu vou deixar a mulher da minha vida ,aqui num hospital sozinha.

_ Mulher da sua vida?

_ Espero que eu seja o homem da sua vida também.
Meu coração parou por milésimos de segundos com sua declaração.

_ Eu te amo Diogo.

_ Eu também luiza

O recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora