capítulo nove - convincente

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boa leitura!

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Deixei que meu corpo caísse pesadamente sobre a coberta. Tapei os olhos com as mãos e respirei fundo, soltando um resmungo de irritação em seguida.

Aquilo não iria funcionar e fora tolice de minha parte achar o contrário.

Ironicamente, acontecera a situação precisa a qual eu me referira: as coisas estavam indo bem e então, do nada, desmoronavam, e dessa vez sem eu nem saber ao certo o que me atingira ou o momento exato.

Ok, talvez eu tivesse ultrapassado os limites chegando perto demais, mas ainda sim estava dentro do nosso acordo, pois eu não o beijara. Sequer faria isso realmente, de forma alguma. E o ponto era fingir para Kwan, quem eu achava que havia visto pelo parque, então não estava fazendo nada tão fora do esperado.

Mas é claro que, como sempre, Namjoon nem me dera a chance de explicar. Como sempre, era ele quem arruinava tudo com seu jeito impulsivo e rude. Tudo bem que eu também já fora capaz de estragar um momento em que estávamos minimamente nos entendendo (se é que dá pra definir assim), mas o outro ainda vencia nesse quesito.

Descubro os olhos para o céu de fim de tarde, pensando na conversa que tivéramos. Estávamos indo tão bem! Eu mal conseguia acreditar que Namjoon estava se abrindo – mesmo que minimamente – daquela forma.

O pouco que o moreno dissera me fizera entender que havia muito mais em RM do que eu imaginava, e quando pensava nisso, todas aquelas perguntas que eu tanto queria fazer antes de descobrir a verdadeira identidade do rapper voltavam à tona. Eu não havia me esquecido delas, mas... Namjoon não parecia estar muito aberto a questionamentos, ainda mais vindos de mim.

Ele não estava aberto a absolutamente nada que viesse de mim, essa era a verdade. Se ele não achava que precisássemos nos dar bem, o que eu podia fazer? Não havia como força-lo. Não mais do que já estava fazendo.

Respirei fundo mais uma vez e me coloquei em pé.

Não me restava nada a fazer a não ser ir para casa, ao que parecia. Provavelmente devesse conversar com Namjoon, mas tinha plena consciência de que ele não iria querer me ouvir e, sinceramente, eu não estava com paciência. Era a segunda vez que discutíamos naquela semana – claro, sem contar as implicâncias a cada minuto em que estávamos juntos –, e eu não me sentia nem um pouco disposto a pedir desculpas.

Sabia que teria de acabar fazendo isso, no entanto. Quero dizer, se Namjoon conseguira faze-lo – o que me surpreendeu demais – então era questão de orgulho mostrar que eu também era capaz de admitir meus erros.

Não que eu achasse que estivesse tão errado assim, mas...

Segui para meu dormitório, não sem antes dar uma boa olhada pelo parque a procura de Kwan. Não o vi, o que foi um alívio, mas não deixei de lado a possibilidade dele ter seguido Namjoon quando este fora embora, ou de ainda estar a espreita para me seguir.

Nada disso aconteceu, ao menos, não comigo, e cheguei a meu quarto de forma que seria tranquila, se eu ainda não estivesse irritado com Namjoon.

O cômodo estava vazio, e agradeci por isso.

Era bom que Hobi não estivesse ali, pois ele certamente perceberia que havia algo de errado, e eu não queria ter de falar sobre, porque significava mais mentiras. Já me sentia péssimo o suficiente por fazê-lo achar que estava mesmo em um relacionamento, principalmente porque meu amigo ficara extremamente feliz por mim, falando sobre como eu havia superado os problemas com Kwan e estava pronto para amar novamente.

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