capítulo treze - inevitável

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oláaaaa!
boa leitura!

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Já esperava no corredor quando Namjoon surge por ele.

Sorri assim que me avista, e não consigo evitar pensar que mudanças realmente haviam acontecido. Não precisava de muito, bastava voltar somente alguns dias atrás. Começando por mim, que desde o início de nosso namoro de fachada acordava todos os dias rezando por forças para conseguir aguentar Namjoon. Para que não brigássemos e fôssemos capazes de fazer o percurso até minha aula sem ofensas ou ameaças de desistir do plano. Quanto ao mais novo, ele não fazia questão alguma de esconder que não gostava de mim (em um jeito mais delicado de dizer), o que significava expressões fechadas e grosserias intermináveis. Por isso, só o fato de abrir um sorriso ao me ver já parecia surreal. Sem escolha, sorrio também.

Era estranho, improvável, loucura e mais surreal ainda, mas eu acabara simpatizando verdadeiramente por ele, ao ponto de considerá-lo um amigo. E Namjoon podia negar o quanto quisesse, mas sabia que em algum lugar dentre suas tentativas de disfarçar, nutria um sentimento de amizade por mim também.

- Se sentindo melhor? – Indaga conforme já andávamos pelo campus.

- Sim. Eu disse, era só cansaço.

Na verdade, eu não sabia ao certo.

O que sentira no dia anterior fora uma espécie de incômodo, como se algo queimasse em meu interior. Me mantive calado enquanto Namjoon conversava com sua amiga, pois tinha a sensação de que se falasse, acabaria por dizer grosserias. Por esse motivo achava que era tudo fruto de um estresse, só não sabia dizer pelo que fora causado.

- Se cansaço vai fazer você falar menos, então... – O moreno não precisava terminar.

- Sabe de uma coisa? Subitamente me sinto tão revigorado! E com muita vontade de falar.

Apesar da amizade que surgia, as implicâncias não desapareceriam. Acho que era algo intrínseco a nós dois. O que fazia nossa relação funcionar. E mais: eu gostava. Desde que ele parara de surtar, me xingar e levar a sério, implicar com Namjoon se tornara algo divertido.

- Espero que consiga aquele papel e que os ensaios sejam bem cansativos.

- Seu apoio significa tanto... – Rebato sarcástico. – E obrigado por me fazer lembrar, aliás. Estava conseguindo não pensar nisso há umas... Oito horas.

- Enquanto dormia? – Ele ri.

- Exato.

- Você sabe que vai conseguir. Porque o nervosismo?

- Porque não quero me iludir. E se os diretores decidirem que alguém foi melhor do que eu? Que atinge notas mais altas ou... Fica melhor de topete?

- Você está sendo paranoico. E eu não fugi do meu pai para ir ver um cara que não vai ganhar o papel. – Sorrio. A plenitude com que dissera a última frase me surpreende e contagia. – Além disso, você, Kim Seokjin, realmente acha que outra pessoa vai ficar melhor em um topete?

- É, isso é meio impossível. – Pondero.

- Bem, talvez alguém que não tenha esse...

- Cabelo rosa. Muito engraçado. – Completo impaciente.

- Você nem sabe o que eu ia dizer. – Namjoon se faz de desentendido.

- Eu li sua mente.

- O que estou pensando agora? – O moreno move o corpo ligeiramente para conseguir me encarar.

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