capítulo vinte e cinco - contrastes

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obrigada pelas 28 (quase 29) mil leituras <3

boa leitura!

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- Estou dizendo: ele não viu nada.

Havia acabado de sair do banho e tornava a repetir para um Namjoon paranoico.

Confiava que encontraria o moreno mais tranquilo com a situação que ocorrera mais cedo, no entanto, o que vejo é a imagem do garoto sentado em minha cama, com as pernas dobradas contra o corpo e um insistente olhar de preocupação.

Havíamos usado aqueles dez minutos para nos recompormos, e ao fim desse tempo – e uns cinco minutos a mais que eu desconfiava que o homem nos dera – meu pai se juntou a nós na sala como se nada tivesse acontecido. Mais tarde, nós jantamos (o que foi rápido, dado a tudo o que comêramos no shopping), e em seguida o mais velho se retira para dormir, deixando a Namjoon e eu com a louça.

E Namjoon ficara todo esse tempo preocupado com o que ele vira.

- Mas, e se...

- Meu pai estava na mercearia. – Não o deixo terminar. – Lá embaixo. Ele só chegou quando estávamos nos beijando de novo.

Acho que a vigésima repetição das mesmas palavras finalmente tivera efeito. Namjoon pareceu minimamente mais convencido.

- De qualquer forma, foi muito vergonhoso. – O moreno insiste. – Não sei nem como consegui olhar pro seu pai depois disso.

- Podia ter sido pior se ele tivesse chegado um pouco antes. – Tento amenizar, mas a ideia do que podia ter acontecido só serve para levar Namjoon de volta para aquele estado mortificado, causando um efeito completamente contrário. – Você sabe que ele não se importa com essas coisas. Provavelmente já até esqueceu.

- Mas eu não esqueci. – Ele se atira contra o colchão dramaticamente, soltando um suspiro frustrado e igualmente dramático.

- Eu posso te ajudar com isso. – Inclino meu corpo para deixar um beijo suave em seus lábios, o que não falha em fazê-lo sorrir. – Vou desligar a luz.

Namjoon já havia tomado seu banho e vestido algumas roupas minhas para dormir, já que, de todas as coisas que pensáramos para nosso encontro, pijamas não estavam entre elas.

Com a pouca luz que entrava pelas frestas da janela, caminhei de volta para a cama, onde logo me ajeitei, o que significava entrar embaixo da coberta e me aninhar em Namjoon, recostando a cabeça em seu peito.

- Dia cheio de emoções, não? – Deixei as palavras saírem após um suspiro.

- Não está ajudando! – O moreno rebate com indignação.

- Não estou falando do que aconteceu na sala! – Explico. – Apesar de que não posso negar que tenha sido um dos pontos altos...

- Do que está falando, então? – Ele dá continuidade ao assunto, demonstrando um tantinho de vergonha.

- De tudo... Mas principalmente de quando você segurou minha mão no shopping.

- Sério? – Namjoon estranha, como eu já esperava. – Fazemos isso o tempo todo...

- Eu sei. Mas na faculdade é diferente do que em um lugar mais público. E também... – Minha voz fica mais baixa; senti-me bobo pelo que diria. – Kwan nunca fez isso.

Não há resposta de imediato, apenas o ruído dele se movendo na cama, fazendo com que eu me afastasse, mas somente para que pudesse se deitar de lado e ficar de frente para mim.

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