Love Maze

capítulo vinte e dois - sobre coisas bagunçadas

olá... todo mundo vivo? passando bem? recuperados?

espero que sim, pois voltei com mais um capítulo! 

boa leitura, meus amores! 

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Não fiquei surpreso ao abrir os olhos e encontrar o rosto de Namjoon.

Eu estava muito consciente sobre tudo o que fizera, e antes de dormir, com os olhos abertos para o escuro do quarto, ouvindo a respiração do moreno enquanto o sono não chegava – e não parecia nem perto –, a certeza de que ele estaria ao meu lado quando eu acordasse me fez ficar em paz.

Então, enquanto a luz do dia entrava pelas cortinas, admirei seu rosto adormecido apenas porque podia. Porque não sabia como seriam as coisas quando ele acordasse, e queria aproveitar ao máximo aquela tranquilidade de estar em seus braços.

Queria tocar seu rosto, mas tinha medo de que isso fosse desperta-lo, como se ele fosse uma miragem que desapareceria ao toque de meus dedos. Senti que esse momento, bem ali, era minha versão do paraíso.

Seria possível que a dele fosse a mesma? Ou minimamente parecida? Eu queria, com tudo de mim, que a resposta fosse sim. Mas o dia chegara e tudo que o álcool causaria agora seria ressaca. Não mais faria com que palavras presas por tanto tempo fossem ditas, nem beijos fossem iniciados ou roupas fossem tiradas.

Deixei um último beijo em sua testa, e afastar cuidadosamente o braço dele de meu corpo doeu mais do que qualquer coisa. A insegurança me tomava conforme eu vestia minhas roupas e, no ponto em que saí sem rumo no corredor, eu era apenas pânico.

O que havíamos feito?

Fôramos à festa. Namjoon fizera sua performance. Ele me beijara (duas vezes), e então o clima ficou estranho. Fomos para meu dormitório, e eu dissera algumas coisas, que, apesar de saber que não diria caso estivesse completamente sóbrio, eram a mais pura verdade. Depois disso, nos beijamos e... Aquilo acontecera mesmo? Não fora somente um sonho ou somente mais uma de minhas divagações?

Não. Fora real. Cada beijo e toque que eu ainda conseguia sentir, os sons e a sensação quente de nossos corpos juntos, de nossas respirações descompassadas se misturando. E tinha a plena certeza de que queria isso mais do que tudo, mas será que Namjoon sentia o mesmo?

Eu achava muito improvável que ele se entregasse daquela forma sem querer tanto quanto eu, mas e se os sentimentos que envolviam aquela noite não fossem os mesmos?

Por esses pensamentos foi que fugi. E eu fugiria dos próprios pensamentos se pudesse, mas isso era impossível, então precisava coloca-los para fora. Por isso deixei que meus passos me guiassem, tendo em mente a única pessoa mais próxima com a qual podia conversar naquele momento.

Ironicamente, bati a porta do dormitório de Namjoon. Sabia que Hoseok também estaria ali, mas nem me importava. Talvez fosse a hora de ele saber a verdade, ao menos a parte do fingimento, já que, depois do que acontecera, não teria mais como fingirmos. Eu não conseguiria.

Um Yoongi com cara de sono abre a porta, e eu não espero por um convite.

- Cadê o Hobi? – Pergunto ao não vê-lo pelo quarto.

- Bom dia. Tudo bem comigo, sim. – Yoongi rebate com falsa gentileza, voltando-se lentamente para mim. – Ele está tomando banho.

Certo, então Hoseok não precisava saber ainda. Era melhor, assim eu podia lidar com uma coisa de cada vez.

- Tá tudo bem, hyung? – O baixinho se aproxima, analisando-me com ligeira preocupação. – Aconteceu alguma coisa? Onde está o Namjoon?

- No meu dormitório. Dormindo... Na minha cama. – Falei, o que foi somente o suficiente para que Yoongi ficasse confuso e a espera de mais informações. – Nós...