Poliana Jovem

capítulo 78:"Romeu e julieta" parte 24

(Enquanto isso na igreja de Frei Lorenço,o padre e Páris conversavam):

Padre:_ Quinta-feira feira,jovem? O prazo é curto.

Páris:_Foi o pai dela que assim quis!

Padre:_ Mas tu disses que não sabes ainda o que a donzela resolveu sobre isso. Esse caminho não o considero certo;
Não me agrada.

Páris:_ Ela chora sem pausa,o afastamento do inimigo. Por essa causa,pouco conversamos a respeito de amor; não sorri vênus numa casa de lágrimas. Agora,senhor,fique sabendo, que o pai dela considera prejudicial ela entregar-se desse modo a tristeza; e ele tem em sua sabedoria posto pressa ás núpcias,para acabar com a inundação das lágrimas.
O que na solidão cresce,pode diminuir na vida em sociedade.
Agora tu sabes a razão de tanta pressa.

Padre:_ Queria não saber quais os motivos que a situação a obrigam. Veja,Conde: aí vem a dama em direção a nós.

(Julieta entrou):

Páris:_ Que feliz encontro,minha esposa e dona!

Julieta:_ Assim poderá ser,quando casar-me.

Páris: _O "poderá" será na quinta-feira próxima.

Julieta:_ O que tiver de ser,será.

Padre: _É um dito muito certo!

Páris:_ Aqui viestes para se confessar com o padre?

Julieta:_ Te dar uma resposta,já seria me confessar contigo.

Páris:_ Revele a ele que me tens amor.

Julieta:_ A ele diria que lhe dedico amor.

Páris:_ Do mesmo jeito,lhe dirá que me amas; Tenho certeza!

Julieta:_Se assim fosse,valeria mais não lhe dizer na cara,mas nas costas.

Páris:_ Pobre alma! as lágrimas te ofendem o rosto;

Julieta:_É vitória pequena para as lágrimas,pois antes disso, ele já era feio.

Páris:_ Mas ofendeste teu rosto agora,mais falando do que com suas lágrimas.

Julieta:_ Calúnia não foi,rapaz; Só disse o que é verdade.

Páris:_ Teu rosto é meu; com isso o caluniaste.

Julieta:_ Pode ser que a mim mesma, não pertence;

Julieta:_O conde tens que vagar agora,santo padre? ou devo voltar á tarde,para a missa?

Padre:_ Tens que vagar agora,minha filha pensativa.

Padre:_ jovem rapaz,será preciso que nos deixe sozinhos.

Páris:_Deus não queira que eu possa pertubar a devoção!

Páris:_julieta,quinta-feira bem cedinho,vc deve se levantar.
Até lá,adeus; fique com o pensamento em mim. - (ele saiu)

Julieta:_Oh! Feche a porta logo,padre. E Após ter fechado,vem também chorar comigo. já não há esperança,nem remédio. não há socorro algum.

Padre:_ Oh julieta! já sei do teu desgosto. Ele ultrapassa muito meus espíritos. Me disseram que vais casar na quinta-feira próxima,com o conde Páris,sem que nada possa adiar a cerimônia.

Julieta:_Não me fales,padre,do que soubeste a respeito,se o jeito não me disser de evitar. Se em toda tua ciência,não achares nenhum recurso,ao menos chame de sábia,minha solução,pois uma faca já já me dará remédio pronto.