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Bae Joo-Hyun


*Capítulo não revisado.

Os dias nessa cabana,se passam lentamente. Cada vez que o sol se deita no horizonte, é mais uma prova de que não irei sair daqui tão cedo. A forma como Tae me trata, é estranha. Eu presumo,que ele tenha um problema sério,chamado bipolaridade.

Ele sempre está com raiva,irritado com as sobrancelhas enrrugadas, quando troca alguma palavra comigo,seu olhar fica vago,seu rosto sem expressões e seus pensamentos estão perdidos,mas em questões de segundos,ele acaba rindo de alguma implicância minha. O que ultimamente, é o que eu mais faço. Já irá completar uma semana que ele tentou me beijar,e duas,desde que estou aqui. Todos os dias,ele saí de manhã,bem cedo,antes do sol nascer,e volta um pouco antes do horário que estou costumada a acordar. Ele não tentou se aproximar de mim novamente,e não demonstrou mais nenhum interesse. E acreditem,isso é muito bom, extremamente bom. Dessa forma,eu não preciso me preocupar de dormir por algumas horas com o medo dele subir sobre mim durante a noite.

Ainda estou mancando um pouco,meu pé já desinchou,mas ainda e difícil firmar minha pisada. O restante dos ferimentos,já se curaram,inclusive os que estavam em minha testa. Infelizmente,se reparar bem, dá pra notar uma pequena cicatriz em cima das sobrancelhas. O maldito,além de me bater,me obrigou a conviver com elas pelo resto da vida.

Quando eu fugir,se der tempo,posso roubar algumas coisas dessa cabana,assim,posso fazer uma cirurgia para tampar as cicatrizes. Os objetos de Tae,valem no mínimo,1000 reais,e quando Jin encontrar a cabana,tudo será apreendido,e eu não quero ter que invadir uma delegacia para pegar alguma coisa.

Eu não vou me sentir nem um pouco culpada. Por tudo que estou passando, Tae teria que passar a cabana pro meu nome para me compensar. O que obviamente, é impossível,já que essa cabana não é dele.

Eu tenho certeza que não. Até agora,só descobri coisas inúteis sobre meu sequestrador. Ele se chama Kim Tae,o que,com toda certeza,não é seu nome verdadeiro,tem por volta de uns 24 ou 25 anos,presumo,que ele more na floresta desde pequeno,mas não nessa cabana,claro. Sua mãe,eu não faço a mínima ideia do que tenha acontecido,mas suspeito que tenha sido assassinada. Isso explicaria o comportamento doentio dele em matar pessoas. Descobri que ele odeia os polícias. Dois dias atrás,enquanto estávamos almoçando, Kim começou a insultar meu irmão,não por quem ele é,mas a profissão que ele tem. Isso foi um dos motivos por eu jogar o prato de comida por todo o chão.

No momento,eu não pensei nem um pouco. Tae não me machucou,apenas me levou obrigada até seu quarto e me trancou lá pelo resto do dia. Literalmente,o resto do dia. Mas isso me possibilitou mexer em suas coisas. Ele realmente tem cordas em seu baú,além de algemas. Consegui medir a distância da janela até o chão. Só não achei um jeito fácil de abrir a tranca da janela,mas tudo já está bem planejado em minha mente. Todos os detalhes da minha filha estão planejados.

Em cerca de alguns dias,eu já vou poder apoiar meu pé totalmente no chão,e será nesse mesmo dia,que vou sair desse inferno.

Caso,claro, Jin não me encontre até lá. Por falar nisso, Kim me avisou que meu irmão colocou cartazes meus por toda a cidade,e que já começou a me procurar por regiões vizinhas,como Lost,e Anayal. São as cidades mais próximas de Hopeless. Cerca de 1 dia de viagem até elas,mas já é o suficiente. O pior, é pensar que ele está indo tão longe,comigo tão perto. As buscas na floresta foram reforçadas,mas eu não me espanto de não terem encontrado a cabana. Nem mesmo eu,sei onde exatamente,está a cabana. Sei como fugir daqui,e sei como voltar no mesmo trajeto,mas eu nunca,saberia localiza-la. Encontrei-a pelo acaso.

SociopathicOnde histórias criam vida. Descubra agora