Sociopathic

15

Kim Seokjin

            -Quando vão mandar mais pessoas para a floresta?

           -Você precisa se acalmar Seok,desse jeito você não vai conseguir pensar em nada para salvar sua irmã. -Jisso sempre foi uma boa amiga. Sempre esteve ao meu lado nas piores missões. E não seria diferente agora. Sem Bae,eu estou perdido,sem rumo,sem saber para onde ir,e Jisso está me ajudando a não surtar.

     É tão agoniante,saber que ela está em algum lugar,sofrendo,com medo,desesperada. Cogito até a odeia dela estar morta. Isso não é nenhuma surpresa,mas também não posso focar só nisso. Preciso acreditar pelo menos um pouco,que Bae pode estar viva,e que ela voltará para mim em alguns dias.
     Eu prometi,proteger ela,de todo o mal,e agora,eu quem preciso dessa proteção. Como eu falhei assim? Como eu deixei que Bae sumisse? Oh Deus,por favor,que um dia eu sei punido por isso.

     -Ela já devia ter voltado Jisso. Ela nunca ficou tão tempo longe de casa. -Passei as mãos em meus cabelos,tentando por alguns segundos,me acalmar. Minha vida tem sido puro estresse e desespero nós últimos dias. -Irene é forte. Eu sei que ela está bem,eu quero acreditar nisso.

    Jisso sempre tivera um olhar doce,mas por incrível que pareça,durante esses últimos dias,tenho prestado mais atenção nele,e principalmente nela,tudo que tem nela.

    -Não se preocupe Seok. Nós iremos encontrá-la,ou pelo menos,achar uma pequena pista. -Suas mãos tocaram meus ombros de maneira gentil,seus dedos começaram a me apertar e eu fechei os olhos relaxando. -Eu conheço a Bae,ela é sim,uma mulher forte como você disse,daqui a pouco ela estará conosco novamente.

   Era nisso que eu queria acreditar. Era nisso que eu preciso acreditar. Já perdi uma mulher em minha vida,não vou perder outra,me recuso a acreditar nisso. Mas, ultimamente,uma sensação estranha tem invadido meu peito,como se algo ruim não tivesse acontecido,mas que irá acontecer. Talvez,eu esteja sendo preparado para conseguir suportar o que está por vir.

    -Senhor? Encontraram um corpo as margens do Sky.

    Não. Por Deus,não seja ela.

Me levantei num pulo pegando as chaves do jipe e saindo o mais depressa da sala. Enquanto caminhava,podia ver o olhar dos meus colegas de trabalho,alguns não conseguiram nem ao menos olhar em meu rosto. Meu peito já estava doendo antes mesmo da confirmação.

   -É ela? -Perguntei,por perguntar. Eu não queria saber a resposta. Mas eu precisava.

    O guarda a minha frente apenas deu de ombros. Então,ninguém sabia se era ela ou não,apenas,desconfiavam,assim como eu.  Eu queria tanto que não fosse. Queria que ela voltasse viva,mas,por um lado,seria bom colocar um ponto final nisso tudo de uma vez,não saber de nada é horrível e desesperador.

    Entramos no jipe e dirigimos até a parte mais baixa da cidade. O corpo estava lá. Não nós deram informações quanto a aparência,o sexo ou o estado do corpo. Apenas ligaram,pedindo urgência. Pelo local, provavelmente, é mais uma vítima do serial killer. E se for Bae,não irei aguentar saber tudo que ele fez com ela,antes de enfim a matar.

    Não estava em condições de dirigir,então o guarda fez isso por mim. Ele ia rápido,nossas ruas sempre estão vazias. E com o desaparecimento de Bae,parece que tudo está diferente. Não apenas para mim, Bae era a alegria da maioria dos lugares daqui. Ela sempre estava correndo pela cidade ou se aventurando na floresta. Bae nunca estava parada ou dentro de casa,e ainda por cima,era extremamente teimosa. Esse era a maior qualidade dela. Sempre fazia o que queria,e não se importava com as opiniões alheias. Bae era uma mulher admirável.