Pai De Dragões (Tradução)

Capítulo 25

                    ARIANNE

Ela podia sentir o vento frio cortante bater em seu rosto enquanto observava o grande castelo dos Stark subir na colina. Bandeiras brancas com o lobo cinzento rosnando tremulavam nas altas torres, e ela não pôde deixar de se maravilhar com o grande castelo. Ela podia muito bem acreditar que este castelo havia sido construído por gigantes e magia, como diziam as histórias.

Ela olhou para o lado onde Sor Daemon Sand estava andando e notou que ele se parecia com o que ela sentia. Frio e infeliz, nenhum dos dois jamais esteve em um clima tão frio antes, e Arianne tinha certeza de que nunca se acostumaria.

Ela finalmente entendeu por que eles disseram que os nortistas não sorriam ou riam, era mais provável que, se você mantivesse a boca aberta por um curto tempo com esse frio, seus dentes começassem a doer devido ao vento frio que parecia determinado a apertar seu corpo. cérebro fora do seu crânio.

Mas essa era uma jornada que ela precisava fazer, mesmo que odiasse o frio. Ela teve que retomar sua primogenitura e agora ela precisava do Rei Dragão para ajudá-la e apoiá-la.

Arianne odiava o fato de precisar de um homem para ajudá-la a recuperar seu direito de primogenitura, mas sabia que o rei Jon Targaryen era sua melhor chance de recuperar Dorne e obter justiça para seu pai.

"Você está bem, princesa?" Perguntou ao cavaleiro ao lado dela, mas ela mal conseguiu entender suas palavras por causa de seus arrepios. Seu alto e bonito escudo juramentado tinha um nariz escorrendo e seus olhos estavam lacrimejando pelo frio enquanto ele perguntava como ela estava.

"Eu estou bem Sor Daemon." Levou tudo o que ela tinha, para não deixar os dentes baterem enquanto falava, mesmo que estivesse vestida com camadas de roupas e peles que lhe foram dadas pelos nortistas.

Ele lançou um olhar que deixou claro para ela que ele não acreditou nela nem por um momento, mas, felizmente, deixou isso para lá.

Arianne olhou para os nortistas que os haviam escoltado de White Harbor e os que haviam sido enviados de Winterfell para serem sua guarda de honra para acompanhá-los pelo resto do caminho.

E, mantendo-se fiel a todos os contos que ouvira sobre os nortistas, eles não pareciam gostar de conversar muito, muito sobre sua felicidade. Arianne estava muito irritada com o frio que não queria falar com ninguém, nem mesmo com Sor Daemon.

Sua irritação foi ainda maior pelo fato de os nortistas não parecerem se incomodar com o vento cortante nem com o frio congelante de sua terra natal. Mas ela tinha que admitir que se sentia culpada, porque a guarda de honra dos Starks era gentil e fazia questão de atender a todas as suas necessidades.

O banqueiro Noho Dimittis, que também estava viajando com eles para Winterfell para conversar com o Rei Dragão, era tão infeliz quanto Arianne e Sor Daemon, mas ele o tolerou com muita graça.

Ao se aproximarem do castelo, Arianne pôde ver que eles estavam entrando no campo de batalha usado quando o rei havia retirado o castelo do bastardo de Bolton.

Ela podia ver grandes manchas de terra preta e queimada que assustaram o solo em frente ao castelo e, pela primeira vez desde White Harbor, ela acreditou nas histórias que lhe haviam sido contadas. Sor Marlon Manderly assumira o comando de White Harbor enquanto seu primo, o senhor Wyman Manderly, estava em Winterfell.

O cavaleiro jovial havia dito à princesa de Dorne que o rei dragão havia adquirido dois dragões maiores e os havia usado para recuperar Winterfell pelos Starks.

Arianne não tinha acreditado nele na época, mas agora vendo as grandes marcas chamuscadas na terra a fez acreditar em suas palavras.

Noho Dimittis parecia muito chocado e encantado com a notícia de que o candidato preferido agora tinha seis dragões em seu nome e que dois deles eram grandes e prontos para a batalha. Os Braavosi pareciam confiantes de que poderiam chegar a um acordo com o rei Targaryen, como quando ele era o senhor comandante da guarda noturna, o jovem rei havia se mostrado um homem razoável.