¹⁵A D E U S⭐D A T I N H O

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- Chegamos Daddy! - Grito no hall. - Eu vou tocar de ropa tá bom? - Max assente Daddy aparece e eu vou até ele lhe dando um beijo e logo subo. - Joy? - Chamo meu gatinho mas ele não aparece. - Ondi essi datinho se meteu?

Tomo banho e troco de roupa, desço as escadas e vejo Max me olhar Pálido e Daddy com um sorriso.

- Qui houve? - Pergunto ao ver Max tão branco.

- Vamos almoçar? - Daddy vai até a sala de jantar e nós dois o acompanhamos.

- Daddy! - O repreendo. - U qui cê fez? - Ele rir.

- Nada baby, só estávamos conversando! - Ele diz se sentando. - Não é Max? - Max me olha parecendo um fantasma.

- Sim! - Sua cor volta. - Estavamos falando sobre você loira! - Assinto.

- Daddy cê viu o Joy? Eu num achu ele! - Ele me olha.

- Depois preocuramos ele! - Assinto.

Almoçamos com um ar melhor, senti Max um pouco acuado mas consegui quebrar o gelo, o Daddy vai ter que me dizer o que ele disse para o Max, tadinho parecia o Gasparzinho.

Passamos o resto do dia preocurando por Joy, eu e o Daddy, aquele gatinho não apareceu em lugar nenhum.

- Selá qui ele fugiu Daddy? - Pergunto quase chorando.

- Vamos encontrar ele baby, a casa é grande mas não tem como ele ter fugido! - Assinto secando minhas poucas lágrimas. - Já preocurou no seu closet? - Nego. - Vai lá e eu vou preocurar no jardim! - Subo calma, abro a porta do meu quarto e vou em direção ao meu closet mas paro ao ver algo em minha cama, olho para a mesma e vejo uma caixa, me aproximo e pego o papel em cima dela.

"Prepare-se estou muito perto!"

Abro a caixa sem intender, começo a chorar em choque.

- JOY! - Caio no chão e tapo meu rosto. - JOOOOY!- Choro compulsivamente.

A culpa é minha, ele morreu por minha culpa.

- Baby? O que foi? - Vejo o Daddy entrar e o olho, seu olhos vão diretamente para a caixa. - Merda, merda! - Ele me pega e me tira do quarto me levando até o dele. - Baby olha pra mim!

- Eu matei ele Daddy! A cupa é minha! - Digo chorando.

- Não baby! A culpa não é sua! - Diz tentando me acalmar.

- Até cando? Até cando vai fica dizendo qui eu num tenhu cupa? Até cê moler também? Até o Harry ou Adeli ou até mesmo a Aby moler? Ou o Max? Eu num aguento mais isso, num dá Daddy, eu num sirvo pá ser feliz, eu num sirvo pá ter ninguém na minha vida, poco a poco eu vou pede cada um de cês e a culpada vai ser eu! - Choro culpada, por que? Por que sempre comigo? Vai ser sempre assim?

- Olha pra mim! - Continuo chorando olhando para o chão. - OLHA PRA MIM! Você não é culpada, chega disso Baby, chega de se culpar você precisar esquecer tudo que aconteceu, precisa esquecer e seguir em frente! Eu estou aqui e vou continuar aqui! - Ele me puxa e me Abraça.

Abraço ele e escondo meu rosto em seu pescoço.

- Tudo bem baby! - Ele diz me apertando. - Se deita um pouco! - Me deito e ele me cobre. - Eu vou dar um jeito nisso!

Ele beija minha cabeça e fica acariciando meu rosto até eu dormir.

Me perdoe Joy, eu sinto muito.

Adeus datinho.

.

.

.

Acordo sentindo um peso em minha cintura, olho para trás e vejo Christian dormindo calmo, tiro seu braço de cima de mim e me levanto, caminho até a porta já chorando mas na hora que vou abrir vejo que está trancada, fecho os olhos e suspiro.

Vou até sua gaveta e pego a chave reserva, ele não contava com isso.

Abro a porta e saio de seu quarto.

Vou até o meu e não vejo mais a caixa, concerteza ele tirou daqui, pego minha mochila e olho pela janela vendo chover, coloco roupas ali, desço e pego garrafas d'água, frutas e biscoitos de sal.

Escrevo uma carta e deixo na minha cama, volto para o quarto do Daddy e limpo minhas Lágrimas.

- Eu amo cê! - Sussurro quase inaudível perto de seu rosto, Deixo um beijo trêmulo e demorado em sua bochecha. Me levanto, abro a porta e saio colocando a mão na boca.

Fecho ela e Fecho os olhos.

Por favor Deus me dê forças, eu o amo muito, mas não posso deixar ninguém fazer mal a ele ou a mais alguém por minha culpa, não posso deixar que aqueles desgraçados acabem com a vida de mais alguém, não bastou a minha? Não bastou eles acabarem com minha vida? Eu não posso fazer isso.

Não posso.

Solto a maçaneta tremendo e desço as escadas, abro a porta e olho para trás.

- Adeus Daddy! - Abaixo minha cabeça e saio dali.

Sou uma idiota, tonta, babaca, trouxa, sou tudo de ruim por deixar ele, por deixar a única pessoa que amo verdadeiramente, a única pessoa que já me amou algum dia, mas por favor não me chame de egoísta, eu não suportaria perde-lo, ele não, por favor Deus, Ele não.

Ele não por favor.

Me ajoelho na estrada deserta depois de andar muito, olho para cima vendo a chuva cair em meu rosto.

- Pu que? Pu que comigo? U qui eu fiz de tão ruim a ponto de nunca poder ser feliz? Pu que eu tenho que largar tudo? PU QUE? PU QUE NÃO POSSO SER FELIZ? - Abraço meu corpo chorando. - Eu num meleço isso! FALA PÁ MIM! U qui eu F I Z? Eu não suporto mais isso!

Me diz por que.

Eu não mereço isso.

Eu quero tanto desistir.

Quero tanto parar de sofrer, parar de chorar, parar de ver as pessoas que eu amo sofrerem por mim.

Desculpe Daddy.

Me perdoe por favor.

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E não me matem!


Baby Angel! (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora