³⁰⭐N E V E⭐

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Se o seu tema for claro, mude para o escuro. Ksksks

Anos atrás, eu estava sempre preparada para o que viria.

Eu sabia os horarios de tudo, da minha comida, da minha tortura... do meu sofrimento.

Haward sempre me dava banho do lado de fora, ele gostava de jogar água gelada em mim enquanto eu me tremia pelo frio.

Por um tempo eu odiei a neve, o frio.
Quando saio da csa totalmente descalça e vejo a neve por todos os lugares, tive de ter medo.

As pessoas costumam ter medo do escuro, ou de algo negro, sombrio.

Como eu posso ter medo da neve? Ela é branca e brilhante, não seria adequado ter medo de algo assim.
Mas eu não tenho.

Tenho medo das circunstâncias que me levam a ela.

Respiro fundo vendo a fumaça do meu ar quente, com a arma em punhos continuo a entrar na mata coberta por neve.

- Isso parece final de filme de terror. - Ian diz fechando seu casaco.

- Cala a boca. - Daniel diz irritado.

- Vejam pelo lado bom, os mocinhos nunca morrem. - Seguro firme a arma mesmo tremendo de medo.

- Jones. Cale a porra da boca. - Daniel esbraveja passando a minha frente.

- Que audácia, eu sou a pessoa mais falante que existe. Isso é porque nunca me viram no cinema. - Concentro meu olhar na estrada.

- Me lembre de nunca te convidar para ver um filme. - Ele rir.

- Você é um amor loira. Só se lembre que eu gosto de pipoca com muita manteiga e chocolates, muito chocolate com um copaço de refrigerante. - Ele diz passando por mim.

Nos assustamos com dois tiros que são disparados em nossa direção.

Nos escondemos atrás de árvores.

- QUE MERDA ESTÁ FAZENDO DANIEL? ESTÁ DO LADO DELA? - Daniel fecha os olhos parecendo triste.

- Daniel, acalma sua mulher. - Ian diz parecendo sério e recebe um olhar mortal. - Fala pra ela que roupa suja se lava em casa. - Se a situação não fosse séria eu riria.

Quatro tiros.

- PORRA, Quase pegou em mim, to falando, se acertar em mim o bagulho vai ficar doido. - Ele diz ajeitando o pente de sua arma.

- Ele está se aproximando. - Digo ouvindo seus passos.

- Somos três e ele está sozinho, Max não é burro. - Daniel diz olhando para o chão.

- Uiiiiii. - Ian diz afinando a voz.

- Jones. - Daniel rosna.

- Tá, parei. - Olho para os dois e tento olhar em direção a casa, mas não vejo ninguém.

- O que ele está tramando? - Indago só para mim.

Vários tiros são disparados e Daniel retribui.

Ouvimos um grito e Daniel se repreende fechando os olhos.

- DESGRAÇADO. - Ouvimos a voz de Max não muito longe. - Eu vou matar todos vocês, um por um, está me ouvindo vadia? Depois eu vou pegar seus pais, seus irmãos e aquele maldito do Mitchell, vou pegar todos vocês. - Minha garganta arde com essa possibilidade.

- Max fica quietinho, tá meu querido? Já ta na bosta não fale mais merda. - Olhamos para Ian, ele é assim mesmo ou é a adrenalina?

- Ah, jones... sabe? por um curto momento pensei que você fosse um merda filho da puta, agora penso isso o tempo todo. - Sem que nenhum deles perceba, vou seguindo a voz de Max com cuidado.

- R.I.P Max.- Ouço a voz ironica de Jones me concentro na direção de Max.

- Nós estamos em três contra um, se renda Max. - Daniel tenta, mas logo ouvimos uma gargalhada.

- Isso é o que vocês pensam, meus reforços estão chegando. - Continuo caminhando até ele. - Sabe gente? Se esconder é coisa de ratos sujos, mas eles são muito inteligentes, eles fogem para qualquer lugar ao índice de perigo, mas quando eles percebem os medo, ele vai para cima, mesmo sabendo que não terá como se defender. - Sua voz fica baixa a cada instante. - Não é mesmo loira?

Corro até lá e chingo ao ver um celular.

- Você não é tão esperta quanto imagina. - Piso no celularcom força.

Olho para todos os lados.

É quando todo meu corpo extremece, olho para meus pés e vejo uma mina.

É quando todo meu corpo extremece, olho para meus pés e vejo uma mina

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Quem diabos usa isso hoje em dia?

Respiro fundo.

- Mily? - Ian vem correndo até mim.

- Não, NÃO SE APROXIME. - Grito e ele para. - Daniel está a quilometros daqui, está em cima do telhado da casa, com uma arma de sniper, fique longe desse pedaço e olhe onde pisa. Acabo de pisar em uma mina. - Digo ofegante.

Estou prestes a desmaiar.

Daniel se aproxima não se importando com o que disse.

- O que está fazendo? Fique ai. - Digo apavorada mas ele não obedece.

Ele pisa na mina e me empurra para longe.

- Jones, leve ela, tire ela daqui, vou dar um jeito nisso. - Ian me ajuda a levantar e começa me puxar.

- Mexa suas perninhas, temos de correr. - Ele diz começando a se movimentar rapidamente.

Respirações ofegante, a dença neve faz meus pés afundarem cada vez mais, minhas narinas ardem e eu apenas consigo correr e correr.

Estou fugindo novamente, fugindo e fugindo.

Baby Angel! (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora