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Revisado

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Revisado.

A loirinha tentava a todo custo se aquecer. Tinha vestido mais de três blusas e mesmo assim eu conseguia ouvir o som de seus dentes tremerem. O seu corpo era tão miúdo que tinha certeza não conseguiria passar desta noite.

Olhá-la deste jeito estava me incomodando, então sugiro que se junte comigo para aquecer. Como eu já imaginava, a loirinha se recusou de um modo teimoso como sempre. Eu insisto mais um pouco, por que mesmo recusando, ela não conseguia disfarçar o quão fria estava.

Para a minha surpresa, vejo que ela lentamente sentar do meu lado e ao encostar os seus dedos em mim, mas foi como sentir uma agulha me penetrando. Ela estava tão gelada que nesse momento duvidei da sua existência.

- Meu deus, você está congelado - digo e então ela se afasta de mim

Ela realmente estava cogitando a ideia de voltar ao seu lugar e tentar se aquecer sozinha? Essa garota estava mesmo chamando a morte. Não iria deixá-la assim, essa garota não estava raciocinando direito, deve ser por conta do frio, então eu pego pelo pulso e puxo para perto de mim, tão perto que conseguia sentir a sua respiração em meu pescoço.

Elle recusava olhar nos meus olhos, provavelmente estava envergonhada, mas em nenhum momento eu tirava os meus nela. Seus olhos eram verdes tão intensos como esmeraldas, sua pele era branca como a neve e seu cheiro, seu viciante cheiro, era doce como morango. Eu podia enterrar meu nariz em seu pescoço e ficar assim o tempo todo, no entanto eu voltei a realidade e reparei que ela ainda continuava friorenta em meus braços, então comecei a passar à mão repetidas vezes em seu braço até esquenta-la.

Ela estava dura, talvez por estivesse constrangida ou por que talvez eu a estivesse espremendo demais, mas eu não me importo, ela precisava ficar aquecida. Perto de mim, envolvida em meus braços, ela parecia uma criança, na verdade um filhote de passarinho de tão pequena que estava. Quem a vê assim pensa que não morde, mas Elle era o próprio cão.

Elle se mexe um pouco, achei que iria tentar fugir de mim novamente, mas muito pelo o contrário. Ela encosta a sua cabeça no meu ombro e assim fica por um tempo até eu notar que ela havia caído no sono.

Bem devagar, para não acorda-la, eu a deito junto comigo. Ela ficou deitada em meu peito, achei que ela fosse mais pesada, mas ela era leve como uma pena e até eu conseguir pegar no sono, fiquei admirando a loirinha dormir profundamente.

[...]

Já era outra dia. A chuva já havia passado e por incrível que pareça, eu consegui acordar cedo. Elle continuava deitada em meu peito e ainda dormindo. Reparo que havia um sorrisinho no seu canto esquerdo da boca e me pergunto com o que ela estava sonhando naquele momento. E então o seu sorriso fecha e seus olhos abrem, olhando diretamente para mim.

- Bom dia, loirinha - digo ela

- Meu nome é Elle... - faz uma careta engraçada e continua a dormir

A Lagoa AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora