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Dylan se sentia culpado, mesmo eu tendo falado tudo aquilo

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Dylan se sentia culpado, mesmo eu tendo falado tudo aquilo. Qualquer coisa que fazia "errado" ele se desculpava imediatamente. Mas vejo que no fundo ele está tentando não carregar essa culpa e isso me tranquiliza um pouco.

Mesmo ele estando preocupado, é tão bom ter alguém cuidado de você com carinho e estando a sua disposição. Quando eu fui atacada, eu nunca tinha me sentindo tão sozinha na minha vida, foi aterrorizante. Toda vez que me irrito quando Dylan está grudado demais, eu penso nesse momento e depois quem acaba querendo Dylan de volta sou eu.

Toda vez que eu olho para o mar, eu fico sem ar. Eu me lembro de cada comento, como se tudo tivesse acontecido em câmera lenta.. Lembro do enorme tubarão vindo na minha direção e me rasgando, puxando até a escuridão do fundo do mar, no qual meus pulmões encheram de água.

O que eu mais quero no momento é evitar qualquer tipo de contando no mar. Sempre que o encarava, eu tinha um ataque ou pesadelos. Acho que o mar acabou virando o meu medo mais profundo.

Mas a maioria das nossas comidas vinha do mar, então evitá-lo para sempre não será possível. Eu só preciso de tempo, para enfrentar meu medo. Sei que um dia eu terei que encarado novamente, porém ainda não me sinto nada preparada.

[...]

Uma semana depois

Se passaram uma semana desde que eu fui atacada. Dylan tem me ajudado muito, sempre indo atrás de tudo e nem um minuto me deixando sozinha. Fico agradecida por tudo o que ele faz, mas como eu disse, as vezes chega a irritar.

Esse dias tive uma febre, não era uma das piores febres, mas tive. Não contei para o Dylan, pois sei que ele ficaria muito mais preocupado do que já está. Então deixei quieto e a febre passou.

Já o meu ferimento na perna não está ruim, mas também não está bom. No segundo dia quando tirei a faixa, a minha perna estava horrível pois a mordida era recente e a queimadura também. Mas depois de tratar com algumas ervas e não deixando o ferimento exposto, a minha perna está melhorando.

Eu só queria mesmo era me levantar, mover as minhas pernas e a minha bunda, que estava ficando quadrada de tanto ficar sentada. Eu preciso voltar ao normal e praticar os movimentos da minha perna.

- Dylan - o chamo

Ele estava sentando enquanto fazia alguma coisa. Não sei ao certo o que é, por que toda fez que eu pergunto ele muda de assunto e do jeito que sou um pouco curiosa eu fico brava.

- Sim? - ele se vira e imediatamente guarda tudo o que estava fazendo

- Me ajuda a me levantar? Estou cansada de ficar sentada - digo e então ele se aproxima de mim

- Tem certeza? Eu não acho uma melhor ideia...- então sozinha eu me levanto e começo a andar - Calma, segure no meu braço - diz ele dando o seu braço um pouco musculoso - Onde quer ir? 

- Só me leve um pouco para frente - pouco me importava para onde ia, só queria sair do buraco onde eu estava.

Ele me levou um pouco para frente, nem tão perto do mar mas também nem tão longe, estava perfeito o local e deva para ver perfeitamente o sol se pondo.

O céu estava mesclado, um tom alaranjado misturado com rosa e também dava para ver a cor natural do céu que estava azul bebê. E bem de longe, estava o sol se destacando nos seus últimos minutos antes de sumir.

Dylan pega a minha mão que estava solta na areia e então ele da um beijo delicado

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Dylan pega a minha mão que estava solta na areia e então ele da um beijo delicado. Eu sabia que ele estava com medo de me perder e eu também estava com medo de perdê-lo. Sobreviver nesta ilha está sendo mais desafiador do que eu imaginava.

Eu via alguns reality shows de duplas que tinham que ficar em um determinado lugar por 21 dias e e tentar sobreviver até o final. Antes eu achava que não era real, que não passava de uma atuação, mas eu estava enganada.

Conseguir alimentos e água são muito difíceis, e também requer muita energia, o que eu ultimamente não estou tendo muita. Com a condição que eu estou, a cada dia eu me sinto mais indisposta.

Também não tenho dormido muito bem e toda noite tenho que me agarrar em Dylan para me acalmar um pouco. Sem falar que minha perna não estava como antes, lisa e hidratada. As vezes nem sinto vontade de usar shorts e prefiro ficar com a perna coberta.

Mas eu vou superar isso, sei que vou! Poderia ter acontecido algo muito ruim, talvez eu nem estivesse aqui agora, então não posso ser ingrata. Preciso aceitar os fatos e ver essas cicatrizes como uma lição.

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