A Lagoa Azul

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Pode não ter sido uma das minhas melhores transas, mas estar fazendo com alguém que você gosta e que realmente ame, isso muda totalmente a perspectiva.

Não foi somente sexo, como se não tivesse nenhum significado, aquilo que eu fiz com ela tinha sido amor. Parece meio brochante vindo de mim, mas acredite o sexo sem amor é uma experiência vazia.

Já dormir com muitas mulheres e apesar das experiências terem sido um pouco melhores, não havia nenhum sentimento envolvido. Simplesmente nada! O que no final, acabava sendo um pouco entediante, por que era sempre a mesma coisa.

Como a primeira vez da Elle já aconteceu, mal posso esperar por outras vezes. Tinha sido muito bom, eu senti algo diferente e só de imaginar eu já queria fazer de novo. Mas ignorei a ideia, já que era um momento especial para Elle.

[...]

Assim que eu acordo, vejo que Elle não estava mais do meu lado. Isso não é nenhuma novidade! Mas a medida que eu percorria os meus olhos aonde nós estávamos, conclui que ela não estava perto. Aonde será que ela foi?

Me levantei lentamente, me espreguiçando e passando as mãos em meus cabelos que estavam cheios de areia. Minha barriga já roncava alto e senti uma leve dor nas costas, já que tínhamos dormindo no chão com apenas um lençol.

Começo a andar pela redondeza e tentar procurar algum sinal de Elle. Nós precisávamos voltar no nosso abrigo, nunca se sabe quando algum animal pode entrar e destruir tudo de novo.

Em cima do morro que passamos a noite, tinha uma bela vista da praia inteira e lá estava ela. Elle estava sentada, nua e com os cabelos soltos tomando um banho de sol.

Essa imagem estava perfeita! Fico encarando ela de cima por um momento e observando cada seu movimento. Ela estava quieta, como se estivesse refletindo e a única coisa que se mexia era os seus cabelos aos ventos.

Elle é perfeita, até mesmo os seus defeitos. Se tivéssemos na nossa vida normal eu nunca teria chance com ela, mas felizmente agora ela é minha!

Acordo um pouco dolorida e sensível por causa da noite passada. Tinha sido a minha primeira vez, então acho que é normal que eu sinta essas dores na minha intimidade e um pouco no ferimento da minha perna que não havia se recuperado.

Eu estava complemente nua e mesmo não tendo mais motivos para esconder meu corpo de Dylan, eu fiquei um pouco constrangida. Então eu pego o lençol que nos cobria e enrolo no meu corpo.

Dou risadas assim que tiro o lençol e vejo a bunda de Dylan nua. Era tão bonitinha e redondinha. Eu queria dar um tapão, mas ele estava em um sono tão profundo que não era uma boa ideia fazer isso agora.

Hoje estava muito calor. Não fazia nem um minuto e eu já estava suando com aquele lençol amarrada em meu corpo. Eu tomo coragem e tiro cobrindo o Dylan até a metade.

Começo a andar nua pela praia. Era libertador,
mas ao mesmo tempo me senti exposta. De qualquer maneira, só Dylan está aqui e só ele que vai poder me ver assim, então para que se preocupar?

- O que está fazendo sozinha aí? - levo um susto ao escutar a voz de Dylan

- Só pensando...- digo um pouco envergonhada e tento esconder um pouco o meu corpo nu.

- Você é tão perfeita. Não precisa ter vergonha de mim, eu já vi tudo. Aqui...- diz ele sentando do meu lado e amarrando o lençol em meu corpo - Vamos voltar para casa - diz ele pegando em minha mão e levantando.

Apesar de não ter esquecido da minha antiga vida, eu acho que posso considerar a ilha minha nova "casa". Afinal de contas, estamos vivendo aqui agora.

Depois de um bom tempo mantendo as minhas esperanças, creio que um resgate não chegará mais. É difícil imaginar viver aqui para uma toda vida.

Havia tantas coisas que eu queria fazer antes de tudo isso. Uma faculdade, viajar, arrumar um emprego e ter a minha própria casa. São vários sonhos.

Já imaginei e calculei todas as alternativas para sair daqui, todas são mal sucedidas.

Não podemos simplesmente fazer um barco e partir. Há várias possibilidades de ficar a deriva por muito tempo, possibilidades de sermos atacados, do barco afundar e até mesmo da comida acabar.

Chegamos tão longe depois que tudo aconteceu, não podemos nos arriscar assim. Eu gostaria de verdade que as possibilidades mal sucedidas fossem menores e que as nossas chances de sair daqui fossem maiores. Mas não é o nosso caso.

Eu acho que o melhor que podemos fazer é prosseguir com a nossa vida aqui na ilha e esperar caso um dia um resgate ainda chegue.