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Uma semana depois

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Uma semana depois...

Durante essa semana eu não tinha visto nenhuma vez o Dylan, ele tinha simplesmente sumido e eu estava ficando preocupada com ele.

Será que ele conseguiu construir um abrigo? Nesses últimos dias choveu muito e fez bastante frio. Eu mal conseguia acender a fogueira direito para me aquecer, imagine o Dylan.

Eu preciso ir atrás dele, é claro que eu não vou falar com Dylan e muito menos deixar que ele me veja, mas tenho ver como que ele está para pelo menos aliviar esse peso na minha consciência.

[...]

Segui alguns caminhos que provavelmente Dylan faria, era a única coisa que eu tinha em mente para achá-lo o mais rápido possível, não queria ter que ficar horas nessa chuva.

Ele não seria burro de ter ido tão longe do riacho, então é possível que ele esteja nessa aérea próxima da fonte de água.

Aperto mais os meus passos assim que a chuva começa a cair com mais intensidade, se daqui dez minutos eu não encontrá-lo eu terei de voltar para o meu abrigo. Não quero ser atingida por um raio.

Tento ficar o mais longe possível das árvores e a todo  momento com os olhos focados no chão. Se ele tiver perto aqui, eu conseguirei ver os seus rastros.

Então eu consigo enxergar pequenas pegadas de pés, que só pode ser do Dylan. Tive que apressar ainda mais os meus passos, pois a chuva estava apagando o caminhos dos rastros.

As pegadas acabam no meio do nada e sem nenhum sinal de Dylan. Droga! Eu não tinha opção, eu não podia ficar mais aqui, eu preciso voltar para o abrigo antes que a chuva o destrói.

Eu estava tão próxima de achar o Dylan, mas tudo bem. Agora que eu sei com mais precisão aonde ele pode estar, eu voltarei amanhã de manhã quando clima estiver melhor.

Enquanto eu tomava o meu caminho de volta, eu ouço algum som estranho, parecia uma tosse. Isso só podia significar uma coisa!

Sigo o som das tosses até finalmente encontrar o Dylan dentro de uma pequena barraca sentado. Ele aparentemente não estava nada bem, parecia que ele estava com uma febre forte.

Sei que disse que não falaria com ele e muito menos deixaria que ele me visse, mas não posso ir embora e deixar ele nesse estado. Dylan precisa de ajuda.

- Dylan! - aproximo dele e encosto em sua pele que estava queimando.

- Elle...?- diz ele com um tom de voz fraco

- Meu deus, quanto tempo está assim? - pergunto

- Desde o primeiro dia - diz e ele tosse mais alto

- Vou pegar água para você - digo pegando um pote que Dylan havia levado com ele e espero alguns segundo até que a chuva encha - Aqui - pego com cuidado a sua cabeça e direciono sua boca no pote

- Elle... - diz ele pegando em minha mão - Você me perdoa? - sinto sinceridade em suas palavras

- Depois a gente fala sobre isso, tá bom? - digo - Agora deixe eu cuidar de você - deito ele em meu colo e então vejo os seus olhos se fecharem

- Depois a gente fala sobre isso, tá bom? - digo - Agora deixe eu cuidar de você - deito ele em meu colo e então vejo os seus olhos se fecharem

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Desde o dia que eu havia abandonado o abrigo, uma forte chuva começou a cair todos os dias e consequentemente eu acabei ficando gripado

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Desde o dia que eu havia abandonado o abrigo, uma forte chuva começou a cair todos os dias e consequentemente eu acabei ficando gripado.

Mas com o passar dos dias as minhas febres começaram a aumentar gradativamente e no estado em que estava eu não conseguia procurar por comida e até mesmo água.

O pouco da água que eu consegui ingerir foi das chuvas, mas eu tive que me expor e isso só piorou ainda mais as febres. Eu merecia isso, pelo o que eu fiz com a Elle e com todas as outras pessoas.

Eu só não queria ter que deixá-la sozinha aqui na ilha e que ela achasse meu corpo inanimado. Elle precisa de mim, assim como eu preciso dela, mesmo que eu seja a sua pior opção.

Meu pulmão já estava quase comprometido, eu tossia a cada um minuto e as vezes chegava até sangrar um pouco.

Minha voz quase não saia, quanto mais eu forçava a minha garganta mais ela doía e não adiantava gastar energia, que eu já não tinha, para procurar ajuda.

Eu teria que rezar para que a Elle deixasse um pouco da sua raiva de lado e viesse me procurar ou que eu melhorasse sozinho.

[...]

Eu estava deitado de qualquer jeito no chão e tremendo cada vez mais que a chuva gelada me atingia. Minha cabeça parecia que a qualquer momento iria explodir e minha garganta se rasgar.

- Dylan! - escuto uma voz e um toque familiar que me faz arrepiar

- Elle...? - tento forçar a minha garganta para que algum som saísse

- Meu deus, quanto tempo está assim?

- Desde o primeiro dia - tento me esforçar para falar mas logo tenho uma crise de tosse alta

- Vou pegar água para você - diz Elle se virando sozinha e me ajudando - Aqui - coloca o pote de água na minha boca e me ajuda a beber

Elle veio procurar por mim e agora está cuidando da minha febre. Ela é muito boa para mim, até demais. Eu me sinto um lixo perto dela por não fazer coisas boas como ela faz para mim.

- Elle...- digo pegando na sua mão macia que ela congelando - Você me perdoa? - olho no fundo dos seus olhos

- Depois a gente fala sobre isso, tá bom? - diz ela mudando de assunto - Agora deixe eu cuidar de você - então eu deito em seu colo e acabo adormecendo em seus braços

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