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Revisado

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Revisado.

Sinto uma sensação de enjoo assim que vejo tudo ao meu redor girar. Eu fecho os meus olhos na esperança de que a tontura passe e quando abro novamente minha visão volta ao normal. Tento mover com dificuldade a minha cabeça, que está dilatando e enfaixado, para o outro lado e vejo que Dylan está dormindo sentado ao meu lado. Não vejo nenhum sinal de Sabrina e agradeço mentalmente, melhor que seja assim.

O primeiro movimento que eu faço para levantar, o Dylan desperta desesperadamente e me impede de fazer qualquer outro movimento precipitado. Sua feição é de preocupação, coisa que nem mesmo quando fomos atacados pelo javali não o vi tão desesperado e preocupado como agora. Será que eu estou muito machucada? Só de pensar que talvez tenha perdido alguns de meus miolos me causa tontura novamente e ânsia de vômito.

- Como se sente? Ainda está com dor de cabeça? Você se lembra de alguma coisa? - faz perguntas atrás de outras perguntas e não sei por onde começar a responder - Esquece, não diga nada, apenas fique deitada e descanse

- Sede... - é a única palavra que sai da minha boca

- Sede? Certo, aqui - ele me entrega uma folha com água e me ajuda a beber

- O que realmente aconteceu? - desta vez consigo formular uma frase

- Você não se lembra? Claro que não, você bateu a cabeça! Deve ter afetado a sua memória. Você se lembra de mim, não se lembra? - pergunta

Nunca tinha ouvido Dylan tagarelar tanto, ele geralmente sempre é breve e quando abre a boca é para falar uma idiotice ou para brigar, mas desta vez não e vê-lo deste jeito fez eu querer rir, porém na tentativa de gargalhar fez com que eu gemesse de dor, até mesmo para fazer um mísero esforço para rir já me causava fortes dores.

- O cara que me atazanou o navio inteiro e ainda trouxe a sua amante na ilha. É, não tem como esquecer desse cara - digo e ele suspira de alívio

- Esse cara salvou a sua vida, duas vezes - disse se defendendo e eu o xingo baixo por não ter nenhum outro argumento para refuta-lo - Se bem que na segunda vez houve uma ajuda

- Sabrina? - pergunto e ele balança a cabeça - Impossível

- É a verdade. De qualquer maneira, um obriga... - eu o interrompo e o puxo para um abraço

- Obrigada, idiota - digo e ele retribui me abraçando forte fazendo-me quase esmagar

- Só me prometa que nunca mais vai subir em uma árvore de novo. Você deu um baita de um trabalho para te trazer de volta - disse

- Sou pesada demais? - pergunto cruzando os braços

- Leve como uma pena. Eu só fiquei preocupado - diz

- Comigo? - pergunto com os brilhos nos olhos

- De não chegar a tempo antes da noite - disse seco e suspiro decepcionada com a resposta

A Lagoa AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora