SEM SABER, COMO DECLARAR O SEU AMOR!

86 10 8
                                    

Na casa de Rafael, este, permanecia totalmente estático e sem dizer nenhuma palavra. Pois, não sabia, o que é que poderia dizer ou qual á atitude, que deveria tomar; diante de tudo, o que estava ocorrendo e da rapidez, com que estes acontecimentos; estavam atropelando á todos e tudo diante deles.

Interpretando a total inércia dele e o seu silêncio, de forma totalmente errônea; como se fosse uma rejeição, para com ela; Milena, decidiu então, se afastar dele e iria sair do quarto de sua sobrinha e se dirigir, até qualquer outro, que encontrasse, para pernoitar lá , até que o dia amanhecesse e pudesse enfim, pensar em uma solução, para á vida das duas.

Tudo o que tinha certeza, porquanto, é que após, esta repulsão de seu padrinho; depois de ela, ter se oferecido para o mesmo; de peito tão aberto e sem nenhuma reserva; disposta, a pelo menos, tentar viver, uma nova história; não poderia de forma alguma, permanecer nesta residência.

Seria muita humilhação. E de ser humilhada, usada e rejeitada, já estava totalmente farta!... E definitivamente, não iria se prestar, a este papel, outra vez!

Esta, fora á última; cujo permitira, que um homem, a magoasse, de modo profundo. Terminantemente, nunca mais, daria este poder e ousadia, para mais ninguém.

Na primeira vez, em que acreditara, que tinha encontrado o grande amor de sua vida; cujo junto a ele, poderia vir a ser feliz; este, dera um jeito, de a machucar. E agora, que á vida ou o destino, em meio a todo este vendaval, em que se encontrava; parecia ter posto, outro ser, em seu caminho; para lhe dar uma nova chance, este, se mostrava de uma insensibilidade ímpar e singular, a menosprezando, deste modo tão inexplicável.

O que Milena, nem ao menos, podia imaginar, era que não era nada disto, que ela, estava pensando!... Rafael, não tivera a mais ínfima intenção, de a fazer se sentir, desta forma, a qual se sentia.

Não a estava desprezando. Pelo menos, não de forma intencional e deliberada.

Muito pelo contrário. Tudo o que mais desejava neste momento e com todo o seu ser; era ter o direito, de a tomar em seus braços, a levar para o seu quarto, a deitar em sua cama e ter á noite mais ardente e selvagem, que pudesse, entre os seus lençóis e a fazer apenas dele.

Não queria, no entanto, que isto ocorresse, da forma, como ela estava. Preocupada com o estado do irmão e o futuro dele, da filha do mesmo e dela própria.

O seu maior desejo, era que Milena, o quisesse de verdade. Como o homem da sua vida. E não, como somente, mais um macho, que poderia ser qualquer outro; para aplacar a sua dor e depois, se arrepender e abandonar, logo que o dia seguinte raiasse.

Não queria ser um mero impulso de momento; cujo a mesma, rapidamente, iria se arrepender, por ter cedido. Porquanto, ainda recordava muito bem o que acontecera, quando ele, se deixara levar, pelos seus instintos.

Ainda podia sentir doer, quando se lembrava, do olhar de ódio e arrependimento, contido nela. Não desejava passar por aquilo nunca mais! E nem iria se permitir isto!

Sabia muitíssimo bem, que merecia e precisava, de bem mais que isto!... Na realidade, os dois, mereciam e precisavam!... E no que dependesse dele, era o que ambos teriam!...

Sempre o melhor!... Independentemente de quanto tempo, ele, tivesse que esperar e o que tivesse que o fazer!

Iria a conquistar e tê-la toda para si!... Não com desonestidade e sedução barata, tal qual o Paulo. Entrementes, utilizando de toda a sua honestidade, ternura, carinho e sobretudo, amor.

Estava completamente maluco, por esta mulher!... E não conseguia mais, sequer cogitar, a sua existência, sem a ter ao seu lado; por todos os dias, de sua vida, até o derradeiro suspiro dele.

Amor Além da Vida( Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora