CHANTAGEADA

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 A jovem, se virou lentamente, na direção da pessoa,diante de si. Por um precioso momento, pensou, estar se tratando apenas, de um terrível pesadelo. O pior e mais tenebroso, que já tivera.

A qualquer minuto, iria acordar e perceber, que a sua vida, continuava a ser, a mesma existência feliz de antes. Que absolutamente nada mudara.

Que dali a segundos, estaria correndo ao encontro de seu homem tão amado e se casaria com ele. Não podia acreditar, que o que acabara de ler, se tratasse da realidade.

Paulo, não podia estar falando á verdade. O "SEU RAFA", não poderia ter feito uma barbaridade destas!

O homem que tanto amava e cujo iria se casar hoje, não poderia em tempo algum, ter cometido nenhum crime. Muito menos, um assassinato.

Ainda mais, deixando outro alguém, ser acusado e respondendo, por este fato nefasto. Rafael, definitivamente, não era este tipo de criatura!

Olhando no entanto, no mais profundo do olhar, do homem, que viera lhe trazer, esta tenebrosa notícia; pelo brilho malévolo de cruel felicidade; que os olhos dele, continham, pôde constatar então, que não era um sonho. Nem tampouco, um pesadelo.

Esta situação, tão deveras nefasta, estava acontecendo de fato. E apesar de ser deveras, tenebrosa e horripilante, era tão real, quanto o ar, que estava a respirar.

Não sabia o que fazer. Nem mesmo, o que sentir ou se sentia, alguma coisa de fato.

Tudo o que tinha conhecimento, era da criatura extremamente asquerosa; que tinha ali, bem a sua frente, que viera, para destruir, todo o seu mundo de sonhos e quimeras. E que por isto, lhe dava, o mais profundo dos ascos.

Teve vontade de ela mesma, cometer um assassinato. Neste exato instante, sentiu o desejo voraz, de matar Paulo, com as suas próprias mãos; por ser capaz de caluniar o seu amor desta forma tão vil.

O ódio que sentia, do seu ex namorado, era como lava incandescente; que lhe incendiava, queimando as suas veias, a fazendo querer o ver morto e enterrado, em uma cova bem funda; para que não o visse nunca mais. Jamais antes, em toda a sua vida, sentira tamanho ódio por alguém antes. E duvidava muito, que viesse a sentir outra vez.

Estava se sentindo mal. Sem chão. Sem luz. Sem ar. Sem vida enfim.

Tentou recuperar, o equilíbrio perdido. Focar em algo ou alguma coisa, que a trouxesse de volta, deste sonho tão ruim.

Estava totalmente fora de órbita. E precisava voltar á Terra, com á máxima urgência, se quisesse de fato, ajudar Rafael. Pois, não havia, o mínimo tempo a perder.

Somente, precisava ter uma ideia, de como iria fazer isto. Uma mínima ideia e os dois, estariam completamente livres e salvos de Paulo

Para todo o sempre. Mas qual, meu Deus!? Qual!?

Precisava pensar bem rápido. Entrementes, também, tinha que ganhar tempo.

O seu ex namorado, porquanto, era capaz de tudo e qualquer coisa; para conseguir os seus objetivos. Isto, ela, já tinha aprendido e sentido, na própria pele e carne. E esta, fora uma lição, que não esqueceria jamais, enquanto vida tivesse.

Estava tentando, se manter equilibrada, apesar de todas estas circunstâncias adversas. Não podia demonstrar nenhuma fraqueza, diante de Paulo.

Ele, era o seu pior e maior inimigo agora. Portanto, não poderia, sob nenhuma hipótese, perceber, que a atingira de algum modo.

Falar, era mais fácil que fazer, contudo. Tinha que ao menos tentar, porém.

Necessitava, com á máxima urgência, descobrir, qual o verdadeiro objetivo dele. Estava mais do que claro, que viera até ali, para a chantagear de alguma forma, em busca de algo. Restava somente, saber o que era.

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