Já não suportava mais o olhar peculiar e detalhista de Dominic sobre mim, acho que ele estudou até mesmo o último fio de cabelo que existe desde que saimos da casa da vizinha. Não foi uma boa ideia invadir o quarto de uma garota, querendo ou não cheguei numa hora bem inadequada e bem interessante digamos assim, foi minha unica solução, não iria deixar àquele maluco me matar ou eu sujar minhas mãos com sangue que jamais valeria a pena, bom eu poderia não ter hesitado, isso se eu fosse o mesmo Yoongi do passado, agora é diferente, muito diferente.Cometer o mesmo erro?
Jamais.
- Se não me falar o que quer eu...
- Por acaso ficou louco!?. - me interrompeu levantando-se do sofá.
- Mas o que....
- Não precisa responder, eu sei que você é um puto de um doido idiota Yoongi. - passou por mim.
- Ok. - supirei. - O que eu fiz?. - perguntei na mais pura paciência.
- Eu não nacsi ontem garoto, tenho idade de ser seu tio. - deus apenas três passos a minha frente e segurou minha nuca com firmeza. - Àquele cara não é um cliente.
- Sim ele é um cliente...
- Se continuar mentindo eu mato você. - ameaçou e eu não iria dulvidar.
- Tudo bem. - passei a mão no rosto. - Ele...
- Eu já entendi tudo. - sorriu.
- Vai me deixar falar ou vai ficar me cortando?. - perde um porcento da divina calma.
- Já imaginou o que aconteceria se ele seguisse você até a casa da garota?. - pegou uma taça que se mantia na mesinha e despejou a bebida.
- Olha eu sei o que eu fiz não precisar ficar se perturbando com isso.
- Você está sendo irresponsável garoto, sabe o risco gravíssimo que é trabalhar com essa área, e ainda fica pondo vidas em perigo, não esquece que você ainda deixou vestígios do seu passado espalhados por ai. - como um bom amigo a preocupação dele sempre foi exagerada.
- Esculta cara, eu não seria tão babaca de deixar isso tudo sair fora do controle!.
- É melhor mesmo. - deu um leve tapa em meu ombro. - Se eu perder meu emprego por sua causa eu corto sua cabeça fora e ainda embalo seu saco de presente pra sua mãe. - ri. - Já pensou se eles descobrirem que...
- Que eu era um moleque vagabundo?. - minha vez de o interronper. - É, com certeza você e eu seríamos demitidos do nossos cargos no estalar de dedos.
- Eu por ter dado cobertura a você durante um bom tempo, ter inventado ótimas mentiras para o senhor Otto e ele pensar que você sempre foi um homem sério, e te ajudar na faculdade. - ele poderia se embebedar com o tanto de goles que eu já contei.
Dominic surgiu como uma luz no tunio, e como um bom policial, escultou minha versão, mesmo quando todos estavam contra mim, desde então tenho seu apoio, se não fosse por ele eu estaria morto ou quem sabe ainda preso por um crime que foi feito por pura babaquice minha por ter dado ouvidos aos que diziam que eram meus "amigos". O senhor Otto fez grande parte também, hoje insisto em me perguntar como consegui enganar um oficial de tantos anos de experiência.
- Você pode não acreditar mas eu nunca irei me perdoar por isso.
- Por ter mentido?. - tossiu em seguida.
- Sim.
- Ele não precisa saber.
- Dominic ele é o delegado geral da policia, se essa verdade vinher atona, eu serei algemado pelo cara que me recebeu de braços abertos quando eu resolvir deixar de ser um maldito filho da puta!. - meu tom alterou-se sem nem mesmo me avisar.
- Opa. - arregalou os olhos. - Mantenha- se no sinal vermelho e não o ultrapasse!. - ergueu a mão a minha frente. - Calma ok.
- Ah eu preciso de um banho. - soltei o ar preso e massagiei meu rosto.
- Boa ideia, você está bem estrassadinho!. - riu. - Tão jovem e com uma impaciência de alguém com quarenta.- Imagina quando essa idade chegar. - soltei um riso soprado.
- Nem me fale. - automaticamente ficou sério. - Mas se você bancar o nervisinho perto de mim pode contar de um a três que...
- Mato você. - completei a frase e sai rindo.
(....)
É impossível esquecer o que aconteceu ontem dentro dessa casa, não da para fingir que está tudo normal desde ontem, porque não está, mau dormir direito, aquele maluco do vizinho invadiu meu quarto e me viu de tolha, nossa, ótimo jeito de me pegar desprevinida, meu Deus que vergonha, como evitar alguém que mora logo ao lado?Inferno!
Busquei pela manteiga na mesa, porém o peso dos olhares dos três a minha volta pesou-se, Não demorando para dar inicio a uma seção de perguntas.
- Tá tudo bem filha?. - mamãe foi a primeira e fez o favor de me entregar o que tanto queria.
- Humrum. - engoli seco.
- Parece tão preocupada não sei... - seu olhar passou a desconfiar. - Não quer falar nada?.
- Ta tudo bem mãe. - morde a torrada.
- Mentirosa. - Lisa não se conteve.
- Se eu estiver é problema seu ou meu?.
- Tanto faz!
- Cala a boca Lisa!. - disse e ela apenas ignorou.
- Sério que vocês duas vão começar a brigar?. - Dean revirou os olhos levantando-se com seu copo de suco e subiu as escadas.
- Por favor parem com isso agora!. - mamãe nos repreendeu. - Café da manhã é a refeição mais sagrada que tem então fiquem caladas as duas!.
Encarei Lisa com vontade de continuar falando que ela é uma enchirida mas ela rebateu com outro bem medonho.
- Ah quem era aquele que tava no nosso quarto ontem a noite Lavina?. - não acredito que ela disse isso.
Mas ela estava dormindo!
- Como?. - mamãe franziu o senho despertando um fio de confusão numa mistura de dulvida.
- É... - a campainha tocou quebrando o clima tenso que havia se hospedado. - Eu...eu atendo. - levantei quase correndo até a porta tentando não tropeçar em nada e assim que abri;
- Bom dia. - a pele alva e fios loiros chamativos de Yoongi me fizeram querer recuar imediatamente.
- O que faz aqui?!. - um tanto nervosa mas consegui falar.
- Nossa. - fingiu surpresa.
- Olha depois de ontem...
- Exatamente isso que vim falar com você. - pôs as mãos nos bolsos.
- Que seja rápido!.
- Porque a pressa?. - sua seriedade mantinha-se firme.
- Porque... - olhei as duas que estavam comendo sai para fora fechando a porta. - Se minha mãe descobrir que você entrou no meu quarto eu vou morrer. - coloquei uma mecha minha atrás da orelha e mantive meus olhos presos ao chão.
- Olha pra mim Lavína. - ele agachou a cabeça e sua visão deparou-se com a minha mas eu o evitei - Não precisa ficar com vergonha. - riu. - Não vai olhar pra mim?. - repetiu. - Ok. - pausou.
- Você mau me conhece e já me viu de toalha. - levantei o rosto e dei a ele uma resposta.
- Que bom, sinal de que demos um passo a mais não? - sua expressão mudou. - E se quer saber... - chegou bem perto ao lado e pude sentir sua respiração bater contra meu ouvido. - Seus ombros são maravilhosos. - sussurrou.
Não acredito que me arrepiei.
Rapidamente me esquivei, mas ele num ato só foi ao encontro do meu cabelo e seus dedos adentraram sem pedir licença.
- Seu cabelo também. - ele deu seu melhor sorriso e seus olhos não saiam dos meus.
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O garoto da Casa ao Lado - [Min Yoongi]
Teen FictionPodemos nos esconder do passado por dez ou até mesmo milhares de anos, mas uma coisa é certa, se a raiz maligna que ainda permanece nele não foi arrancada e destruída de vez, o mais óbvio é que ela esteja crescendo, e os galhos desta árvore irão lhe...