Capítulo 5

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[Lucca Zarmora]

—... jogar fora toda a sua coleção de camisas antigas do Real Madrid.

—Opa. – Abri os olhos, imediatamente ficando em alerta, quando a voz do Murilo chegou até a parte do meu cérebro sonolento que compreendeu o que ele estava falando. – Minhas camisas não.

—Acordou, né? Levanta, tô te chamando faz tempo.

Fechei os olhos novamente ao ver o mínimo sinal de perigo, ele não faria isso, faria?

—Mghpt.

—Lucca.
Sua voz era doce e macia, nem parecia que ele queria fazer algo monstruoso comigo, tipo me tirar da cama antes do meio dia no meu dia de folga.

—Você chegou só agora? – Ganhei tempo puxando um assunto aleatório, porque sim, eu conseguiria continuar a conversa enquanto dormia.

—Sim, a coletiva terminou tarde.

—Hum, e..

—Levanta!

Cortou, me conhecendo bem o suficiente pra saber das minhas táticas, e interceptando elas quando necessário. Um belíssimo jogador. Mas eu também era:

—Não consigo levantar sem uns beijinhos.

—E o que você faz quando tá na concentração?

—O Isaac me beija. – Bocejei e ouvi ele deixar escapar um sorriso. – Vem deitar comigo... um pouquinho só?

Eu sabia muito bem ser um cachorrinho dengoso pra arrancar dele o que eu queria, e ele sabia que não conseguiria resistir quando eu ficava muito disposto a insistir, por isso nem tentou. Se deitou no seu lado da cama e se arrastou até a mim, envolvendo meu corpo nos braços.

—Hum... Bom dia.

—Você tá sem roupa?

Uh. Tinha me esquecido que ontem a noite eu havia tirado elas pra surpreendê-lo. Aposto que se eu tivesse mostrado a bunda antes talvez ele tivesse me deixado dormir mais um pouco.

—O que você acha?

Perguntei chegando cada vez mais para trás e me esfregando nele sem nenhuma vergonha. Fechei os olhos quando ele sorriu, enfiou o nariz no meu pescoço, cheirando e chupando a pele, provavelmente deixando uma marca também.

—Falei muito de você na coletiva. – Falou descendo a mão pelo meu peitoral, passando pela minha barriga e chegando finalmente no meu membro. Levou um tempo para que eu entendesse sua fala, já que ele começou a massagear minhas bolas e eu perdi totalmente o resto de decência que tinha, me agarrando a ele e gemendo baixinho.

—Falou que me faz ficar louco na cama?

—Nosso segredo.

Ainda de costas para ele, roçando meu corpo no seu ainda com roupa, eu levei a mão até a sua nuca e o puxei para que continuasse no meu pescoço, já que o beijo era praticamente impossível pelo bafo matinal.

Puxei sua camisa pela nunca de forma desesperada e ele me ajudou no processo, rapidamente a retirando e deixando seu cheiro tomar conta do meu olfato.

—Você tá cheiroso demais para uma simples entrevista.

—Passei perfume depois.

Confessou encostando o peitoral nas minhas costas e subiu suas mãos agora para o meu pau, o massageando.

—Muri... – Gemi arrastado, deixando para trás qualquer resquício de sono e acompanhando o movimento da sua mão com o quadril. Sua boca ainda trabalhava no meu pescoço e eu senti ele abrir um sorriso sob a minha pele ao me sentir entregue, completamente arrepiado. Meus dedos agarraram seus cabelos novamente e eu não consegui mais manter meus olhos abertos, apoiando minha cabeça contra seu ombro e me rendendo completamente. – Porra.

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