「II」

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Chanyeol sentia seu estômago se embrulhar cada vez que respirava, não pela cinetose, mas como se tivesse comido algo que o deu indigestão. Foi forçado a engolir aquela história toda, e não estava o fazendo bem de jeito nenhum. Tinham saído da Delight às 15h30, e agora, se dirigiam até a residência dos Park, para um almoço ou algo assim; Chanyeol não estava prestando muita atenção. Seus pais e ele estavam em um carro, viajando mais na frente, enquanto os Seo seguiam atrás deles, e por algum motivo, Chanyeol sentia como se estivesse em uma perseguição de carros. Não queria ir àquele almoço. Joohyun era intimidadora.

Virou o rosto e encarou o lado de fora do veículo de maneira exausta, observando as pessoas em suas vidas normais. Imaginava como seria poder andar por aquelas ruas sem ter que arcar com responsabilidades que nunca quis, podendo ter um emprego normal e que não exigisse ser perseguido pela mídia; ter um relacionamento com alguém que amasse, e que, principalmente, conseguisse o amar de volta. Ficou distraído o suficiente para só notar que estava em uma rua familiar quando se viu em frente ao prédio que tanto conhecia. Uma ideia desesperada se passou em seu cérebro. Sim, precisava de ajuda, e esperava que o amigo ali tivesse tempo ou estivesse em casa, pelo menos.

— Pode parar aqui? — disse para o motorista, apontando para o prédio antes que perdesse a coragem, e seu pai, no banco da frente, não pareceu satisfeito.

— Onde você pensa que vai?

— Visitar um amigo. — simplesmente cuspiu as palavras de maneira irritada e abriu a porta assim que o carro parou, começando a sair, sem querer ouvir mais das suas obrigações.

— Nem pense nisso. Temos-

— Tá, tá. Te vejo lá.

Fechou a porta do carro com força e caminhou com pressa para o interior do prédio. Jungsoo o seguiu com o olhar, somente observando as costas do filho se afastarem, fazendo seu coração pesar. Porque aquele garoto não entendia? Qual dos dois realmente estava errando?

— Esperamos por ele? — ouviu sua esposa perguntar e cerrou os lábios, frustrado.

O garoto já tinha sumido na construção, e, querendo ou não, Jungsoo sabia que era impossível fazer com que o filho mudasse de ideia; se tinha uma coisa que Chanyeol havia o puxado, era a teimosia.

— Não. Nós conversaremos em casa. Continue o caminho. — virou-se para frente, sério.

O motorista assentiu, mesmo que receoso, e logo já estavam continuando o caminho para a casa dos Park.

Chanyeol, entretanto, já estava familiarizado com aquele local. Tinha ido várias vezes ali quando não sabia mais a quem recorrer, mesmo que o amigo não fosse lá de grande ajuda na maioria das vezes, ainda assim, ele era o único que entendia, ou pelo menos o único que tentava. Só era complicado já que ele nunca tinha muito tempo, e quando tinha, dormia.

O elevador se abriu, dando a visão do corredor que se estendia com quatro portas de apartamentos ao longo de sua extensão. Foi diretamente para o apartamento de número 88 e bateu na porta com força. Estava irritado. Estava frustrado. Só queria alguém que compreendesse o quanto aquela situação era injusta e... ditatorial!

Ninguém atendeu. Grunhiu com raiva e bateu na porta com mais força. Iria derrubá-la se necessário.

Bom, infelizmente não foi daquela vez, pois logo ouviu um resmungo do outro lado e se afastou para que a porta abrisse livremente. Com certeza tinha acabado de acordar o amigo, pela cara de sono que ele tinha quando o atendeu. Forçou um sorriso envergonhado, e entrou no apartamento com a permissão do anfitrião.

— Desculpa chegar assim. — seu corpo automaticamente foi em direção ao sofá, finalmente podendo suspirar aliviado. — Te acordei, né? — o cachorro subiu no acolchoado bem ao seu lado e o maior o fez carinho

Sonder『chanbaek』Onde histórias criam vida. Descubra agora