「XVII」

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Não tinha vida fácil, então lá estava Baekhyun, dia 26, no trabalho. Tinha sido, como sempre, um dos primeiros a chegar, e sentia seu corpo pesado em todos os sentidos. Seulgi sorriu, a noite de Natal dela claramente menos exaustiva que a dele.

— Bom dia, Boss.

— Bom dia, srta. Kang. Jongin já chegou?

Ela deu um sorriso fraco.

— Esse devia ser seu lema de começo de dia, sabia? Toda vez... — ela negou, ainda sorrindo — Sim, e não está nada satisfeito.

— Normal. Diga a ele que estou entrando. — cantarolou indo até a porta enquanto Seulgi tentava interfonar antes que ele a alcançasse.

Deu um sorriso de lado e, o mais vagarosamente possível, abriu a porta de Jongin. Ele tinha acabando de desligar o telefone, o que significava que Seulgi tinha obtido sucesso na rapidez. Deu um sorriso brincalhão e, somente pelo olhar, sabia que ele estava profundamente irritado.

— Do Kyungsoo, Baekhyun? Sério? — bateu na mesa, inconformado, e o Byun fechou a porta atrás de si.

— Não quer verdadeiramente agradecer o dono dessa espelunca por perder uma certa porcentagem do funcionamento de seu pulmão em troca de um contrato milionário com a BeautyU? — abriu os braços, e Jongin parece parar para raciocinar

— Como é? — levantou-se da cadeira devagar, e Baekhyun assentiu com um sorriso — Como é? — perguntou um pouco mais empolgado, e Baekhyun repetiu o gesto. Jongin riu, incrédulo e deu alguns passos até o CEO — Como?

— Tô dizendo! — pôs as mãos no peito, exibido — Meus pulmões não são mais os mesmos.

— Verdade então que o CEO original da empresa é fumante? E você fumou?

— Sim e... sim! — cutucou o peito do outro — E odiei. Ainda bem que eu estava bêbado demais pra pensar no gosto amargo que minha boca ficou. O dia seguinte não foi tão bom, infelizmente.

— É, eu lembro que você me falou que odiava... — deu um sorriso orgulhoso — Mas você fez isso pela Delight. Fez algo que odiava pela Delight. Só dá pra ver sua completa dedicação pela sua empresa.

— Essa empresa é meu bebê... — deu de ombros, com um leve sorriso, observando Jongin voltar à sua cadeira. — E olha, eu realmente não quero lidar com Do Kyungsoo depois de anteontem. Acredita em mim, eu tenho coisa melhor pra fazer.

— Tô ligado... Aí você joga a cruz pra mim... — aplaudiu ironicamente, e Baekhyun o deu um sorriso, desapoiando-se da mesa do vice-presidente.

— Exatamente. — começou a caminhar até a saída, acenando ainda de costas. — Boa sorte.

A última coisa que ouviu antes de fechar a porta foi um resmungo mal humorado, e não conseguiu segurar a risada. Antes de ir para sua própria sala, entretanto, voltou-se para Seulgi:

— Se Do Kyungsoo disser que quer falar comigo, diga a ele que não quero ver a cara dele até próximo ano.

— Não falta muito, mas... ok. Vou dizer. E ah- Seu pai ligou.

Baekhyun parou onde estava, seu olhar fixado no chão alvo e seu coração pesando uma tonelada. Era como se as palavras não quisessem sair de sua boca, e, percebendo a gravidade da situação, Seulgi engoliu em seco, continuando o recado.

— Ele... Ele disse que vem o visitar.

Não, não! Cerrou os dentes e fechou o punho com força, as unhas perfurando levemente sua palma. Seulgi o olhou com receio e um pouco de medo pela sanidade do chefe. Estava quase se levantando da cadeira e correndo até ele quando Baekhyun virou-se para encarar a moça com um sorriso calmo, embora nada natural.

Sonder『chanbaek』Onde histórias criam vida. Descubra agora