Cinco dias para dia 25 e Jongdae já tinha que arrumar suas coisas para ir para sua cidade-natal. Estava no sofá, já que dia de sábado o expediente acabava mais cedo, e pensou que talvez fosse o último dia em que poderia ver Sunyoung, já que passaria até dia 28 com sua família.
Abriu e fechou a caixa do cordão várias vezes, cogitando não fazer aquilo. Menos de um mês e um colar de 5 mil?
— Presente de Natal e falta de educação uma ova...
Levantou-se, colocando o casaco de frio e a caixa no bolso, mesmo que receasse no começo. Checou o celular mais uma vez para ver se Sunyoung tinha respondido, e sua resposta foi "à caminho". Deus do céu, o que estava prestes a fazer?
Minseok pareceu escutá-lo saindo, e apoiou-se na porta do corredor do apartamento, o encarando com desconfiança. Jongdae, ouvindo uma movimentação atrás de si, olhou sobre o ombro, sorrindo em seguida.
— Tá indo onde? — o mais velho foi o primeiro a falar, com um tom bem-humorado.
— Ah, vou só sair rapidinho. Ainda tenho que terminar as coisas pra viagem...
— No caso, você vai sair com a Sunyoung, né?
Não pôde deixar de notar o tom preocupado do amigo, então logo após calçar os sapatos na entrada, virou-se para ele.
— É rápido, eu juro. Só pra dizer "tchau e feliz natal" antes de viajar, essas coisas...
— Hm. Sei... — ainda sim ele não parecia satisfeito
— O que foi? — cruzou os braços, dando um sorriso confuso. Minseok parecia inquieto, mas apesar de tudo, só negou.
— Só... cuidado, tá?
— Não é como se eu já não tivesse morado aqui há anos... Eu conheço a vizinhança. — revirou os olhos, rindo, porém Minseok continuou sério à caminho da cozinha
— Não. De verdade. Cuidado. Eu me preocupo mesmo com você, ok?
Jongdae franziu o cenho, porém assentiu. Havia algo no tom do amigo que ele não conseguia decifrar.
— Tá bom, então... Já vou indo.
—Qualquer coisa me liga.
— Tá, tá, tá... Te amo!
A porta foi fechada e o mais velho permaneceu sozinho no apartamento. Esperou um tempo na cozinha antes de retornar à sala, mesmo que não houvesse mais ninguém ali para o julgar. Como todas as vezes, aquele buraco em seu peito só aumentava. Aquilo tudo que Jongdae nunca foi capaz de ler...
Bufou, pegando a garrafa de água e caminhando lentamente até o sofá. Jogou-se exausto no estofado, colocando os pés sobre a mesa de centro e jogando a cabeça para trás, no encosto. O teto parecia interessante.
Desde que conheceu Jongdae, tinha sido sua prioridade a felicidade dele, aquilo incluía juntar-se ao amigo de infância dele e dar uma lição em algum ex-namorado, algumas vezes, ou apoiá-lo sempre que estava para baixo. Não podia resistir, Jongdae era um raio-de-sol que tinha surgido em sua vida, e nunca tinha encontrado um amigo como ele; tinha que retribui-lo sempre.
Amigo. Minseok forçou uma risada, sentindo sua boca amargar. Sabia que tinha perdido aquela. Não só aquela, na verdade; tinha perdido todas. Toda vez que Jongdae achava alguém que o amava, Minseok perdia, porque bem no fundo, ele sabia que era melhor permanecer calado. Tinha sido um tolo desde o início, mas ver que o melhor amigo estava feliz com outra pessoa o fazia feliz, mesmo que fosse Park Sunyoung.
Ciúmes: Jongdae nunca seria capaz de ler aquilo.
— Feliz Natal, Kim Minseok...
Forçou uma risada e disse para si mesmo, sozinho naquele apartamento.
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Sonder『chanbaek』
أدب الهواةByun Baekhyun é o maior organizador de casamentos de toda Seul. Luxo e sofisticação, combinados com a simplicidade e autenticidade do amor que ele ajudava a eternizar, fazia com que sua empresa tivesse uma reputação deveras respeitável, senão aclama...