「XXVIII」

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Tinha certeza que tinha fechado a porta da frente com mais força do que devia. Mas o que Baekhyun podia fazer? Sentia-se um louco! Um adolescente sem noção alguma de perigo.

Estava ofegando com as costas contra a porta, rezando pra Deus que não recebesse nenhuma multa mais tarde por conta do processo apressado de voltar para casa. Ainda passava os dedos pelos próprios lábios, ansioso demais para fazer qualquer outra coisa. Ele só podia ter ficado louco...

Era estranho que queria ter continuado a beijar Chanyeol. Que tivesse sentindo-se mal quando foi ele quem pareceu cair na real, com arrependimento e dor nos olhos. Sentia-se pesado, tanto que escorregou com as costas na porta até sentar-se no chão, notando Mongryong ir até ele animado, finalmente notando o dono.

— E agora, Mong?

Estava chocado demais para chorar, mas sabia que queria. Começou a fazer carinho no cachorro, soltando um suspiro atrás do outro. Sentia que precisava pensar por um ano inteiro para entender a situação por completo.

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Afastando-se devagar do beijo, Baekhyun abriu os olhos lentamente, mesmo que seus narizes ainda se tocassem por conta da proximidade. Chanyeol, além dos olhos fechados, tinha o cenho franzido como se estivesse em um profundo estado de confusão. As mãos dele se apertaram ao redor dos ombros de Baekhyun, se afastando aos poucos e finalmente abrindo os olhos para encarar o Byun, cheios de lágrimas por algum motivo. As mãos do mais velho continuavam em sua cintura, como se não soubesse bem o que fazer a não ser agarrar a blusa do outro com força.

Os dois continuaram se encarando por um tempo até Baekhyun abaixar a cabeça com rapidez. Notando aquilo, Chanyeol começou a falar:

— Eu não estou te usando pra fugir da Seohyun. Das minhas "responsabilidades". Eu... Eu até me sinto culpado em dizer que eu... que eu realmente gosto de você, por algum motivo. — a declaração fez com que Baekhyun o olhasse receoso, ainda cabisbaixo. — Estava... Está me matando por dentro manter tudo, mas agora... — foi Chanyeol quem se afastou, fazendo com que as mãos de Baekhyun pendessem no ar com a ausência de seu corpo — Agora pelo menos é um peso à menos.

— Chanyeol-

— Me poupa do seu discurso. — forçou um sorriso, encarando o chão — Eu já sei ele de cór. — adicionou delicadamente — E se eu estava errado e li tudo... de maneira equivocada, só ignora tudo isso. — começou a dar alguns passos para trás.

— Chanyeol! — nunca pensou que seria ele a insistir, mas lá estava ele, o chamando enquanto o magoado Park negava para si mesmo.

— Me desculpa. De verdade. — fungou, esfregando o rosto e virando, apressando o passo para a saída

Baekhyun só pôde encarar, pendendo seu peso de um pé para o outro enquanto Chanyeol ia embora. Sentia seu coração doer um pouco, porque sentia-se tentado a... estar com ele, contrariando tudo o que tinha dito para si mesmo, todos os três meses atrás.

Deus, só três meses tinham se passado? Por que parecia uma eternidade, então?

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Deveriam ser umas três da manhã; talvez mais cedo, nenhum dos dois sabia com certeza, e deus, fazia tanto tempo que eles não se encontravam. Todo o corpo de Junmyeon fervia por dentro, ansiando por mais e mais enquanto Sehun o pressionava contra o colchão.

— Se você-

Não teve tempo de continuar o aviso, não quando o mais novo ajeitou-se, sentando em sua coxa e abrindo a blusa social com as mãos, arrebentando quase todos os botões, fazendo Junmyeon dar uma risada aerada. Era exatamente o que queria evitar.

Sonder『chanbaek』Onde histórias criam vida. Descubra agora