CAP 1-Carolina

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-Toca a acordar minha menina-abri os meus olhos preguiçosamente assim que ouvi a voz da minha mãe.

-Hummm-choraminguei-só mais um bocadinho por favor.

-Vais ficar atrasada sua preguiçosa-senti os meus cobertores fugirem do meu corpo e levantei-me bufando.

-Já estou a ir-corri para o banheiro onde fiz a minha higiene matinal e me vesti.

Quando entrei no meu quarto reparei que a minha mãe tinha feito a minha cama e eu sorri enquanto pegava na minha mochila e desci as escadas para tomar o pequeno almoço com os meus pais que já me esperavam.

-Bom dia princesa-o meu pai falou sorrindo.

-Bom dia-respondi já me servindo.

-Vejo que acordaste com fome-a minha mãe riu.

-Verdade-falei entretida a comer.

Ouvi os meus pais rirem de mim e eu corei envergonhada.

-Querida sempre vais estar com a Sofia hoje?-o meu pai perguntou à minha mãe.

-Sim-ela assentiu-ela convidou-me para ir lanchar com ela a sua casa e eu aceitei.

-A mãe da Lara?-perguntei olhando para a minha mãe-a tua melhor amiga?

-Sim-ela sorriu.

-Posso ir contigo?-pedi.

-Eu penso que sim, mas só depois das aulas acabarem Carol-ela olhou para mim.

-Está bem-fiz biquinho e notei que os meus pais seguraram o riso.

-Bem, está na hora de irmos para a escola-a minha mãe falou olhando para o relógio de pulso.

-Tem mesmo de ser?-fiz cara feia.

-Sim, tem mesmo de ser-a minha mãe assentiu.

Peguei na minha mochila, despedi-me do meu pai e entrei no carro com a minha mãe e seguimos até à escola.

A minha mãe é vice-diretora e professora de história na escola que frequento e minha professora também. Há 16 anos a minha mãe, assim como o meu pai, adotaram-me para que eu fizesse parte da sua família, visto que a minha mãe não pode ter filhos.

Eu, como já devem ter reparado, chamo-me Carolina, mas normalmente as pessoas tratam-me por Carol, tenho 16 anos e sou sortuda por ter os melhores pais que me poderiam dar e, além do mais, temos um segredo de família. Eles são lobos e eu, eu sou apenas eu, uma simples humana.

Sim, os meus pais adotivos são lobos e eu sou uma simples humana e isso não me incomoda nada. Eles sempre me contaram a verdade desde pequenina e nunca me esconderam nada e é por isso que eu confio neles a cem por cento.

-Em quê que tanto pensas?-a minha mãe perguntou assim que parou o carro no estacionamento dedicado só para os professores.

-Em como não poderia ter os melhores pais como tu e o papá-sorri com as minhas palavras.

-Amo-te muito filha-a minha mãe abraçou-me com os seus olhos um pouco marejados.

-Amo-te muito mãe-sorri limpando uma lágrima silenciosa que a minha mãe deixara cair pelo seu rosto.

-É melhor irmos agora antes que nos atrasemos para as aulas-a minha mãe falou e ambas saímos do carro e despedimo-nos uma da outra e fomos uma para cada lado em direção à nossa respetiva sala de aula.

-Bom dia amiga-olhei para trás assim que ouvi a voz da minha melhor amiga, Lara.

-Bom dia chata-abracei-a rindo-pronta para mais um ano de aulas?

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