CAP 2-Guilherme

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Mais um ano escolar se iniciou e mais uma vez aqui estou eu a cinco minutos de começar a minha próxima aula.
Eu sou professor de desporto na escola da minha mãe, que um dia mais tarde passará a ser minha por ser o Alpha primogénito da família.

Ía agora mesmo dar a minha última aula do dia e adivinhem só, vou dar aula à turma da peste da minha irmã.

Sorri só de pensar naquela miúda. Os meus pais são muito protetores em relação à Lara, quase que a sufocam com tamanha proteção. Às vezes até me dá pena ahahaha.
Os nossos pais sempre foram muito protetores, não só da minha irmã Lara, mas também de mim.
Tenho a certeza que eles também são assim devido aos ataques que há à nossa alcateia. Há sempre muitos confrontos entre alcateias, guerras por poder, o que para mim muitas delas não têm o menor sentido.

Saí dos meus pensamentos quando notei que os alunos já estavam a entrar no pavilhão e os meus olhos direcionaram-se para aqueles seus olhos azuis como o mar.
Lembro-me daquela menina ser a melhor amiga da minha irmã e quando era pequena ir lá a casa com os seus pais. Como é mesmo o seu nome? Humm...Carolina, isso.
Tenho de admitir que para a idade dela, ela é uma menina muito linda, mas não passa disso. Onde já se viu eu, o Alpha da alcateia, com 24 anos gostar de uma miúda de apenas 16 anos? Nunca.

Assim que os alunos chegaram, fizeram uma roda à minha volta, deixando-me no meio deles para poder explicar o procedimento da aula de hoje.

Assim que os alunos começaram o aquecimento, os meus olhos direcionaram-se até uma miúda de calções e t-shirt a correr à volta do pavilhão ao lado da minha irmã, Lara.
Segui todo o seu aquecimento sem que ela notasse.

-Bom alunos, aproximem-se por favor...-comecei por falar e todos pararam os seus aquecimentos-esta aula vamos começar por fazer jogos coletivos e o escolhido para este primeiro semestre foi o voleibol, sendo que os outros dois jogos coletivos escolhidos pela direção de turma foram o basketball e o handball.

Após as minhas palavras ouviram-se gritos de felicidade e outros resmungou por todo o pavilhão, mas eu mesmo assim sorri quando percebi a felicidade da minha irmã e da sua melhor amiga ao saberem quais os jogos coletivos que irão ser leccionados este ano.

-Bem, vamos começar por fazer quatro equipas de seis elementos cada, somos uma turma grande, de 24 pessoas por isso esforcem-se pessoal-olhei para todos presentes-como esta é a primeira aula do ano vou deixar ao vosso critério as equipas, mas a partir da próxima aula as equipas e os grupos serão feitos a partir das minhas escolhas...-olhei para a minha irmã e a sua melhor amiga outra vez que ainda não pararam de conversar fazendo-me revirar os olhos-têm dez minutos para fazerem as equipas, vestirem os coletes e posicionarem-se nos vossos campos de jogos pessoal. Ao som do meu apito darão inicio aos jogos, boa sorte a todos.

-Professor?-levantei a cabeça assim que ouvi um aluno me chamar.

-Sim?

-Não vamos fazer as apresentações antes da aula começar?

-Não-neguei com a cabeça-a primeira aula quero ver como se saem sem saber quem são, na segunda aula podemos passar para as apresentações-assenti olhando para o aluno-vamos fazer ao contrário, ok pessoal?

Todos assentiram, alguns com palavras e outros com apenas um abano de cabeça.

Depois de todos os alunos estarem prontos eu dei o sinal para que estes se preparassem e, assim, os jogos começassem.

-Todos prontos-olhei para todos-e que os jogos comecem-soei com o meu apito e, então, as equipas começaram a disputar entre si qual a melhor.

À medida que ía observando a técnica de jogo de cada um dos alunos, aqueles calções azuis turquesa chamaram a minha atenção e eu não pude como não olhar. As suas pernas altas e morenas, o seu rabo de uma verdadeira Deusa, a sua barriga lisa como uma tábua, as suas mamas consideravelmente grandes e perfeitas para a sua idade e, por fim, o seu rosto, maravilhosa. Ela era de facto uma verdadeira rainha.

Era impossível ela ter somente 16 anos, impossível. Já me senti atraído por muitas mulheres, mas por ela era diferente e ela era somente uma criança.

-Merda-praguejei comigo mesmo.

(...)

-Boa tarde família-falei assim que cheguei a casa depois de um dia intenso de aulas.

-Boa tarde meu rapaz-o meu pai falou assim que me viu a entrar em casa.

-Onde está a mãe?-perguntei.

-A mãe está na sala de jantar com a Bea e as miúdas-ele sorriu-podes ir lá se quiseres, ela vai ficar muito contente em te ver.

-Eu vou lá sim-assenti sorrindo.

Fui ao encontro da minha mãe e reparei que ela estava a conversar com a sua melhor amiga Beatriz, elas são melhores amigas desde o liceu e desde aí nunca mais se separaram e bem, a minha irmã Lara desde que conheceu Beatriz que gostou logo dela e a minha mãe logo pediu a Bea que fosse madrinha da minha irmã, onde ela aceitou logo e por consequência, Beatriz pediu à minha mãe, Sofia, que ela fosse a madrinha da filha dela que descobri hoje que era a mesma pessoa que se tornara a melhor amiga da minha irmã.

-Posso interromper?-entrei na sala de jantar e sorri assim que a minha mãe veio na minha direção de braços abertos para me receber.

-Olá meu querido-ela sorriu cumprimentando-me.

-Olá mãe-beijei a sua testa.

-Olha só como ele cresceu-Beatriz sorriu para mim enquanto me abraçava toda sorridente-estás cada vez mais bonito Guilherme-ela pensou-e as namoradas como estão?!-ela levantou uma sobrancelha divertida.

Eu abri a boca para responder, mas uns olhos bem azuis me tiraram toda atenção daquela conversa e eu logo dirigi o olhar para ela. Ela estava ali. Na minha casa.
Perdi-me durante uns segundos naquele mar azul até que a minha irmã me tirou dos meus próprios devaneios.

-Manooooo-ela atirou-se para o meu colo e eu logo a agarrei.

-Olá para ti também sua peste-baguncei os seus cabelos pousando-a no chão.

-Anda cumprimentar a minha melhor amiga-ela puxou-me até à beira daquela menina-Carol este é o meu irmão Guilherme e mano esta é a Carolina, a minha melhor amiga-ela sorriu toda animada.

-Olá Carolina-falei firme dando um passo na sua direção.

-O...olá-ela falou tímida e cumprimentou-me com dois beijos, um em cada bochecha.

Sorri ao sentir os seus lábios macios contra minha pele e por momentos fechei os meus olhos enquanto inspirava o seu doce perfume de maçã e canela.

Assim que nos afastamos reparei nas suas bochechas coradas e sorri com aquele seu detalhe mínimo, mas que a tornava ainda mais bonita.

-Queres juntar-te a nós no lanche?-a minha mãe perguntou.

-Se as madames me permitirem, assim o farei-beijei as costas das mãos das duas mulheres mais velhas que gargalharam com o meu gesto.

-Fazemos questão de se juntar a nós caro cavalheiro-Bea falou ainda rindo.

Juntei-me aquelas quatro mulheres e passamos uma bela tarde os cinco a conversar sobre coisas aleatórias,mas o mais interessante estava bem na minha frente e eu ainda não tinha decifrado o porquê daquela menina tirar toda a atenção para ela.

Ela é misteriosa e fascinante e eu sinto que quero descobrir mais sobre ela.

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