CAP 12-Guilherme

1K 67 11
                                        

-Eu estou louco, eu estou louco-passei as mãos pelos meus cabelos.

Acordei mais um dia a pensar naquela maravilhosa tarde com a Carolina no jardim de sua casa. Desde esse dia que tenho sonhado com os seus lindos olhos azuis direcionados nos meus, os seus cabelos castanhos espalhados pela minha almofada e o seu maravilhoso corpo por baixo do meu enquanto nos perdemos no corpo e luxúria um do outro.

Já descobri o que realmente a Carolina é. Ela só pode ser bruxa, porque eu sinto que ela me enfeiticou em todos os aspetos. Eu estou completamente rendido a ela, ao seu corpo e aos seus maravilhosos gemidos.

-Ahhh-eu estava a sonhar acordado só pode.

Desde quando me apoixonei pelos gemidos de uma mulher? Mas será que são só pelos gemidos que eu me apaixonei?

-Merda-bati na minha própria cabeça.

Eu não posso estar apaixonado pela Carolina, não posso. Ela é só uma miúda ainda e... Merda, eu estou realmente apoixanado por ela.
Como isto foi acontecer? O que aquela pequena humana fez comigo, com a minha cabeça e, sobretudo, com o meu coração?

Eu de facto, quando disse que tinha encontrado a minha companheira na outra noite, eu estava a falar a sério. Eu encontrei-a. E adivinhem só, é a Carolina. O que é uma coisa completamente rara e nova para mim, eu nem sequer sabia que humanos podiam ser companheiros de lobos.

O que é que eu estou a fazer à minha vida? O que é que tu estás a fazer à minha vida Carolina?

Abanei a cabeça para dispersar todos aqueles pensamentos e desci as escadas indo ao encontro dos meus pais e da minha irmã que já se encontravam a tomar o seu café da manhã.

-Bom dia família.

-Bom dia-falaram em uníssono.

-Está tudo bem filho?-a minha mãe perguntou.

-Sim-assenti confuso-porque não haveria de estar?

-Não sei, diz-me tu-ela encolheu os ombros enquanto comia.

A minha irmã olhou para mim e tive o pressentimento de que ela havia dito alguma coisa à minha mãe.

-É melhor irmos para a escola Lara, estamos a ficar atrasados-falei puxando a minha irmã para fora da mesa.

-Mas ainda temos meia hora antes de...

Não a deixei terminar de falar e peguei nas coisas de ambos que se encontravam no sofá e arrastei-a até ao meu carro.
Já dentro do carro olhei para a minha irmã e comecei a falar.

-Falaste alguma coisa à mãe?-acelerei.

-E o que eu diria à mãe?-ela olhou para mim confusa.

-Sobre mim e a Carolina e...

-Sobre ti e a Carolina?-senti os seus olhos na minha direção-e o que tens tu e a Carolina?

Olhei para ela e segundos depois voltei a olhar para a estrada e pensei: O que tenho eu e a Carolina? Nós não temos nada, certo? Afff...

-Nós não temos nada-falei ríspido.

-Mas gostavas que tivessem-ela não perguntou, mas sim afirmou.

-Claro que não-apertei o volante.

-Gui vamos ser dois adultos, sim?-ela falou assim que eu estacionei o carro na escola.

Tirei o meu cinto de segurança e olhei de frente para ela à espera do que ela me tinha para dizer.

-Vamos ser sinceros um com o outro, ok?-ela por momentos fez-me lembrar da minha mãe por parecer ser adulta e compreensiva como ela.

Ensina-meOnde histórias criam vida. Descubra agora