CAP 24-Carolina

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Quando Guilherme saiu de minha casa eu pude descansar todo o meu corpo no sofá e respirei fundo fechando os olhos e encostando a cabeça para trás.

O que está a acontecer comigo? Porque todo o meu corpo está a queimar e o meu coração parece que vai levantar voo? O que estou a fazer a mim mesma?

Abri os meus olhos quando ouvi a porta de entrada abrir e de lá entrarem os meus dois meninos. Continuei ali sentada a pensar em como seria dali para a frente? Como seria agora a minha relação com os meus filhos? Eles estão tão magoados comigo, principalmente Salvador, nem sei se ele algum dia voltará a falar comigo.

Olhei para cima quando vi que tinham parado ali mesmo à minha frente. Salvador e Lourenço olharam um para o outro e, então, eu levantei-me ficando o mais próxima deles possível.

-Com tantos homens tinha de ser justamente com o Alpha?-Salvador olhou para mim.

Funguei e limpei uma lágrima que resolveu cair e virei costas com a intenção de sair dali, mas uma mão agarrou a minha fazendo-me dar um passo atrás e virar-me para Salvador que me estava a agarrar.

-Desculpa-chorei.

Ele puxou-me para os seus braços e apertou-me num maravilhoso abraço que só ele sabe dar. Sorri entre o choro e apertei o meu filho nos meus braços também.

-Com licença-Lourenço afastou o irmão de mim e abraçou-me também-a mãe também é minha, sim?-fez cara feia para Salvador que encolheu os ombros e abraçou-nos aos dois.

-Eu amo-vos tanto-olhei para os dois acariciando os seus rostos-vocês são os homens da minha vida.

-Ah isso não é verdade, né mãe-Salvador revirou os olhos.

-Como não é verdade?-olhei chateada para ele-eu amo-vos muito seus pestes.

-Sabemos perfeitamente que não nos amas só a nós-Lourenço falou.

Eu sabia perfeitamente de quem eles estavam a falar e sorri com o atrevimento dos dois.

-Eu já não o amo-neguei abanando a cabeça.

-Claro-ambos responderam revirando os olhos.

Ri deles.

-É melhor ir preparar o nosso almoço-virei costas para ir até à cozinha, mas Lourenço parou-me.

-Ah...nós não vamos almoçar em casa mãe-ele passou as mãos pelos cabelos tal como o pai faz quando está nervoso.

Olhei para ambos à espera de uma resposta e eles entreolharam-se.

-Podem falar, eu não vos mordo-sorri.

-Vamos almoçar com o pai-foi a vez de Salvador.

-Hummm...-baixei a cabeça e, então, levantei outra vez-então do que estão à espera? Vão lá arranjar-se para irem almoçar.

Eles correram escadas acima e eu fui até à cozinha preparar algo para eu comer, já estava a ficar cheia de fome, pois não tinha tomado o café da manhã.

Quando já estava a comer ouvi aqueles dois pestes a descerem as escadas e sorri quando eles entraram na cozinha todos arranjadinhos e cheirosos para irem almoçar com o pai.

-Como estamos?-Lourenço perguntou.

-Muito lindos os meus meninos-sorri ao vê-los vestirem os seus casacos.

-Não mais do que tu-ambos piscaram o olho fazendo-me gargalhar.

-Por favor portem-se bem e não façam asneiras-abanei a cabeça já prevendo que eles iam fazer das suas.

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