Luzes de Paris | Zlatan Ibrahimovic| Concluído

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Recostada na cabeceira de sua cama em seu antigo quarto na casa dos seus pais, Graziella mantinha-se concentrada em suas pesquisas sobre política Internacional, quando seu Macbook apitou anunciando uma chamada via Skype de Zlatan. Sorri institivamente e aceita a chamada de imediato, o visualizando sem camisa e com o cabelo solto, respingando algumas gotas de água sobre sua pele nua.

—Hey, amor. — ela diz sorrindo de imediato e prende o cabelo ruivo em um rabo de cavalo no alto da cabeça.

— Hey. Como você está?

Já faz dois dias que Graziella estava no Brasil e a saudade massacrava ambos, mesmo diante do fato de que viagens a trabalho são constantes na vida dos dois.

— Bem, mas morrendo de saudades. — diz e ele assente em concordância, pois sentia o mesmo.

— Este apartamento não é o mesmo sem você — Zlatan diz e ela ri.

— Imagino que não seja mesmo. — se engrandece em tom sarcástico e pega em cima do criado-mudo ao lado da cama um prato contendo um maravilhoso quindim que sua mãe fizera mais cedo, dando uma colherada no doce em seguida.

— O que é isso que está comendo? — Zlatan demonstra curiosidade e ela lhe explica, lhe chamando a atenção — Tenho vontade de experimentar doces brasileiros, traga alguns para mim.

Ela sorri:

— Pode deixar — concorda e torna-se pensativa em seguida  — Meus pais me questionaram sobre você. Viram notícias na internet e televisão e me perguntaram à respeito.

Zlatan franze o cenho e arqueia a sobrancelha, já imaginando que os pais dela não devem ter gostado do fato de ela estar junto a um jogador de futebol exibicionista e agressivo.

— E o que você disse? — demonstra a curiosidade.

— Ora, a verdade. Que estamos juntos e nos gostamos.

— E quanto a eles? Qual foi a reação deles?

Ela suspira e sorri:

— Eles apenas disseram que o que importa é eu estar feliz e que se eu me sinto assim ao lado de um jogador de futebol exibicionista e egocêntrico então tudo bem — diz e ouve a sonora e rara gargalhada dele do outro lado.

— Menos mal. —diz e ela assente — Estou com saudades do seu corpo. Fico excitado o tempo todo pensando em você.

— Nem me fale, comigo acontece o mesmo.

— Já tem previsão de volta?

— Talvez eu embarque na sexta-feira se tudo ocorrer como estou planejando e eu terminar o meu trabalho aqui. Caso contrário não sei o que pode ocorrer.

A feição dele torna-se cabisbaixa:

— Minha estreia no Paris é no sábado à tarde. Quero muito que esteja lá torcendo por mim.

— Vou fazer todo possível para isso acontecer, prometo — diz convicta, pois sabe o quanto é importante para ele.

. . .

— Bom dia pai, bom dia mãe — Graziella saúda seus progenitores, dando um beijo na bochecha de cada um e um forte abraço, acomodando-se na mesa farta do café da manhã em seguida.

— Bom dia, querida — sua mãe Magdalena, uma historiadora da arte, diz enquanto se servia de um copo de suco — Passei à noite em frente à porta do seu quarto e a ouvi falando com alguém...

— Era uma video-chamada com Zlatan. — explica enquanto despejava café em sua xícara — Estamos com saudades um do outro e ele queria saber se eu já tinha uma previsão de volta para Paris, porque ele quer que eu o veja estreando no novo time, mas eu não sei ao certo quando retornarei.