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Ao adentrar o apartamento Graziella pôde sentir um aroma de queijo derretido no ar. Logo fechou a porta atrás de si.

ㅡ Oi, vida ㅡ Zlatan a recebe com um beijo quente cheio de intenções ㅡ Onde esteve? A babá não soube dizer e eu tentei te ligar, mandei mensagens, mas você não me retornou.

Ela sorri largamente, recordando-se de seu dia e logo se encaminha para o sofá, sentando-se no mesmo e aproveitando para retirar aqueles saltos finos que já estavam lhe castigando.

ㅡ Tive que ir ao médico fazer alguns exames ㅡ diz misteriosa, deixando Zlatan confuso.

ㅡ Exames? Como assim? Está se sentindo mal?

Ela nega com a cabeça.

ㅡ Foram apenas alguns exames de rotina, amor.

Ele demonstra alívio em sua face.

ㅡ Ainda bem, achei que havia algo errado.

ㅡ Mas…descobri uma coisa ㅡ diz séria e ele franze o cenho ㅡ Amor, eu estou grávida.

Ela diz com os olhos brilhando em alegria e um imenso sorriso nos lábios.

Zlatan a encara sem reação.

ㅡ Está falando sério mesmo? ㅡ Ele questiona sorrindo e ela assente.

Ele a puxa para seu colo e lhe dá um beijo.

ㅡ Eu vou ser pai, pai de um filho seu ㅡ diz feliz, lhe dando seguidos selinhos. ㅡ Eu te amo, meu amor, te amo muito, obrigado por essa notícia, você não sabe o quanto estou feliz.

ㅡ Eu também te amo, meu amor.

Naquela noite Zlatan não se conteve, contou logo aos pais, sogros e amigos mais próximos que ele e Graziella teriam um bebé.

Naquela noite, se amaram como nunca.

. . .

O sol aparecia tímido por detrás das nuvens. O dia estava nublado, o que era de se esperar de um típico dia na cidade luz, todavia por ser final da primavera a temperatura estava agradável e o sol resolveu "dar as caras".

Ao deixar a cela e seguir para o pátio da prisão junto a outras presidiárias, Freya se sentia aliviada, pois finalmente poderia tomar um banho de sol. Já fazia algum tempo que não sentia os raios solares em contato com sua pele e aquilo a estava deixando mal. Obviamente o dia não estava ensolarado, mas para quem estava há dias presa em uma cela escura com forte cheiro de mofo aquilo já estava de bom tamanho.

Como sempre a sueca senta-se em um lugar afastado das outras mulheres. Não queria aproximação com nenhuma pois na sua cabeça elas não estavam a altura para serem suas colegas ou qualquer outra coisa. Freya também estava com o pensamento firme de que logo sairia dali, então não queria criar laços.

Observou do outro lado do pátio a prisioneira chamada Loren, uma valentona que se achava a rainha ali. Alguns dias atrás ela criou confusão com Freya, o que lhe rendeu um dia presa na solitária. Agora esta encarava Freya com raiva no olhar enquanto conversava com suas comparsas.

Freya imaginava que tinha logo que dar um jeito de sair dali e acabar com a felicidade de Zlatan e Graziella. Não perderia a guerra sem lutar, dessa forma precisava arquitetar algum plano que lhe resultasse a liberdade que tanto almeja. Talvez seduzir o diretor do presídio, quem sabe.

Despertou de seus devaneios ao observar uma movimentação estranha no pátio.

As duas comparsas de Loren estavam brigando uma com a outra. Rolaram no chão e gritavam uma com a outra. As outras presidiárias fizeram uma roda ao redor delas incentivando a briga e logo os carcereiros que estavam vigiando as presidiarias no pátio correram para apartar a briga. No mesmo segundo Loren saiu de onde estava e foi até Freya com sangue nos olhos. A sueca levantou-se assustada e tentou sair dali, pois não sabia das intenções da francesa, todavia foi tarde demais. Antes que Freya pudesse dar um passo sequer, Loren retirou uma faca de dentro da calça e a esfaqueou duas vezes na barriga. Freya arregalou os olhos ao sentir a dor da perfuração lhe atingir.

Uma das detentas percebeu o que acontecia e logo chamou a atenção dos carcereiros.

E enquanto as outras detentas corriam se espalhando pelo pátio com medo de acontecer o mesmo com elas, enquanto a equipe de enfermagem era acionada para a resgatar a jovem moça Freya, esta, jazia no chão daquele pátio do presídio coberto por seu próprio sangue até sua morte, antes que fosse levada a julgamento.

. . .

ㅡ E então? Estão animados meninos? ㅡ Graziella questiona a Max, Vin, Iago e Isago naquela manhã de domingo, enquanto esperavam o jogo começar.

ㅡ Muito ㅡ eles dizem em uníssono.

O jogo era contra o Nice e os jogadores já haviam feito o aquecimento. Graziella, assim como Max e Vin vestiam a camisa do time, obviamente com o Ibrahimovic nas costas, já Belle, Iago e Isago vestiam a camisa de Thiago.

ㅡ Esse jogo promete… ㅡ Belle diz sugestiva, mas Graziella não entende.

ㅡ Por quê? ㅡ A ruiva questiona curiosa.

ㅡ Intuição.

Graziella apenas dá de ombros e logo percebem que o jogo iria começar.

O Nice estava mostrando muita tranquilidade desde o começo da partida, procurando valorizar a posse de bola e impedir os ataques do PSG.

Aos 24 do primeiro tempo, Cavani fez um gol, o que gerou comemoração da torcida, todavia o gol foi anulado, o que fez os torcedores vaiarem.

O time visitante não conseguia criar muitas jogadas ou chegar muito próximo do gol do Paris Saint Germain. Eles tiveram apenas uma chance até então, que foi no começo do jogo, todavia Thiago apareceu na hora certa e impediu finalização.

O placar só foi aberto na reta final do primeiro tempo. Zlatan, aproveitando um momento de falha na linha de impedimento adversária, recebeu um bom lançamento na área e, com espaço, completou o gol, fazendo a alegria da torcida. No lance, ele levou uma pancada do goleiro adversário e ficou caído no gramado.

Graziella logo se levantou de seu assento tentando ver melhor.

ㅡ Será que está tudo bem? ㅡ Ela questiona e sua resposta vem logo em seguida, quando o sueco se levantou e voltou para o jogo, fazendo a brasileira suspirar em visível alívio.

O PSG voltou para o segundo tempo com maior volume de jogo e procurando ser mais agressivo em seus ataques. Aos poucos, Zlatan foi deixando o centro do ataque para atuar mais pelo lado esquerdo. Ele passou a lançar bolas para Cavani e, em um desses lances, aos 11 do segundo tempo, o uruguaio dominou na área e passou pelo goleiro que o derrubou, resultando em um pênalti. Zlatan cobrou e fez o segundo gol daquela noite.

O Nice diminuiu bastante o ritmo na etapa final.

O brasileiro Lucas foi para o jogo na metade do segundo tempo e teve participação decisiva no último gol do duelo, aos 30. O meia recebeu na direita, foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Zlatan, que cabeceou para o fundo do gol, completando um lindo hat-trick. Todavia não foi isso que levou a torcida a loucura, mas sim a sua ação após isso.

O sueco correu até o banco e ninguém entendeu nada. Em seguida foi até onde estava Graziella e abriu uma pequena caixa de veludo com um lindo anel de diamante.

ㅡ Casa comigo? ㅡ Ele pede fazendo a mesma arregalar os olhos e abrir a boca em sinal de surpresa. A torcida ovacionou aquele ato e começou a incentivar Graziella a aceitar, todas as câmeras sobre o casal. A brasileira fez que sim com a cabeça e logo todos aplaudiram. Zlatan a beijou e voltou para o campo, onde recebeu um cartão amarelo, todavia ele não se importava. Nesse momento um sorriso imenso rasgava seus lábios, afinal a mulher da sua vida aceitou se casar com ele.

Gostaram? Obrigada por estarem acompanhando.

Luzes de Paris | Zlatan Ibrahimovic| Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora