Capítulo VI - Uma Bela Noite!

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Depois da conversa com Jimmy, Paolo e o senhor Adams voltaram para o salão de jantar, onde ficaram nos mesmos lugares. Houve muitas risadas, Palomares se divertia como nunca,com Dorothy, ambos ainda não encararam Phillip Carlysle, pois ele nem se quer se aproximou da mesa de Vera. Várias músicas entravam e saíam, Paolo então estava a ficar eufórico com as músicas sem sentido, os músicos tocavam com a maior calma, ao final de uma música, Paolo então se encorajou e foi até um piano que tinha no centro da sala de jantar, o líder dos músicos, Ernest Reynolds, chamou a atenção de todos no salão de jantar e todos olharam para o jovem Paolo Furlani, que estava sentado no banco em frente ao piano.

O rapaz soltou um leve suspiro e logo os seus dedos tocaram algumas notas musicais,era nota suaves, calmas e bem romântica, a música começava um pequeno começo e juntava quase todas as teclas do piano, a música tocava na alma, a música do jovem encantava os casais nas diversas mesas do salão, Isabeli se orgulhava ao ver o seu namorado tocando uma bela melodia. Paolo tocava suavemente nas teclas do piano, a plateia se encantava com as notas suaves e leves que Paolo tocava, eram notas suaves e místicas, logo depois para finalizar, o mesmo tocou as mesmas notas do começo da melodia e foi a diminuir o volume da canção e ele terminou com apenas três toques. O público todo se levantou e bateram palmas para Paolo, o jovem italiano e brasileiro que fez toda a plateia quase chorar com a canção.

— Bravo, Paolo! Gritou Isabeli e logo depois indo ao encontro de Paolo e dando um belo beijo no mesmo.

— Mais uma salva de palmas para o casal! Ordenou o capitão William Turner.

— Se Paolo sabe tocar piano, eu também sei cantar! Disse Dorothy se levantando da sua cadeira e se aproximando de Paolo.

— Paolo, um toque leve por favor! Ordenou Dorothy olhando para Paolo e o mesmo balançou a cabeça em forma de sim.

(Música: Never Enough - The Greatest Showman)

Dorothy esperou o toque certo de Paolo e começou a cantar, uma canção que ela mesma chama de “Never Enough”, essa canção foi criada em 1890,pela cantora de ópera “Jenny Lind”. Logo a voz de Dorothy começou a sair no mesmo formato da canção original, o público se encantou logo de início com a leve melodia da senhorita Chambers, Paolo tocava belas notas no piano e Dorothy cantava belas palavras durante aquela noite, a plateia logo se encantou com as belas melodias de Paolo e das letras de Dorothy, a canção tocava a alma e fazia qualquer ser humano pensa em sua existência. Logo Dorothy estava a finalizar sua canção e Paolo acompanhava com as notas no piano e Dorothy finalizou a canção e Paolo terminou a canção com uma bela nota final.

A noite logo se passou suavemente, Dorothy e Edward foram para o convés, eles caminhavam de mãos dadas e olhavam o céu estrelado e com a lua crescente iluminando o vasto oceano e o Lusitania seguia com toda a força para Liverpool, era quase meia-noite, o convés estava meio escuro e a lua iluminava o casal.

— E está com você! Disse Dorothy tocando no braço de Edward e logo em seguida saindo a correr pelo convés.

— De novo, Dorothy! Disse Edward correndo atrás da sua amada.

Eram risos atrás de risadas radiantes e contagiantes, Dorothy corria a segurar a borda do vestido e Edward corria atrás da garota, eles correram no máximo até 03 quilômetros de distância.

— Peguei você, de novo! Disse Edward pegando no braço de Dorothy e puxando a mesma para perto dele.

— Quando chegarmos em Liverpool e fomos para Southampton, eu prometo que irei viver até os últimos dias da minha vida ao seu lado, Dorothy! Prometeu Edward olhando junto nos olhos azuis de Dorothy.

— Você promete? Perguntou Dorothy com um sorriso bobo no rosto.

— Eu prometo! Respondeu Edward com firmeza nas palavras.

E logo depois, Dorothy deu um beijo em Edward, onde o mesmo segurava na cintura de Dorothy e a mesma posicionava a sua mão atrás da orelha do jovem. Não havia somente eles que estavam em clima romântico no navio, não se passava da meia-noite e na proa do Lusitania, o casal Isabeli Bennett e Paolo Furlani, desfrutava o amor a luz da lua cheia, o vento assobiava nos ouvidos do casal.

— Olhe, eu não tenho nenhum dinheiro no bolso! Confessou Paolo envergonhado e Isabeli logo começou um sorriso bobo no rosto.

— Esta roupa é emprestada de um amigo meu da segunda classe, o senhor McCartney! Disse Paolo e Isabeli começou a relembrar da vez em que humilhou Paolo na frente de Jimmy Adams.

— Sou apenas um homem cheio de sonhos, filho de uma família de imigrantes italianos, que abandonou a terra natal atrás de riqueza e propriedades! Disse Paolo e os olhos de Isabeli logo se encheram de lágrima e uma delas escorreram pelo delicado e frágil rosto da garota.

— Paolo, não me importa se você não tem dinheiro, da roupa emprestada, da sua família de imigrantes! Disse Isabeli colocando a mão atrás da orelha do rapaz e logo depois ajeitando o cabelo do mesmo.

— O que realmente importa é que temos um ao outro! Disse Isabeli e abrindo um belo sorriso logo depois.

E logo depois, os lábios de Paolo e de Isabeli se juntaram, o frio tornava tudo mais gelado, mas para o casal encostado na barra de proteção do navio, eles estavam calorosas praias do Rio de Janeiro, no grandioso país da América do Sul, o “Brasil”. No cesto da gávea, os vigias Alfred Rowe e George Beauchamp, observava o casal na proa do navio.

— Olha só, Alfred veja isso! Pediu George vendo o casal logo abaixo dando um belo beijo.

— Eles estão mais quentes do que nós! Disse Alfred vendo o casal.

— Não vejo a hora de estar assim com a minha amada! Comentou Alfred levantando as argolas do uniforme.

— Já que aqui não tem mulher, eu prefiro morrer de frio! Disse George levantando as argolas e esfregando as duas mãos.

O Lusitania seguia a rumar Liverpool, na velocidade máxima de 24 nós e no comando do primeiro oficial Anderson e do sexto oficial Alfred Taylor.

— Anderson, olhe isso! Chamou Taylor vendo o casal através das janelas da ponte.

— Esses jovens! Comentou Anderson e logo depois tendo a risada de Taylor e do timoneiro Daniel Wise.

S.O.S LusitaniaOnde histórias criam vida. Descubra agora