Capítulo VIII - Dia 04 De Maio

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A noite do dia 03 de maio se passou rapidamente, Dorothy e os seus amigos fizeram o mesmo de sempre, jantaram, desfrutaram as delícias de sobremesa, conversaram bastante e ouviram várias belas músicas, tocadas pelo líder da banda do Lusitania, Dorothy e Edward foram se deitar às 23 horas e 50 minutos, ambos cansados do exaustivo dia. Eram exatamente 06 horas e 45 minutos da manhã de 04 de maio de 1915,o telegrafista do Lusitania, Reginald Townsend, recebeu uma mensagem codificada, essa mensagem estava quase impossível de se ler ou ouvir, pois, parecia estar muito longe.

— Sanderson! Chamou Townsend, o mesmo estava a chamar o segundo telegrafista Stanley Sanderson.

— Diga Townsend! Respondeu Sanderson.

— Acabei de receber uma mensagem codificada, ela está quase indecifrável, está muito longe! Respondeu Townsend escrevendo a mensagem num pequeno pedaço de papel e entregando a mesma para Sanderson.

— Parece alemã! Disse Sanderson lendo a mensagem.

— Leve para a ponte de comando, avise o capitão de que possa ser uma mensagem alemã! Ordenou Townsend olhando para Sanderson, depois o telegrafista Sanderson correu para a ponte de comando, onde lá estava o capitão Turner e o oficial chefe Evans.

— Senhor, recebemos uma mensagem desconhecida de alguma embarcação ou submarino! Anunciou Sanderson entregando a mensagem ao capitão Turner, que leu e logo parou a pensar nas palavras do telegrafista assistente.

— Obrigado Sanderson! Agradeceu Turner dobrando o papel da mensagem, o telegrafista saiu da ponte de comando.

— Capitão, o que iremos fazer contra isso? Perguntou Evans ainda mantendo a postura de calmo, mas ele estava muito preocupado.

— Senhor Evans, eu ordeno que mande tirar todas as bandeiras do navio! Ordenou Turner olhando para Evans que estava perto do timoneiro Hugh Johnston.

— Sim senhor! Respondeu Evans e logo depois deixando a ponte de comando.

Estava a amanhecer o quarto dia de viagem do Lusitania, na cabine do jovem rapaz espanhol, Andrés Palomares, e da americana, Claire B. Browser, o sol estava radiante e entrava na cabine dos mesmos, mas o jovem Palomares, estava a dormir e tendo pesadelos:

-04 de janeiro de 1900,Atlântico Norte
-23h45min,SS Catherine Osborn-

O pequeno navio de passageiros, SS Catherine Osborn, enfrentava grandes ondas, na terceira classe, uma família de espanhóis estavam hospedados na cabine de número 45,no convés B, a tempestade era muito forte, a escotilha da embarcação faltava se romper do casco e voar pela tempestade.

— Júllian, foi uma má ideia temos embarcado neste navio! Avisou Salomé Palomares.

— Que nada Salomé, este era o único navio que irá para os Estados Unidos nesse mês! Disse Júllian se aproximando de Salomé e colocando as duas mãos nos ombros da mulher.

— Não tínhamos outra escolha, Salomé! Era ficar mais um mês passando fome em Genebra ou vir logo para os Estados Unidos! Disse Júllian vendo o olhar de preocupado do seu segundo filho, Andrés Palomares, que olhava para Salomé com medo, preocupado e assustado, também se encolhia no lençol que cobria a cabeça e o corpo do menino de 10 anos.

— Eu estou com medo! Anunciou Palomares.

— Andrés, não fique com medo, logo,logo vai passar! Disse Salomé abraçando a criança.

Na ponte de comando, o primeiro oficial Pedro Llorente estava no seu posto com o terceiro oficial Ramiro González, mas eles não sabiam que estavam se aproximando contra a ilha de Nantucket. Anteriormente, o navio havia parado na França e depois seguiu a sua viagem pelo Atlântico Norte, mas quando Llorente mandou ligar o farol da proa, ele logo avistou uma gigantesca pilha de pedras e rocheiros abaixo da linha d'água.

S.O.S LusitaniaOnde histórias criam vida. Descubra agora