S.O.S Lusitania

Capítulo V - 02 De Maio - Parte IV!

Logo a tarde do dia 02 de maio chegou suavemente, o jovem Paolo Furlani andava pelo convés, onde observava o mar e soltava leves suspiros,a fim de tentar superar todos os seus pensamentos raivosos contra Isabeli.

— Está pronto para perder, italianinho? Perguntou uma voz ao lado de Paolo, num tom meio vingativo e logo depois soltando a fumaça do seu charuto no rosto de Paolo.

— Perder o que, senhor Adams? Perguntou Paolo ainda mantendo os seus olhos no oceano.

— A sua amada Isabeli Bennett, a sua futura esposa! Respondeu Jimmy soltando a fumaça do seu charuto.

-Pode dizer o que quiser Jimmy, pois eu não estou a escutar! Disse Paolo começando a andar calmamente e se afastar de Jimmy.

— Ou melhor, devesse colocar num jornal, numa revista, para que todos saibam o quão importante é vossa excelência! Disse Paolo enfrentando Jimmy, que estava um pouco afastado dele.

— Imigrante insolente, eu deveria jogar-lhe no mar, aposto que ninguém sentiria a sua falta! Disse Jimmy se aproximando mais de Paolo e soltando a fumaça do seu viciante charuto.

— A vontade, senhor Jimmy Adams, Estou a seu aguardo! Disse Paolo gesticulando e mais uma vez enfrentando Jimmy na sua frente.

— Faça o que quiser senhor Adams, o senhor não chegará a lugar nenhum com essa sua vingança! Disse Paolo mais uma vez enfrentando Jimmy.

— Idiota! Disse Jimmy em meio as gargalhadas maléficas que ele mesmo soltava.

O dia passava-se lentamente, muitos passageiros faziam as suas rotinas pelo dia, na ponte de comando, o comandante William Turner observava os passageiros no arqueamento da ponte, na companhia do primeiro oficial James Anderson.

— Esses passageiros são uma carga de gorilas sangrentos e tagarelas! Comentou Turner vendo os passageiros andando e conversando e algumas crianças correndo e brincando.

— Tem toda a razão! Respondeu Anderson.

Na área da segunda classe, os Maloney's andavam sobre o convés dos barcos, onde as crianças corriam e brincavam, elas estavam felizes e eufóricas, corriam e brincavam ao mesmo tempo. Peg estava muito preocupada com os submarinos na costa irlandesa, ela estava na companhia da sua amiga, Susan Murphy.

— Susan,ficou a saber? Perguntou Peg olhando para Susan e depois para as crianças.

— Não! Respondeu Susan curiosa.

— Nos jornais estavam a dizer sobre os perigos de viajar no Lusitania, e ainda colocaram um aviso abaixo do anúncio das viagens dos navios da Cunard, eu não me impressionei nem um pouco com aquele aviso! Disse Peg quase cochichando para Susan.

— Meu Deus! Mas será mesmo que irão torpedar um navio cheio de mulheres e crianças? Perguntou Susan preocupada.

— Eu espero que não! Respondeu Peg ajeitando-se na espreguiçadeira.

— Ficarei grata só de chegar segura e salva em Liverpool! Comentou Susan.

— Igualmente, Susan! Respondeu Peg.

Na cabine de Palomares e Browne, a senhorita Dorothy Chambers havia chegado para a troca de curativos, já que a médica do navio estava muito ocupada com outros pacientes.

— Boa tarde,senhor, Palomares! Desejou Dorothy entrando na suíte do rapaz.

— Igualmente, Dorothy! Respondeu Palomares fechando a porta logo em seguida que a dama entrou.

— Então, sente-se nesta cadeira! Ordenou Dorothy apontando para cadeira em frente ao espelho.

— Está bem! Cedeu Palomares se sentando na cadeira e ficando de frente para Dorothy.