08. Noite intensa.

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A porta se fechou ao nosso lado com um estrondo, mas não foi o suficiente para me soltar dos braços de Zabdiel. Enquanto nossos corpos rolavam pela parede, Zabdiel esticava os ombros para trás, tirando o sobretudo e o jogando ao chão.

Sua boca se afastou da minha enquanto ele ofegava para falar.

— Por mais que eu tenha amado você nesse vestido — disse baixo, com a voz rouca e embriagada — nós vamos precisar tirá-lo.

Antes que eu pudesse responder algo, ele me girou e meu corpo bateu na parede, minhas mãos abertas contra ela. Eu sentia o frio da pintura em minha bochecha, que parecia queimar de febre. De costas para Zabdiel, ele colou o corpo ao meu, um arrepio percorrendo minha espinha ao sentir sua ereção em minha bunda. Seu rosto estava ao lado do meu, e eu sentia sua respiração em minha bochecha.

O barulho do zíper sendo abaixado era inaudível, enquanto o vestido começava a se soltar do meu corpo. Quando estava livre ele caiu por minhas pernas aos meus pés.

Respirei fundo, sabendo que agora a única coisa que eu usava eram os saltos. Enquanto isso, Zabdiel continuava completamente vestido atrás de mim, e apesar da minha vontade de virar e tirar cada peça de roupa que ele usava, eu permaneci onde estava, incapaz de me mover.

Zabdiel apoiou a ponta dos sapatos na parte de trás dos meus, e quando eu levantei o pé, o salto permaneceu no chão. Quando tirei os dois, Zabdiel os chutou para o lado, junto ao vestido. Agora eu estava mais baixa que ele, e eu podia sentir seu ombro centímetros acima do meu, sua boca contra minha orelha.

Em um ato rápido, ele me girou e eu voltei a ficar de frente para ele.

— Acabei de me lembrar de uma coisa — falou, me fazendo franzir a testa. — Eu ganhei a aposta.

— E...?

Ele deu um sorriso, que fez minhas pernas tremerem e minha mente viajar a lugares sombrios.

Não tive resposta, apenas seus lábios nos meus. Com passos para trás, Zabdiel andou até batermos na cama. Com a aposta em mente, me lembrando de como ele tinha ficado quando pensou no que aconteceria se ganhasse, um medo cresceu dentro de mim.

E era um medo extremamente prazeroso, que me fazia querer ir fundo naquilo, descobrir o que havia nos pensamentos de Zabdiel que ele não havia me contado.

Segurando em minhas pernas, Zabdiel me pegou no colo e nos deitou na cama, com seu corpo sobre o meu.

Quando eu ia perguntar sobre o que a aposta tinha a ver com o que estávamos fazendo, ele me calou. Com sua boca na minha, eu mal conseguia raciocinar. Apenas me entreguei ao beijo, sentindo o gosto de champanhe em sua língua. Levantei os braços, passando por seus ombros e correndo os dedos por seu cabelo. Eu sentia que era capaz de desmaiar a cada vez que tocava o cabelo de Zabdiel, sempre macio. Meus dedos se perderam no comprimento sem os cachos, sentindo falta deles.

Quando Zabdiel apoiou os cotovelos na cama, afundando o corpo contra o meu, eu pude senti-lo todo, desde seu peito apertando os meus, até o volume da calça. Afastei minhas pernas, as passando pelas dele, sendo o bastante para sentir seu membro contra minha intimidade. Zabdiel se movimentou em minha direção, em um ritmo que a cada movimento sua ereção se esfregava em meu clitóris, me estimulando.

Puxei seu cabelo, afastando nossas bocas, procurando por ar. Eu não podia acreditar que meu corpo estava tão sensível e entregue a Zabdiel, enquanto eu gemia e pedia por mais, mesmo ele ainda estando de calça. Mas estava tão bom, que eu era capaz de matar ele se parecesse.

E ele parou.

O fogo que se espalhava por meu corpo pareceu arder ainda mais, e um vento inexistente se espalhou por minha pele quando Zabdiel se afastou de mim.

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