34. Tudo o que vou deixar para trás.

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Encarei minhas roupas por mais de dez minutos. Eu não tinha trazido nada extravagante, já que íamos ficar escondidos no meio de uma montanha.

— Eu deveria usar alguma coisa especial para nosso jantar romântico? — perguntei para Zabdiel, que estava trocando de roupa.

— Usa o que você quiser. — Ele passou por mim e me deu um tapa na bunda, me fazendo dar um pequeno pulo.

Lembrei das lingeries que tinha trazido. Ah eu sem duvidas ia usar uma.

Enquanto Zabdiel preparava nosso jantar eu fui tomar banho, já levando para lá o que iria vestir.

Bom, baseada na minha experiência única de fazer macarrão, eu já posso dizer que não é um prato difícil de preparar. Com seus vinte e cinco anos de muita saúde e gostosura, Zabdiel já parecia ser especialista no prato, pois o fez mais rápido do que eu esperava. O chalé estava com cheiro de massa e molhos.

— Já tá pronto? — perguntei, vendo que não tinha nenhuma luz acessa.

— Tá prontíssimo. — Ele veio até o banheiro. — O que você quer que eu use?

— Que tal uma cueca boxer preta?

— Só isso?

— Só isso. — Mordi a boca, enrolada no roupão branco.

— Eu vou morrer de frio.

— A gente aumenta a temperatura do aquecedor.

— Lara, eu não vou jantar de cueca!

— Ah, mas eu jantaria... — O olhei, descendo os olhos por seu corpo, e parando em um ponto bem especifico.

— Larissa!

— Ok, ok. — Balancei a cabeça, afastando o pensamento malicioso. — Usa a jardineira que eu te comprei.

— Eu não trouxe ela

— Mas eu trouxe. — Apontei para o quarto. — Agora vai se trocar.

Me tranquei no banheiro, vestindo o que tinha separado. Tirei a toalha do cabelo, passando creme nos cachos que formavam agora que ele estava curto.

— ANDA LARISSA!

Abri a porta, saindo do banheiro. Deslizei com as meias pela madeira polida, chegando assim até a mesa, abrindo os braços para cima, exibindo minha roupa.

— Você fez esse suspense todo para vestir um pijama?

Segurei a risada e dei uma voltinha, exibindo meu pijama de peixinhos azuis.

— Gostou?

Ele riu, negando com a cabeça, tombando a cabeça para trás e me observando.

— Mesmo em um pijama de peixes e pantufas rosas eu to te achando a mulher mais sexy do mundo nesse momento.

Parei de rodar, desviando os olhos e cobrindo o rosto, sentindo minhas bochechas corarem.

— Vem — me chamou, estendendo a mão.

Fui até ele, aproveitando a distancia para o observar. A roupa tinha caído perfeitamente nele, aquele macacão jeans com uma regata branca por baixo. Eu deveria ter comprado ela em Byron Bay, onde poderia ter usado no dia a dia, mas terei que me contentar com só sendo possível usar algo fresco assim em casa.

Ele estava simplesmente gostoso. O rosto estava mais marcado, definindo o maxilar. E aquelas mãos... Que mãos o Zabdiel tem.

Nos sentamos na pequena mesa de jantar, com dois pratos de macarrão.

Thunder BayOnde histórias criam vida. Descubra agora