Aqui estamos mais uma vez no hospital, hoje faremos exames para detectar se somos compartivel para doação de medula. Fiquei tão feliz em saber que a população da Inglaterra estava fazendo fila para ser doador de medula. Foi ai que percebi que a doença da Laura não era uma maldição como tanto julgava, enxerguei que em meio a escuridão a luz sempre brilhará no final.
Minha mãe estava inquieta andando em ziguezague pela sala. Observei seu comportamento e comecei refletir sobre nossa relação. Nunca odiei minha mãe, mas nossa relação sempre foi entre tapas e beijos. Entendo seu comportamento mas não julgo certo, são épocas diferentes e não há como agir da mesma forma que ela foi criada.
Lembro como foi dificil minha infância e adolescência, sempre gostei de ser livre. Queria poder sair na para brincar, correr, cair, fazer amizades aleatórias, mas nada disso era possível. As palavras dos meus pais eram sempre as mesmas, sei que fazia por amor e proteção. Seus olhos refletia a dor da negação.
A chegada da adolescência foi piorando, meus pais sempre foram presentes e isso não posso negar. Nunca me faltou nada, apenas me sentia sufocada por viver uma vida que não julgava ser a minha, me sentia presa. Odiava tanta atenção que recebia, não via nada de verdadeiro nas relação que mantinha. As aproximações sempre tinha um cunho de interesse, as poucas amizades que tinha não surtia efeito de nada.
Então tudo mudou quando conheci o duque, meus pais não se importaram no começo. Eles enxergava como uma amizade promissora para eles, além do mais a família do Alan eram próximas a nossa. Meu pai tinha uma completa admiração por o filho do seu amigo, que mal tinha em duas crianças em seu pensamento serem amigos. Mas tudo isso mudou quando nossa relação não era mais de amigos. Me apaixonei perdidamente por aquele garoto, tudo nele me despertava a ser mais livre.
A relação foi ficando mais intensa com o passar dos meses e anos, até descobrir a gravides. Naquele dia o inferno começou em minha vida, meus pais quase que baniram a família do Alan da Inglaterra. Era um absurdo a princesa grávida na adolescência, não era o viável segundo eles um casamento. O certo era abortar mas não podia ser na Inglaterra, seria um escândalo.
E foi naquele mormento que decide abrir mão de tudo se fosse para escolher entre meus pais e minha filha. A tristeza já me alastrava quando ouvir alguém me chamar. Balancei a cabeça com intuito das lembranças ruim sumirem, graças ao céu tudo aquilo era uma mera lembranças. Meus pais comigo aqui foi o melhor pedido de desculpa, aquele momento era tudo pra mim. Não há necessidade de palavras quando vemos altitudes concretas, pude ver com tudo que as pessoas mudam.
Caminhei em direção da enfermeira que me chamava. Encontrei Alan com o médico na sala na qual adentramos, ele explicou como seria o procedimento para o exame. Logo após explicação foram feita coleta de sangue que sucedeu para os demais da minha familia assim como as do Alan. Me surpreendi em encontrar Alice com seu esposo assim como o Stefan, sorri complacente com ato. Apesar de Alice não poder ser uma possivel doadora sua companheira significava muito.
Após a coleta, resolvi ir para casa dos meus pais. Achei que um momento em família faria muito bem para todos e principalmente para Laura. Nossa chegada foi recebida com muita alegria, então percebi o quanto sentia falta daquela casa, do meu lá. Todos os empregados estavam eufóricos e triste, era um momento delicado mas de felicidade por conta da família real esta reunida por completo.
Meses se passaram e continuarmos morando na casa real, a Laura se encontrava feliz pela mudança repentina. Não tinha voltado para ficar, mas naquele momento era escolha certa. Ela estava fraca cada dia mais, a doença não regredia e nossos corações se encontra aflitos. Não tinhamos achado nenhum doador compatível ainda.
A relação entre pai e filha estava cada dia mais intensa. Alan se divia entre Alemanha e Inglaterra, nossa relação também estava melhorando. Tinhamos conversas agradaveis, não era momento de pensar em nós e sim nosso bem mais precioso. Nossas famílias se aproximaram, meus pais não tinham perdoado Alan, mas respeitava sua relação com Laura e comigo.
Estava no quarto quando recebi uma mensagem em meu celular, caminhei até a escrivaninha e peguei o aparelho para identificar de quem era a mensagem. Era Stefan, sorri logo respondendo. Nesse meio tempo se tornamos bons amigos, sentia que nossa amizade era verdadeira apesar de desconfiar que ele me esconde algo. Quando possivel sempre nos encontramos e trocamos mensagens, ele se tornou um bom confidente apesar de ter Alice sempre comigo.
Ouso alguém bater na porta e peço para entrar, quando viro encontro Alan me olhando com um sorriso torto nos lábios. Não mostrava nenhum dente em sua boca que tanto me atormenta em nossas conversas, sabia que ele estava me analisado e queria saber o porquê.
- Não esperava seu retorno tão cedo
- Não gostou da supresa? Sorrio entrando no quarto e se aproximando de mim. Pensei que era mais educada minha cara princesa, boa tarde, Elena!
- Desculpe-me, boa tarde! Fiquei surpresa apenas. Como foi a viagem?
- Isso significa que sentiu minha falta? Apesar de cansativa foi bem produtiva.
- Não Alan. Ótimo! Estava analisando o que quando entrou?
- Sua beleza, além disso o conteúdo do seu celular deixou você bem animada.
- Tenha santa paciência Alan. Já viu a Laura, ela ficará feliz com seu retorno. Ela estava chateada por saber que viajou e não avisou.
- Foi de última hora, claro que se encontrei com minha filha. Ela é prioridade, sem ofensas. Mas não mude de assunto. Estava falando com alguém, sabe que não desistir da gente.
Falou tocando em meu rosto. Minha respiração mudou um pouco e disse pra mim mesmo manter a calma e afastar.
- Por favor para, não vamos entrar nesse assunto. Suspirei cansada, caminhei até uma poltrona e sentei.
- Você sabe que é verdade Elena, não finja que não sente o mesmo. É nítido que você me quer da mesma forma que eu a quero. Respeito esse momento em que estamos vivendo, mas após a cura da nossa filha irei lutar por você. Então te pergunto, seja sincera comigo e consigo mesmo. Você sente algo por mim ainda?
- Alan é complicado e você sabe disso melhor do que eu. Envolve milhares de coisas, não esqueci tudo que você me fez então não haja como se eu tivesse passado uma borracha e apagado tudo.
- Elena eu nunca falei isso e não pedirei para esquecer. Me sinto mal com tudo.
- Não, você apenas tenta se esquivar de tudo. Além disso me responda uma coisa, o que você tem conta o Stefan?
- Que diabo você coloca este homem em nossa conversa, estou falando da gente e não dele.
- Gostaria de saber, poderia falar ou terei que descobrir sozinha? E não altere sua voz comigo, estamos conversando.
Alan começa caminha no quarto passando as mãos sobre o cabelo em um ato frustrado de tentar se acalmar. Suspirou diversas vezes até olhar para mim e depois sair do quarto. Fiquei sem reação, não esperava essa atitude. Então a situação com o Stefan é mais seria do que imaginava. Logo o Alan que é tão calmo agir assim.
Boa noite, meus raios de luz! Desejo uma madrugada tranquila e em paz. Espero que gostem do capítulo, esse ficou um pouco grande. Comentem, curtam e compartilhem. Bom domingo a todos, beijos de luz, Jesuslai!
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Perdão amor
ChickLitNem sempre a voz do coração muda nossos atos, infelizmente tive que perder para saber que você era meu grande amor, perdão amor. Peço ao menos uma segunda chance para provar você do meu amor e do meu arrependimento. Minha querida Elena, não afaste d...