Caminhamos em direção a uma bela árvore, estava um clima gostoso, era primavera e a cidade ficava encantadora. As crianças brincava alegres nos parques, a Laura estava tão animada. Ela andava no lado de Ana a sobrinha do Stefan, as duas tinha quase a mesma idade.
Colocamos um lençol no chão e começamos a arrumar os lanches, Stefan como sempre tão encantador e educado fez o trabalho quase todo de arrumar. Nos tomamos bons amigos, sua companhia deixava tudo mais leve e encantador.
- Elena você está tão distraída, o que tanto pensa.
- Estou apenas feliz com nosso passeio e grata por ter trazido sua sobrinha, olha como as duas se deram bem. Espero que criem laços de amizade.
- Ana estava animada em conhecer a Laura,ela é bem solitária. Fico chateado como meu irmão cria minha sobrinha, ela é muito só.
- Entendo ele, também pensava assim. Nos pais queremos tanto proteger um filho que acaba não enxergando o mal que fazermos.
- É difícil concorda com você, acho que terei de ser pai para compreender. Elena e o Alan, como vocês estão? - Imaginei que iria perguntar.
- Estamos bem na medida do possível, é confuso ainda. Ele do nada apareceu em poucos meses e queria a guarda da Laura, depois queria assumir a paternidade. Aí veio a doença e seu apoio, esta um misto de sentimentos.
- Não estou perguntando disso e você sabe, quero saber como está seu coração. Seja sincera consigo mesmo se apenas não quiser falar comigo sobre o assunto. Não gosto mais do Alan por motivos pessoais, mas não justifica dizer que o mesmo é tão ruim. Ele fez besteira mas parece ter se arrependido, quero que seja feliz apesar de não concordar ser com ele. - Stefan falou parecendo que iria se arrepender a qualquer momento de suas palavras, mas via sinceridade.
Fiquei calada olhando para as meninas brincando de boneca até saber o que responder, não estava fugindo e sim tomando coragem pra responder a mim mesma. Ele estava tão certo em tudo.
- Quase nos beijamos naquele dia que você presenteou a Laura, eu queria beijar sua boca e me perder em seus braços. Não tem como esquecer o primeiro homem da minha vida e meu primeiro amor, não sei se defino como amor, carência, solidão ou saudade. Apenas queria sentir seus braços em volta de mim,não esqueci todo mal que ele me fez mas consigo enxerga tudo que ele esta fazendo por Laura. O que faço meu amigo?
- Não sabia que minha visita iria acabar com a escapadinha de vocês. - Disse em tom zombeteiro.
- Não diga isso, foi melhor você ter chegado.
- Não adianta fugir dos seus sentimentos, acho que você guarda ainda algo no seu peito, não diria ser amor. Acho que soa mais como algo que não foi finalizado, você precisa se perder nos braços dele para colocar um ponto final. Sem isso você não saberá o que carrega no peito, não acredito que estou falando isso mas é o que eu acho.
- Você está certo, mas preciso primeiro ver minha filha boa. Não posso pensar em mim sabendo que ela esta doente e que posso perder a qualquer momento, seria egoísmo meu. - Olho para Stefan com os olhos cheios de lágrimas e ele me puxa para seus braços, tão carinho.
Ficamos abraçados por um tempo razoável, até que minha língua afiada pergunta.
- O que você tem contra o Alan? Sei que é algo que te machucou muito, mas mesmo assim você não me influência contra o mesmo. Sempre coloca a razão na frente da emoção, mas percebo sua tristeza ao pronunciar o seu nome e a raiva escondida, se abra comigo, por favor.
- É difícil falar sobre isso, na verdade nunca comentei. Não quero de alguma forma mudar seus pensamentos em relação a ele, é algo pessoal. Não fique chateada por eu não falar.
- Não mudarei meus pensamentos, quero apenas ajudar um amigo com algo simples, ouvindo o que tanto lhe atormenta.
- Elena não insista, por favor. Seria cruel da minha parte além de ser doloroso. - Podia enxergar em seus olhos o quanto aquele assunto lhe fazia mal e que ele não sabia como reagir, mas quero saber e ajudar ele.
Seguro em seu rosto e acaricio seus cabelos ruivos, tão chamativo e lindo. Queria demonstrar o quão lindo ele era e que poderia confiar em mim, serei seu porto seguro. Ele me parece tão só, nunca falava da família, apenas ouvia pronunciar sobre a sobrinha que ele tinha como filha,apenas.
- Serei sua rocha em meios as tormenta de um vento que tenta a todo custo derrubar sua casa, serei seu salva vidas se acaso insistir em se afogar. Confie em mim, não questiono para saber de Alan e sim porque meu amigo está ferido. Você precisa cicatrizar e falando ajuda. - Ele olhou pra mim como um menino que pede colo a sua mãe e mais uma vezes me puxou para mais perto dele.
- Nos conhecemos na universidade e logo criamos laços de amizade forte. Fazíamos quase tudo juntos, íamos pra festa, ficávamos bêbados. Tudo que jovens fazem na universidade, mas depois comecei a namorar. Eloá era tudo pra mim, era o que achava pelo menos. Após nos formamos estávamos fazendo planos para nosso casamento, estava tudo arrumado, que tolo. Em uma certa noite cheguei no apartamento em que dividimos e encontrei tudo calado, estranhei porque ela sempre me esperava na sala pra jantamos. Era nosso costume, caminhei em direção do quarto e ouvir gemidos abafados. - Stefan quebrou nosso contato e levantou abruptamente, colocou as mãos no bolso da bermuda ficando de costa pra mim.
Dei um pouco de espaço pra ele já imaginando como terminaria o desfecho da história, estava zonza com tudo, mas aquele momento era dele e prometi ser sua rocha então eu seria. Levantei e abracei aquele grande homem de costa pra mim, deixei ele se acalmar até ele virá pra mim. Seus olhos estavam tão perdidos, queria arrancar toda mágoa do seu coração. Acho que por isso nos conectando tanto, eram tão destruídos igualmente. Pensei que ele não ia falar mais nada e surpreendo com ele continuando de onde parou.
- Acho mais engraçado que naquele dia eu já estava destruído e pensei que nada iria doer mais, queria apenas os braços da minha noiva pra relaxar e desabafar. Mas encontro ela nos braços de quem julguei ser meu melhor amigo. - Sorrio sem ânimo. Meu coração estava destruído por ter descoberto que a mulher que julguei ser minha mãe não era, minha noiva ter me traído e meu amigo ser o culpado disso. Abrir a porta encontrando os dois transando em nossa cama, queria matar eles. Queria na verdade morrer, não tinha mais significado minha vida.
Então no calor da emoção apenas o beijei, queria mostrar que ele é amado e querido. Queria mostrar que ele pode contar comigo sempre e que eu o amava, apesar de ser como amiga.
Bom dia, meus amores! Olha quem apareceu aqui, vim trazer um capítulo cheio de novidades e surpresas. Espero que gostem e comentem, fiquei com o coração apertado. Coitado do doce e adorável Stefan, o que vocês acham desse beijo? 🤔🤔
Beijos de Luz, Jesuslai! ❤❤❤
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Perdão amor
ChickLitNem sempre a voz do coração muda nossos atos, infelizmente tive que perder para saber que você era meu grande amor, perdão amor. Peço ao menos uma segunda chance para provar você do meu amor e do meu arrependimento. Minha querida Elena, não afaste d...