Entrego ao destino

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Horas havia se passado e nada de saber notícias, estava angustiado. Será que deu algo errado, observei a porta sendo aberta e logo revelando Alice e seu marido Maicon. Caminhei em sua direção tentando achar conforto em seus braços.

- Minha amiga não tenho noticia alguma da Laura, estou com medo.

-Elena você precisa manter a calma- Maicon sutilmente falava, mas Alice com seu olhar quase mortal o repreendeu.

- Elena nossa menina é forte, apenas devem estar monitorando e logo trarão informações. - Se desfiz dos seus bracos para sentar em uma cadeira.

Minha mãe estava próximo a mim com meu pai, olhei em sua direção vendo o medo em seus olhos, era nítido que estava tentando ser forte para me ajudar. Roguei aos céus para que minha menina ficasse bem, não podia perder a pessoa mais importante da minha vida.

Após incansáveis horas esperada o médico adentra a sala me chamando, ele queria conversar em particular comigo. Minhas pernas bombeou um pouco mas ao sentir a mão dá minha mãe sobre a minha eu tive a certeza que nada iria me abalar. Recebi um abraços dos dois e palavras de conforto, sabia o quanto somos muito importante para os dois.

- Alteza por favor senta. - Sentei em uma cadeira ficando de frente para o médico, senti meus batimentos cardíacos acelerando.

- Por favor, doutor. Fala logo, estou muito preocupada.

- Não precisa se assustar, sei o quanto está preocupada. A chamei aqui para  temos um pouco de privacidade e explicar tudo. A Laura está em observação e bem, nesse momento não poderá receber visitas. Tivemos um contra tempo durante o transplante, sua pressão havia baixado mas conseguimos normalizar e suceder com o transplante. - soltei um suspiro longo que nem eu mesmo sabia que estava segurando, lágrimas rolava pelos meu rosto.

Era muita alegria em minha vida, eu queria sair gritado na rua agradecendo. Queria tanto agradecer a pessoa que salvou não só a vida da minha filha mas a minha também.

- Elena, Elena está me ouvindo. - Se assustei com doutor Roberto me balançando.

-Desculpa, pode prosseguir.

- A Laura deverá ser monitora por mais 5 semanas, ela ficará internada nesse período para sabermos se haverá complicação e se realmente o corpo dela está aceitando a medula. Faremos exames diários para saber a produção e fazer a contagem de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. Ela não poderá ter contato com muitas pessoas então nada de visitas, idas aos shoppings, parques, festas, contato com outras crianças. O risco dela vim pegar alguma doença é enorme, a imunidade dela está baixa e as vacinas na qual ela tinha sido inumizadas de nada fará efeito devido a diminuição da memória dos anticorpos. Há um grande risco de infecção, então todo cuidado é pouco nesse momento. Após sua alta ela deverá fazer visitas periódicas ao hospital e qualquer coisa que vier sentir deverá me avisar, seja uma  dor de cabeça, diarreia. Nada deve passar despercebido, o que antes achamos normal nesse caso não é para ela.

- Doutor irei cumprir com todas as orientações, muito obrigada mesmo. Mas não posso ver minha filha mesmo? Não preciso entrar no quarto, apenas quero poder observar para saber se está bem, por favor.

- Elena ela ainda esta em observação no centro cirúrgico, assim que for direcionada para o quarto eu peço para lhe chamar.

- Obrigada Roberto! E o doador está bem? Queria tanto poder agradecer mas infelizmente ele não aceitou.

- Ele está se recuperando no quarto e está bem. Deu tudo certo, sei que gostaria de conhecer mas saiba que ele se demonstrou muito preocupado com sua filha e desejou melhoras para a pequena.

- Mais uma vez obrigada, até doutor Roberto.

Caminhei pelo hospital em busca da capela, não queria falar com ninguém, apenas agradecer por essa bênçãos. Minha filha está viva e bem, sei que estamos em um caminho longo ainda da cura. Mas tenho certeza que logo ela estará cem por cento curada, quero ver minha menininha fazendo tudo que tanto queria. Ela terá uma vida linda pela frente.

Adentrei a capela e fiz minha oração silenciosa, não sei quanto tempo havia se passado mas senti um perfume família ao meu lado. Abrir os olhos e pode observar Alan chorando, ele não fazia barulho algum e não percebeu que eu o estava observando. Era bom tê-lo aqui, significa muito para mim e Laura, seria a confirmação de que ele realmente  se preocupava e estava mudado.

Comecei imaginar como seria se eu deve uma chance para nós dois e nossa família, será que perdoe ele de verdade ou que ele mudou. Não queria pensar nos porquês ou se perdoe ou não. Me permitir sonhar em um futuro no qual existia nós três, em como seria acordar com ele ao meu lado, na felicidade da gente, em aproveitar cada minuto juntos vendo nossa filha crescer e se tornar uma mulher, nos possíveis filhos que poderíamos ter. Será que é difícil deixar acontecer, ah destino, eu te entrego em sua mãos nossos futuros.

Fechei olhos ao vê-lo  se mexer e logo ouvi sua voz afetada ainda pelo choro a mim chamar. Abrir os olhos e me permiti admirar a beleza e a profundidade do seu olhar.

- Ela está bem, Helena. Não pode vim antes, juro que tentei desmarcar tudo mas quando me vi sem o que fazer larguei tudo e vim o mais rápido. Por favor responda. -Sorri ao perceber que a Laura havia conquistado o Alan e que ele agora entende o que é ser pai.

- Ela está bem, estou apenas esperando os médicos liberar para visitar mas temos que tomar algumas medidas. Alan você não imagina o quão bom é tê-lo aqui, ela ficará feliz. Obrigada por ter vindo, é importante para nós duas.

- Elena eu posso ter errado muito no passado, mas estou arrependida e estou tentando mostrar que mudei. Ela é minha filha e eu a amo, vou sempre está com vocês.

- Não promenta algo que não sabe se irá cumprir, não sabemos sobre o futuro. Mas vamos logo, espero que ela esteja no quarto já e como mim achou?

- Na verdade não estava a sua procura, apenas a encontrei aqui. Vamos logo.

Caminhamos em um silêncio agradável, gostava da companhia do duque. Ele sabia ser gentil quando queria.

Perdão amorOnde histórias criam vida. Descubra agora