5 - A mulher.

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— Você me deu um bolo — Alicia entrou na minha sala com um pasta em mãos. — E nem me mandou uma mensagem.

Era muito tarde para explicar que eu não era muito bom em dar explicações?

— Estava ocupado — falei demarcando uma frase pelo notebook. — É o contrato da saga que vamos lançar?

Ela me olhou como se fosse surtar a qualquer minuto. Costumava ter um imã para mulheres gostosas e malucas.

- Sim, é o contrato — jogou a pasta na mesa, bem rudemente. Só tinhamos transado uma fez e ela já estava na primeira fase das garotas que descobriam que não teriam nada comigo além de sexo. A indignação.

— Obrigada.

— Não vai dizer nada? — cruzou os braços.

Olhei a pasta e depois para ela.

— Eu agradeci —Ela queria um discurso? Eu não tinha tempo, paciência e nem saco para aturar uma ceninha no trabalho.

- Não pode simplesmente me dizer o motivo de ter sumido? — indagou, claramente frustrada. — Achei que iamos... bem, você sabe, deu todas as indicações, disse que queria me ver, e eu achei que tinha gostado da ultima vez. Na verdade, posso dizer com muita propriedade que gostou — deveria ser uma característica de familia falar desenfreadamente.

Suspirando, apoiei as mãos no colo e a encarei. Ela estava sempre impecável, usava uma saia cinza que ia ate os joelhos e marcava suas curvas acentuadas, e uma camisa social vermelha e justa, deixando claro pelo singelo decote que o que havia por baixo não era nada singelo. Os saltos igualmente na cor sangue destacava suas pernas e faria qualquer homem criar diversas fantasias.

Eu ja tinha criado fantasias com aqueles saltos. E Alicia atendia as expectativas. Mas ela ainda era como todas as outras, boa de cama e divertida até certo ponto, e eu só precisava disso, nada além disso, e dar satisfação da minha vida ja ultrapassava o meu limite.

— Sim, eu gostei, qualquer homem adoraria passar a noite com você, Alicia — fui sincero. — Mas eu tive que fazer outra coisa e esqueci que iamos nos encontrar. De qualquer forma, é melhor assim— Ela era do tipo que surtava facil, estava óbvio, e eu não podia ficar recebendo demissões de funcinarias todo mês simplesmente porque elas passavam a me odiar. — Vamos estabelecer uma relação unicamente profissional — declarei.

Primeiro, seus olhos se arregalaram, depois suas narinas inflaram.

— Não pode transar comigo e depois me descartar — colocou uma mão sobre a minha mesa, se curvando. — Acha que sou uma garota fácil com quem pode brincar quando quiser?

— Não estou dizendo nada — contive a vontade de rolar os olhos. — Mal nos conhecemos, saimos com uns colegas e acabamos transando - ergui as mãos para o alto. — Não pedi você em casamento, e você não me fez juras de amor. Foi só sexo — qual era a parte difcil de entender?

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora