18 - Por está noite.

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"A alegria e o sofrimento são inseparáveis como compassos diferentes da mesma música.

Hermann Hesse"

Ao voltarmos para o hotel, o salão estava devidamente arrumado, mesas com velas e guardanapos de pano em formato de cisne, a banda tocando covers de musicas conhecidas, mas nada pop ou animado

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Ao voltarmos para o hotel, o salão estava devidamente arrumado, mesas com velas e guardanapos de pano em formato de cisne, a banda tocando covers de musicas conhecidas, mas nada pop ou animado.

Pelo menos quarenta pessoas já andavam ou ocupavam mesas com saa taças de chardonnay, e assim que nós sentamos Mark avistou um amigo.

— Alguem que certamente vai furtar whisky na cozinha comigo — disse, antes de literalmente correr até Leonard, um ator que era seu fã e tinha o conhecido em um desses eventos, e que agora era um verdadeiro amigo.

Ao meu lado, Theodora permanecia calada, como havia ficado todos os momentos em que se encontrava perto de mim durante a noite.

O clima horrivel estava me matando.

Um garçom passou por nossa mesa com uma bandeja cheia de taças de vinho. O parei, pegando uma das taças e virando o liquido em um unico e inadequado gole. Ele me olhou abismado quando devolvi o objeto de cristal vazio, e seguiu seu trajeto entre as mesas.

Fiquei de pé, inconformado como o rumo das coisas.

— Vamos dançar — a encarei, esperando resistência.

Theodora ergueu os olhos para mim de onde estava sentada, e assumi uma verdade que ninguém admitiria. Nenhum artista seria capaz de reproduzir aquele rosto, e muito menos aqueles olhos místicos e intensos, com fidelidade.

Estendi a mão para ela.

— Ninguém está dançando, Harry. E eu nem sei como dançar musica lenta — revelou, sem me surpreender.— ou qualquer outro tipo de musica.

Estava farto de ser rejeitado e ignorado constantemente. Evitado.

— Restam duas coisas, as quais não pode se negar fazer, e uma delas é dançar — falei seriamente. — comigo.

Ela encarou a mão, reconhecendo que não tinha escapatória. Ela tinha cavado a própria cova quando tinha me oferecido aquelas três oportunidades de bandeja, igual a três desejos de um gênio.

— Não deviamos esperar alguem ir dançar primeiro? — com medo ou não, ela iria dançar.

— Seremos nós os primeiros — respondi. Ela segurou a minha mão, e pela primeira vez reparei em suas unhas. Não eram longas demais, nem muito curtas, e estavam coloridas com um tom de azul similar ao do vestido.

Theo se levantou e eu a guiei até o meio do salão. Ela estava retraida e distante enquanto os musicos encerravam uma musica para começar outra.

"O mundo estava em chamas... e ninguém poderia me salvar a não ser você..."

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora