38 - Chuchu.

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As semanas se seguiram com tamanha tranquilidade, que passei a me questionar se era mesmo minha vida

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As semanas se seguiram com tamanha tranquilidade, que passei a me questionar se era mesmo minha vida.
Theodora passava mais tempo em minha casa do que no dormitório, e eu não poderia estar mais contente. Embora isso implicasse em seu mau humor matinal ao ter que acordar uma hora mais cedo para chegar na faculdade a tempo.

Ainda assim, podia aguentar que ela erguesse a cadeira para mim hora ou outra e mostrasse os dentes. O sexo a noite tornava tudo beeeem tolerável, principalmente agora que ela parecia uma ninfomaníaca, querendo trepar a todo momento.

Podia ser um homem viril, mas não tinha disposição para acompanhar sua libido.

Apoiei as costas na cadeira, o unico momento de descanso do dia, antes que Theodora me matasse de exaustão.

Melissa continuava na empresa, e de alguma forma conseguia sempre sumir assim que eu alcançava a recepção. Não a via, não falava com ela e estava agredecido por ela não ter cruzado o caminho de Theo. Infelizmente não tinha o poder de demiti-la, mas podia tornar sua permanência um inferno, se ao menos me importasse com ela.

A porta de minha sala se escancarou, sendo fechada em seguida por uma Theodora com uma expressão nada inocente.

- Temos quinze minutos - Diz, se aproximando da mesa, com um sorriso malicioso nos lábios. No que eu tinha transformado a mulher?

- Estamos no trabalho - recordei a doida fora de si. Embora já estivesse sorrindo quando ela deu a volta na mesa.

- Sr. Evans, achei que fosse mais corajoso - provocou, afastando gentilmente as pastas e o notebook para a esquerda e se sentando na minha frente, sobre a mesa.

Sorte a minha que ela tinha perdido o controle de si mesma depois de ter me conhecido. Surtaria ao imaginar essa mesma atitude sendo apreciada por outros caras, ainda que não pudesse julga-la caso fosse a realidade, minha conduta não permitia. E não seria hipócrita a tal ponto.

- Me iludi fortemente acreditando que era um pouco sensata - passei a mão na sua panturrilha. Ela andava vestindo mais saias do que o esperado nos ultimos dias, como se soubesse o que o visual causava sobre mim.

- Quartoze minutos, Harry - fez um "tic,tac" com a boca.

- Não vamos transar aqui, alguém pode ouvir - estava a um passo de ceder, era difícil rejeita-la, na verdade, impossivel. Um segundo a mais percorrendo seu corpo com os olhos, ou até mesmo observando a cara safada que fazia, acabava com minha resistência.

Mordendo o labio inferior, ela arrastou a saia para cima, erguendo o quadril para levanta-la até a cintura. Ela agarrou cada lado da calcinha preta e se curvou para deslizar a peça pelas pernas, deixando a mesma pendendo em seus tornozelos.

Puta merda. Dentro da calça, meu pau latejou com a visão.

Empurrei a cadeira para trás levantando abruptamente, removendo o paletó e desfazendo o nó da gravata. Ela sabia que tinha me vencido, e eu não me importava em perder para suas provocações. De forma alguma.

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora