19 - Céu.

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— Porque veio sem me avisar mais cedo?— sou direta ao fechar a porta

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— Porque veio sem me avisar mais cedo?— sou direta ao fechar a porta.

Raul se senta na cama com casualidade.

— Pensei que fosse ficar feliz — se explica, mas não me engana.

— Veio garantir que eu fique longe dele, não é? — dele. Ele. Harry. Meu coração aperta.

Raul suspira desfazendo o nó de sua gravata com uma mão.

— Sei que acha bobagem, mas tem algo de errado...— diz. — Harry só chama as pessoas de confiança dele, que se trata de Melissa, e as substitutas dela, e em ultimo caso a mim — ainda não entendo onde ele quer chegar.— Ele nunca chamou uma estagiária para uma viagem, e se chamasse seria alguem como Alicia, que ele iria querer levar pro quarto em meio segundo, não você. A não ser que ele queira você.

Por está noite. Não sabia nem como retrucar, Harry me queria mesmo em sua cama, ou era idiota demais para admitir que não era apenas isso, assim como eu.

— Foi uma noite cansativa — digo — preciso dormir, descansar.

Raul me analisa enquanto caminho até a varanda e abro as portas para que o vento entre, e ele me atinge, gelado até os ossos. Mas não o suficiente para aplacar a imagem de um Harry desolado da minha cabeça.

Ele me prometeu uma unica noite na sua cama, como deveria ter feito com a minha irmã e qualquer outra, mas porque estava tão... devastado no elevador?

— Venha cá, só um momento — pede. Não consigo me sentir arrebatada pela sua voz como me sentia pelas provocações de Harry, mas mesmo assim vou até ele e paro na sua frente.

Raul toca meu rosto e sinto vontade de me afastar, mas não o faço.

— Já disse que está deslumbrante? — Me elogia, e quero me enterrar por não ser capaz de vibrar com isso. Quando Harry me elogiou, pensei que fosse explodir.

— Obrigada, você também não está nada mal — meu sorriso não atinge os olhos. Harry estava fantástico de preto. Como um anjo caído e cruel. E por mais que eu tivesse tentado por toda a noite, não conseguia parar de olha-lo.

— Não parece feliz em me ver, até quinta estava muito contente comigo — sua expressão se torna menos suave. — Não me diga que...— seus olhos crescem e brilham como se tivesse feito uma grande descoberta. Raul encara a porta.

— Dormiu com ele? — pergunta. Dou um passo para trás. — Caiu em todo aquele papo engraçadinho dele? — se levantou.

— Não, eu não dormi com ele! — mas Deus sabia o quanto eu queria. — mas isso não te da o direito de vir aqui e me questionar — Não era um bom momento, e ser lembrada do que eu tinha me recusado a fazer me deixava irritada comigo mesma. — Nós nem temos uma relação solida para que venha até aqui.

Três DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora